Conforme dados do programa SOS Racismo do Paraná, o Estado teve um aumento de 440% nas denúncias de injúria racial e racismo entre 2019 e 2020. A situação é ainda mais grave se considerarmos que a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil, de acordo com o atlas da violência desse ano.

Outro problema a se considerar nesta situação é a baixa representatividade no Congresso. Enquanto a maior parte dos habitantes no Brasil é negra, segundo dados do IBGE de 2018, algo em torno de 54% da população, apenas 17,8% dos parlamentares se autodeclaram ser negros. Sem parlamentares negos e negras como será possível diminuir os índices de criminalidade contra essa população?

Ao mesmo tempo, a sociedade brasileira segue negando o racismo e não dando visibilidade a população negra. Nas Universidades, por exemplo, a falta de pesquisadores e professores negros é algo evidente dessa diferença racial. Basta observar os corredores das universidades, salas de aulas, laboratórios, para constatar que não há um equilíbrio entre profissionais negros e brancos.

Com essa questão da invisibilidade do racismo, fica difícil pensar em uma sociedade igualitária. Enquanto grande parte da sociedade ainda nega a existência do racismo, vai persistir a violência, a desigualdade e a morte de negros ocasionadas pelo racismo.

Confira no YouTube a crítica produzida por Alex Marques:

 

Ficha técnica:

Repórter: Alex Marques

Vídeo: Alex Marques

Edição: Alex Marques e Robson Soares

Supervisão: Angela Aguiar, Jeferson Bertolini Manoel Moabis

 

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