O projeto de cesta agroecológica de Ponta Grossa, promovido por um grupo de voluntários e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), distribui alimentos orgânicos direto da Comunidade Camponesa Emiliano Zapata. Uma vez por semana, voluntários se reúnem e vão ao Distrito de Itaiacoca para buscar os alimentos. Os produtos são oferecidos via WhatsApp aos consumidores. As entregas funcionam com retiradas nas casas dos voluntários, ou por delivery. Além de repassar alimentos orgânicos aos ponta-grossenses, o projeto defende o trabalho do produtor local.

Com início em 2020, a rede de cesta agroecológica pretendia que os ponta-grossenses fossem até a comunidade Emiliano Zapata, tanto para adquirir os produtos como para conhecer de perto o trabalho das famílias. Com a pandemia da Covid-19 o projeto precisou se reinventar. Os produtos são cultivados por Genecilda Gotardo, mais conhecida como Dona Gê. A trabalhadora rural é responsável pela produção dos alimentos orgânicos, que são vendidos por R$ 30,00 a sacola. “Cada unidade possui oito alimentos, que podem sustentar uma família de três a seis pessoas na semana”, explica Mohana Koslosky, coordenadora do projeto de consumo sustentável na Cidade.

 

O projeto defende o trabalho do produtor local Foto: Reprodução Facebook

 

Junto com outros voluntários, Mohana coordena o repasse dos alimentos solicitados a cada semana. A coordenadora destaca o menor custo da cesta agroecológica, se comparado aos valores dos mesmos produtos em supermercados de Ponta Grossa. “Os alimentos produzidos por Dona Gê são orgânicos, têm qualidade e o valor é acessível”, explica. Para a coordenadora, uma alimentação saudável é tão essencial quanto o uso de máscara e álcool em gel durante a pandemia. O voluntário Renan Taques destaca o motivo pelo qual começou a atuar no projeto. “Com a pandemia, soube da dificuldade que a Dona Gê teria em conseguir vender os produtos na Cidade e, desde então, eu e minha esposa (Vivian) auxiliamos na entrega das cestas”, conta.

Dona Gê mora e trabalha há dezessete 17 anos no pré-assentamento Emiliano Zapata. A agricultora explica que a pandemia do novo Coronavírus afetou diretamente nas vendas. “Antes da pandemia, eu conseguia vender os produtos na feira, mas infelizmente não pude retornar com as vendas”, diz. Dona Gê lembra que é um direito de todo cidadão se alimentar com produtos saudáveis e orgânicos, adquiridos por um preço justo.

A cada semana são disponibilizados diversos alimentos orgânicos, que compõem a cesta agroecológica. Aos finais de semana, os voluntários buscam as cestas e demais integrantes da rede de consumo agroecológico. É através do grupo de WhatsApp que são feitas as encomendas e organização semanal das cestas em Ponta Grossa.

 

Ficha-técnica:

Repórter: Leriany Barbosa

Supervisão: Sérgio Gadini

Publicação: David Candido