De acordo com os dados do sistema de registro nacional migratório, o Sismigra, em dezembro de 2020, 2.151 imigrantes registraram residência no Brasil. O número é 1,5% maior se comparado com o mesmo período de 2019. O aumento migratório também foi percebido pelo trabalho desenvolvido pela Cáritas em Ponta Grossa. Em 2019, a instituição realizou 430 atendimentos, enquanto que no ano passado, 1.024 pessoas receberam assistência entre regularização de documentos e entregas de cestas básicas.
É possível pensar que a pandemia aumentou a vulnerabilidade dessa população. Segundo a Cáritas, grande parte dos estrangeiros realizavam atividades com remuneração diária. Com o risco da infecção pela covid-19, a fonte de renda das famílias acabou diminuindo e foi necessário recorrer ao auxílio emergencial. Pelos dados da caixa econômica federal, cerca de 11 mil estrangeiros receberam o benefício no Paraná em 2020.
Se a fonte de renda diminuiu, a falta de trabalho também é outro indicativo importante para perceber a vulnerabilidade a que os imigrantes estão submetidos. De acordo com a última divulgação do ibge, o número de desempregados no brasil ultrapassa 14 milhões de pessoas. Além disso, o país se encontra em uma das suas piores fases da pandemia, com média móvel de mais de três mil mortes diárias e com a vacinação seguindo a passos lentos.
A situação de instabilidade aos imigrantes é um indicativo social importante do país. A insegurança política, econômica e de saúde fazem com que a situação do imigrante que tenta se restabelecer e buscar uma vida melhor aqui fique ainda mais difícil.
Ficha técnica:
Repórter: Manu Benicio
Edição e publicação: Manu Benicio
Professor responsável: Muriel Emídio Pessoa do Amaral