Vítimas recebem atendimento psicológico, assistência social e serviços de saúde
Ponta Grossa tem uma casa para acolher mulheres vítimas de violência, a Casa de Acolhimento para Mulheres, no bairro Contorno. O local recebeu o nome de Corina Portugal em homenagem à figura histórica de Ponta Grossa, que sofreu feminicídio. A Casa funciona como abrigo provisório para mulheres vítimas de violência doméstica e que necessitam de abrigo. Seus filhos também são acolhidos. Para ter acesso, a mulher deve apresentar um boletim de ocorrência ou uma medida protetiva.
A casa tem quatro quartos, podendo abrigar igual número de mulheres, com seus filhos. Dentro do imóvel existem regras: a abrigada não pode sair sem aviso e não pode ter celular. Essa última regra tem como objetivo acabar com casos de arrependimento da denúncia ou informar ao agressor onde ela está. O celular só pode ser usado em caso de liberação e supervisão da equipe.
De acordo com a Prefeitura, a mulher fica na casa até a garantia mínima de sua segurança, como a prisão do agressor, a possibilidade de se hospedar com algum familiar, entre outros.
No momento existem mulheres acolhidas na casa. Elas recebem cuidados, assistência social, atendimento psicológico e, se necessário, serviços de saúde. Elas ajudam a manter o imóvel e cozinham seu próprio alimento.
Atendimentos
A Casa, mantida pela Prefeitura desde 2010, nunca recebeu solicitação de mulher transsexual, mas elas podem ser atendidas.
Segundo o Núcleo Maria da Penha (Numape), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), até julho de 2021, foram realizados 436 atendimentos a mulheres, desde a prestação de orientações, até os acompanhamentos jurídicos nas audiências e atendimentos psicológicos, que estão sendo realizados online - via plantão telefônico ou através das redes sociais.
Maria Cristina Rauch Baranoski, coordenadora do Numape, acredita que a “Casa Corina é um importante e essencial órgão da rede de proteção às mulheres em situação de violência, pois se caracteriza como um serviço de proteção especial e de alta complexidade. Além da realização do acolhimento provisório, presta atendimento qualificado, sigiloso e articulado com os outros serviços da rede.”
Imagem: Portal Elos
Ficha Técnica
Reportagem: Maria Eduarda Eurich
Edição e Revisão: Lucas Müller
Publicação: Lucas Müller
Supervisão: Jeferson Bertolini, Marcos Zibordi, Maurício Liesen