Pôster do filme "Clube da Luta". Reprodução: AdoroCinema
Lutas intensas, muito sangue e reflexões sobre o ser: esse é o “Clube da Luta”. O marco cult dos anos 90 prende quem o assiste do início ao fim, e isso nem é por seu belo elenco composto por Brad Pitt e Helena Bonham Carter, mas por criticar o homem contemporâneo, ter uma filmografia astuta e enredo perspicaz.
David Fincher traz com a mesma intensidade a história contada no livro de Chuck Palahniuk - sádica, rápida e precisa. Expõe e critica bem o homem contemporâneo que tem anseio pelo novo e melhor - o que é visível no nosso dia a dia: tudo é descartável, pessoas, momentos, produtos; tudo é feito para saciar um desejo peculiar de cada ser, nem que isso custe passar por cima de outra pessoa. Como diria Humberto Gessinger na música 3º do Plural: “Satisfação garantida/Obsolescência programada”.
A filmografia contempla os olhos do espectador, conseguindo transmitir bem os anseios da história por meio de cenários mais escuros e cinzentos, além das brigas serem tão bem executadas que me questiono se aquele Clube não era mesmo real. O enredo está na medida certa, fazendo quem assiste se questionar se aquela é mesmo a vida que se pretende seguir ou se é preciso um Clube para se libertar dos laços da sociedade.
Apesar dos inúmeros pontos positivos, o filme peca na questão sonora, talvez por estar há quase 23 anos rodando. O som não é dos melhores do cinema. Mas, tirando isso, vale cada segundo.
Ficha técnica
Reportagem: Amanda Dal´Bosco
Edição e publicação: Maria Luiza Pontaldi
Supervisão de produção: Marcos Zibordi
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen