Iniciativas são gratuitas e incluem palestras, oficinas, contação de história e outras ações
Com a era tecnológica, muitas pessoas preferem recorrer aos livros digitais e deixam de buscar os livros físicos. Por isso, a Biblioteca Pública Municipal Professor Bruno Enei intensifica os projetos sociais para reconquistar o público, com atividades gratuitas como palestras, oficinas e teatros voltados à população. “Hoje em dia a biblioteca pública tem uma outra cara que não é só empréstimo e devolução. Tem a oportunidade de utilizar o espaço público, através de ações sociais”, explica a bibliotecária, Bruna Cristina Bonini.
Bruna detalha o projeto BiblioSocial que existe desde 2019. “Hoje em dia, muitas pessoas não vêm à biblioteca pública para ler, isso é uma realidade”. Para garantir o funcionamento e dar sobrevida ao local, os funcionários desenvolvem oficinas, teatros e palestras sobre problemas atuais, tais como violência contra a mulher e imigração. Além disso, oferecem ações como corte de cabelo gratuito e encaminhamento de currículos.
O professor Jerónimo Fernando dos Santos de Castro palestrou no projeto sobre as dificuldades que os jovens enfrentam para arrumar um emprego. Jerónimo abordou as realidades do mercado de trabalho e também tirou dúvidas dos participantes sobre o programa Jovem Aprendiz. “Apresentei a eles não só que o mercado de trabalho é muito seletivo e exigente, mas também os desafios que os jovens enfrentam ao fazer um currículo”, disse o professor.
Bruna informa que, em média, de 500 a mil pessoas frequentam a biblioteca por mês, para empréstimo, devolução, estudos, visitas e projetos. Porém, a possibilidade de realizar empréstimos de livros através do site Tocalivros pode levar a uma queda na procura pelos livros físicos. “Depois da pandemia nós verificamos um aumento nas visitas, e agora pode acontecer um aumento da procura pela biblioteca de forma digital”, explica a bibliotecária. Mesmo com dificuldades, a biblioteca não parou durante a pandemia, foram realizados projetos online, como contação de histórias e críticas literárias, além da divulgação pelas redes sociais.
Livros físicos ainda são fonte de informação na era digital | Foto: Alex Dolgan
Samir Hilário Kadri de 32 anos, frequenta a biblioteca há 3 meses. Sua primeira visita foi apenas por curiosidade, ele explica que apenas queria conhecer o lugar e acabou se interessando por um livro cujo autor tinha o mesmo nome de sua rua: “Casa de Pensão'', de Aluísio de Azevedo.
A biblioteca está aberta ao público de segunda a sexta, das 8 às 18 horas, localizada na rua dos Operários, número 100, no bairro de Olarias. “A biblioteca é para todos, mesmo que a pessoa não seja alfabetizada, pois nós temos outras ações para interagir com ela”, explica Bruna.
Para mais informações sobre os projetos, você pode acessar o site da biblioteca e o facebook @bibliotecabrunoenei.
Ficha Técnica:
Reportagem: Pamela Tischer Lima
Edição e publicação: Maria Eduarda Ribeiro
Supervisão de produção: Ricardo Tesseroli
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Marcelo Bronosky