A exposição Jardim Geológico do Paraná é a primeira ao ar livre e está aberta para visitação de escolas e público em geral

O Museu de Ciências Naturais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, (MCN - UEPG) inaugurou em maio a exposição “Jardim Geológico do Paraná”. O diferencial do acervo  é a presença de um mapa de 36 metros de comprimento, desenhado no gramado a céu aberto, que apresenta os principais pontos geoturísticos do Paraná, além de rochas em diversas dimensões identificadas no mapa. A estrutura apresenta também  o caminho do Peabiru, rota indígena que liga o oceano Atlântico ao oceano Pacífico.

Antonio Liccardo, diretor do museu, explica as particularidades da exposição. “A gente desenhou no gramado o mapa do Paraná, colocamos os pedriscos temáticos de cada planalto criando uma identidade, e instalamos os painéis explicativos doados pelo Serviço Geológico, em sua localização geográfica. Tem um em Foz do Iguaçu, que só existe lá. Um na Ilha do Mel que só existe na ilha, então eles não conversam em lugar nenhum. O único lugar em que eles interagem, é aqui na exposição.”, afirma.

A mostra conta com o acervo doado pela Fundação Bigarella. O nome da instituição refere-se ao sobrenome do professor e pesquisador João Bigarella, geocientista paranaense com mais de 200 trabalhos publicados em vários países e dois prêmios da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedidos pelo governo brasileiro. Ele  sonhava em construir um museu em Vila Velha. Após sua morte, as rochas hoje são objetos de pesquisa e estudo na área da geologia no museu.

 

museu_crianças_3.jpeg“Jardim Geológico do Paraná” tem mapa desenhado a céu aberto.Foto: Loren Leuch

 

Liccardo comenta que é importante a presença desse acervo não só para a UEPG, mas também para o Paraná, “Nós estamos resgatando um acervo valiosíssimo de um dos maiores geocientistas do Paraná e colocando onde ele queria, no mapa do Paraná, para as pessoas do Estado conhecerem”. O diretor acrescenta  que outro objetivo é resgatar a memória do professor Bigarella.

Marcela de Andrade Medeiros, acadêmica de Geografia da UEPG, comenta que a exposição contribui para sua formação. “Como é uma amostra do Paraná inteiro, então você não precisa viajar o Estado todo para aprender, na exposição é possível visualizar o estado inteiro a partir das informações”. Carolina Krzyzanoski dos Santos, estagiária do museu e futura geógrafa, explica como a mostra contribui para as crianças. “É muito complicado para as crianças compreenderem, por exemplo, os planaltos. Aqui elas podem ver onde é a divisão dos planaltos e os tipos de rochas que vão ser encontradas em cada um deles.” Ela acrescenta que é importante para as crianças conhecerem a geodiversidade do Estado em que moram.

O acervo da exposição é uma ferramenta didática para despertar a atenção de crianças e adolescentes sobre a importância da ciência, aprendizado e também curiosidade. “Para as escolas, e pessoas que visitam o museu aprenderem sem a necessidade de um professor, sem estar em uma sala de aula, têm uma interação, uma paisagem diferente”, explica Marcela. Por ser uma exposição a céu aberto, segundo o professor, ela recebe visitas mesmo quando o museu está fechado e as visitas também podem ser compreendidas como momentos de lazer. O museu recebe visitas de escolas e de universidades com o objetivo de estudar e observar o acervo. As visitas podem ser agendadas pelo e-mail mcn.uepg@gmail.com ou pelo telefone (42) 3220-3024.

 

Ficha técnica:

Produção:  Loren Leuch

Edição de texto: Luísa de Andrade de Camargo

Publicação: Rafaela Colman

Supervisão de produção: Muriel Amaral

Supervisão de Publicação: Luiza Carolina dos Santos e Marizandra Rutili