O grupo de teatro independente  incorpora o gênero “terrir” em sua programação

 

Fundada em dezembro de 2022, a Companhia Pé na Cova é uma iniciativa teatral independente, criada pelo ator e roteirista Leonardo Lopes, de 21 anos. O grupo que começou como uma reunião informal entre amigos, atualmente, se tornou uma entidade profissional, sob a direção de Lopes e, até o momento, trouxe 10 apresentações ao público. “Acredito que nosso grupo está se destacando cada vez mais pelas particularidades que temos. Nosso diferencial vem do fato que reunimos pessoas que são capazes de suprir todas as necessidades que uma peça precisa, como cenário, figurino, tudo isso de maneira independente”, comenta Leonardo.

Apesar de não contar com apoio de instituições públicas ou privadas, o grupo estreou seu primeiro espetáculo, "Sorria, Sofia", em junho de 2023, uma adaptação do filme "Divertidamente". A iniciativa ocorreu devido à seleção do programa Plateia  promovido pela Secretaria Municipal de Cultura no primeiro semestre de 2023, o que garantiu cinco apresentações para o grupo Pé na Cova no palco B do Cine Teatro Ópera.

Neste ano, a companhia explora o gênero "terrir", que combina elementos de terror e comédia. A partir de um investimento dos integrantes da companhia, a peça “Casa Monstro”, estreou no dia 25 de fevereiro, com 5 apresentações programadas do espetáculo.  “Esse gênero não costuma ser muito explorado nas peças da cidade, a partir do momento que nos especializamos nele, considero que estamos sendo pioneiros a ter esse diferencial em nossos espetáculos”, afirma o diretor da companhia.Além disso, o grupo tem planos de expandir para o audiovisual, que segundo Leonardo Lopes, já está com dois roteiros de curta-metragem finalizados, em processo de produção. 

 

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A peça "Casa Monstro" volta aos palcos no dia 28 e 29 de março, no Cine-Teatro-Ópera. Foto: Mariana Krankel 

 

Beatriz Mendes é a diretora de artes da Pé na Cova e uma das primeiras integrantes do grupo“Nós da companhia Pé na Cova temos muito comprometimento em nossas rotinas, nossa preparação vai além dos ensaios, parte de nossas habilidades vem do estudo que fazemos em nossas próprias casas para deixar nossa atuação mais rica e verdadeira”, afirma.

Carlos Eduardo Kordiak, estudante do curso de farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, não possui o costume de acompanhar peças de teatro, porém, após se impressionar com a performance e crescimento do grupo, já garantiu seu ingresso para a próxima sessão da peça “A Casa Monstro”. O jovem conheceu o grupo através da indicação de um amigo para assistir a peça “Sorria, Sofia” no ano passado. “Eu admiro o fato de que eles são amigos que abriram a companhia por conta própria. O grupo parece se acolher muito para compartilhar seus talentos com o outro, o que reflete na qualidade das peças”, afirma.

 

Ficha Técnica:
Produção: Manuela Rocha
Edição e publicação: Eduarda Macedo e Maria Tlumaski
Supervisão de produção: Luiza Carolina dos Santos
Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Candida de Oliveira