Confira o comentário em vídeo de Laísa Braga e, logo em seguida, a versão em texto. 

 

Diante da alta dos preços dos alimentos convencionais encontrados nos supermercados, os produtos orgânicos podem ser uma opção para quem precisa controlar gastos.  A procura por esses alimentos, comumente encontrados em feiras, têm aumentado durante a pandemia,não somente pelo preço, mas também porque são mais saudáveis e livres de agrotóxicos.  Em Ponta Grossa o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), é um dos principais produtores de orgânicos no município.

Segundo o último boletim, divulgado em fevereiro pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (NEREPP) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o preço da cesta básica no município fechou em R$ 663,67. Isso significa que uma cesta básica custa mais da metade de um salário mínimo, que hoje está fixado em R$1.100,00. A alta nos preços dos alimentos, tornou mais atrativa a compra de produtos orgânicos. Isso porque, os produtos orgânicos não acompanharam esse aumento. 

O crescimento da procura por produtos orgânicos modifica a cadeia de produção desse tipo de alimento. A produção de orgânicos gerou em 2019 pouco mais de R$ 4 bilhões, segundo o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). Em 2020, no primeiro ano da pandemia, esse número foi de R$ 5,8 bilhões. O aumento corresponde a um crescimento de aproximadamente 30%.

Na Cooperativa Camponesa de Produção Agroecológica da Economia Solidária do MST de Ponta Grossa são cultivados diversos tipos de alimentos orgânicos. Com relação ao preço dos alimentos, é possível encontrar, por exemplo: feijão a R$5,00 o quilo;  alface a R$ 1,50 a unidade e a laranja a R$3,00 o quilo. Os produtores ainda vendem semanalmente uma cesta com sete produtos orgânicos pelo valor de R$30,00. 

Outro fator que explica a vantagem no preço dos produtos orgânicos é a redução dos chamados atravessadores. Quanto mais o produtor se aproxima do consumidor, menor o preço. Os produtores do Emiliano Zapata comercializam os produtos em contato direto com o consumidor, por meio de pedidos feitos pelo WhatsApp, já que as feiras livres estão suspensas no município. 

Essa proximidade garante maior controle no preço dos alimentos e tem sido uma alternativa para quem quer comer alimentos saudáveis que cabem no bolso. 

 

Ficha Técnica

Repórter: Laísa Braga

Publicação: Jessica Allana

Supervisão: Manoel Moabis