Foto: Guilherme Bronoski

Uma mística em defesa da vida marcou o Dia Internacional da Mulher, na manhã desta quarta, 8 de março, no Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Cerca de 80 trabalhadoras rurais ligadas ao  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encenaram a luta das mulheres do campo com música, perfomance e bandeiras a partir de imagens de vítimas da violência (Olga Benário, Irmã Dorothy, Margarida Alves e Pagu). O ato foi realizado na abertura do 5º Colóquio Mulher e Sociedade, que aconteceu no Grande Auditório da UEPG, organizado pelo Mestrado em Jornalismo da UEPG e Grupo de Estudos Jornalismo e Gênero.

Uma das responsáveis pela manifestação, Genicilda Gotardo, representante do MST na região, que também integra a Brigada Emiliano Zapata, destacou a luta feminina nos movimentos sociais no País. “Aumentamos o número de mulheres nas lutas em defesa de melhores condições de vida e trabalho, passando de 20% pra 45% de participantes”, explica.

Adriana Gomes, que também participou da manifestação, lembrou que as mulheres precisam se organizar para garantir condições de igualdade e defender os direitos sociais. A Dona Maria de Lima, 64 anos, que integra o MST desde 1988, justifica a dificuldade de organização da mulher pela dupla jornada de trabalho.

Ao final do evento, Genecilda Gotardo, convidou os participantes do Colóquio a lutar contra o desmonte da Previdência Pública, que o governo Temer (PMDB) pretende aprovar sem debate com a população. “Se aprovarem esta reforma, as mulheres rurais serão diretamente prejudicadas no acesso à aposentadoria”.  A partir de 11h, acontece a Marcha das Mulheres, saindo da Praça Barão de Guaraúna (na Igreja dos Polacos), no Centro de Ponta Grossa.

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