Enquanto algumas agremiações têm melhores condições, outras têm dificuldades de treino e recursos 

 

O aguardado retorno presencial dos Jogos Inter Atléticas de Ponta Grossa (Joia) ocorre no próximo mês, com a participação de 19 atléticas filiadas à Liga das Atléticas, instituição responsável por organizar os jogos e demais eventos festivos. Há mais de dez anos, o Joia reúne acadêmicos e egressos dos cursos de ensino superior da cidade para competirem em modalidades esportivas. Apesar da expectativa, o evento é marcado pela desigualdade de atletas e recursos entre atléticas afiliadas na competição.

foto joia

Crédito: Arquivo Atlética Coringaço

A estrutura de cada atlética influencia no desempenho dos atletas e sucessos dos times nos jogos. João Victor Schasiepen, presidente da Atlética XIX de Setembro, que reúne cursos de licenciatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), explica que as atléticas antigas têm mais facilidade em comparação às agremiações menores. “Acredito que atléticas com mais tempo de atividade têm mais vantagens em relação às demais. Atléticas novas acabam batendo a cabeça, estamos aprendendo literalmente na prática.” Ele se refere a estruturação legal e normativa das atléticas e também experiências nas competições.

Além disso, atléticas maiores têm mais recursos e conseguem realizar treinos e até mesmo seleções para eleger participantes melhor preparados. Outras não conseguem realizar essas atividades, pela falta tanto de recursos quanto de atletas. Estudante de Física da UEPG, Eduardo Soares integra a Atlética Gorillas e reconhece a dificuldade de treinos. Além de haver poucas pessoas para compor o time de basquete, que ele integra, os locais nem sempre são os mais adequados para os treinos e frequentemente as quadras são divididas com outros usuários. “Algumas atléticas já começam na vantagem simplesmente por serem de cursos com mais pessoas, o que facilita montar um time e encontrar pessoas interessadas na organização da atlética”. Conforme já divulgado em reportagem no Periódico, os atletas se preparam para as competições que iniciam em novembro.

A Atlética Coringaço, do curso de Jornalismo da UEPG, tem dez anos, mas também tem problemas que são, porém, de outra ordem. De acordo com a presidente da organização, Amanda Martins, a atlética contempla apenas um curso, tendo dificuldades de arrecadação de recursos materiais e financeiros, além de ser escasso também o número de associados. “A diferença entre as atléticas é gritante, pois algumas têm mais desafios para a mobilização de atletas do que as atléticas que associam vários cursos”, afirma Amanda.

 

Ficha técnica:

Reportagem:  Lucas Ribeiro

Edição e publicação: Kathleen Schenberger

Supervisão de produção:  Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira, Marcelo Bronoski e Ricardo Tesseroli

 

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