Segundo especialistas, a procura por orçamentos para a instalação cresceu 200% no último trimestre

 

Para que haja geração de energia, as placas solares captam a luz solar. Este processo gera calor que é convertido em energia pelos geradores. Foto: Jessica Allana. 

 

Há diversos motivos que impulsionam a instalação de painéis solares, como fatores econômicos e ambientais. A geração própria de energia é um dos mercados que mais crescem atualmente. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012 foram gastos R$ 74,6 bilhões em instalações de geração de energia solar. 

 

O coordenador do curso de especialização em Energias Renováveis da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), Marcelo Rodrigues, diz que a geração de energia solar no Brasil é propícia porque os níveis de radiação solar são superiores aos da Alemanha, por exemplo, um dos grandes produtores desta forma de energia. 

Contudo, o preço dos equipamentos ainda é alto no Brasil. O principal componente da placa solar é o silício e o alumínio, que encarecem o preço. Rodrigues destaca que há locais com maior apelo social para se implementar placas solares. “Em locais muito distantes, onde não há forma de chegar a energia, há projetos de microgeração, como os painéis solares. Desta forma, a população não fica desassistida.”

Em Ponta Grossa, a demanda por placas fotovoltaicas parte dos consumidores que desejam produzir a própria energia para abater os custos da conta de luz. A SolarPonta, empresa que trabalha com a instalação dos painéis, garante que a procura aumentou no último ano, com crescimento de 150% considerando novembro e dezembro de 2021, e janeiro deste ano. 

O custo da instalação varia de acordo com o tamanho e o consumo da residência, conforme descreve o engenheiro ambiental da SolarPonta, Leonardo Pinotti. Mas, em média, uma única placa solar acaba custando entre mil a dois mil reais. Uma única placa produz aproximadamente 0,27 kW - um espremedor de frutas, utilizado todos os dias no mês, por 10 minutos, gasta aproximadamente 0,22 kW. 

Humberto de Alencar Bastos de Abreu optou pela geração de energia própria em 2017 e está satisfeito, tanto no sentido ambiental, quanto financeiro. Na época da instalação, o projeto era de que os materiais se pagassem, com o abatimento da conta de luz, em aproximadamente quatro anos. Abreu utilizou recursos próprios pois, na época, “os incentivos por parte do governo eram muito poucos e fracos”. 

 

Ficha técnica

Reportagem: Jessica Allana Grossi

Supervisão de produção de texto: Marcos Zibordi

Supervisão da disciplina de NRI III: Marcelo Bronosky e Muriel Amaral

 

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