Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.
Munchen Fest volta ao seu local de origem
Millena Lopata
A primeira Munchen Fest teve seu início no Parque Ambiental em 1990, com a ideia de promover a festa da cerveja original, que era produzida na cidade. A partir da segunda edição, foi transferida para o Centro de Eventos de Ponta Grossa, que foi construído especialmente para abrigar a festa e eventos de grande porte. A partir deste ano, a Prefeitura Municipal decidiu mudar a tradicional festa do “chope escuro” para seu local de origem, o Parque Ambiental.
Em 2018, o evento acontece de 15 a 18 de novembro, com a programação toda voltada para as bandas locais e regionais, com foco em preservar a cultura germânica e seus grupos folclóricos , bebidas e as comidas típicas.
Mas por outro lado, observamos uma estrutura que não é das melhores para receber uma festa com esse porte. Se perdem os shows nacionais de rock, sertanejo e pop que eram bem procurados pela população, assim podendo ocorrer um esvaziamento desse público que iria por conta desse tipo de atração.
O prefeito Marcelo Rangel, em um de seus pronunciamentos, afirmou que o (Parque Ambiental) pode ser acessado a pé, de táxi, ônibus ou carro de aplicativo”. Mas a questão é que o centro de eventos também pode ser acessado da mesma forma, além de possuir um estacionamento mais amplo e que não interfere, por exemplo, na entrada e na saída dos ônibus, já que que o Parque Ambiental fica em frente ao terminal central da cidade.
Clube de leituras A obra Olhos D’água reúne contos e conquistou o terceiro lugar no prêmio Jabuti em 2015.
Priscilla Pires
Lançado em 2014, Olhos d’agua retrata experiências de vida de mulheres negras de diferentes idades. Conceição Ernesto traz 15 contos de denúncia à violência urbana, à pobreza e à desigualdade social.
Ao lembrar-se da cor dos olhos da mãe, a autora redescobre as próprias memórias. Narra ainda outras histórias de mães, filhas, avós e amantes. Palavras que retratam a dor em forma de poesia.
Conceição não economiza na profundidade da escrita ao tratar temas como discriminação racial, de gênero e de classe. E ainda a fome, a miséria e a violência.
As obras da autora mesclam o lirismo e a crítica contrastados em temas fortes e polêmicos.
Entre os mais marcantes estão Ponciá Vicêncio (2003), Becos de memória (2006), Poemas da recordação e outros movimentos (2008) e Insubmissas lágrimas de mulheres (2011).
Livros que combinam poemas, sentimentos e narrativas potentes.
Grupo de Alimentação Inclusiva traz diversidade na culinária de Ponta Grossa
Renato Valenga
Cerca de 95% das alergias alimentares estão ligadas ao consumo de alimentos como o leite, ovo, e trigo. Pensando na alimentação inclusiva, o Grupo Luau Terra produz alimentos veganos e livres de contato com alimentos que causam as principais alergias. O Luau Terra começou com a união de duas famílias que têm filhas alérgicas. Hoje, eles trabalham com os conceitos de economia solidária, sistema de organização que prega a autogestão, o cooperativismo e o trabalho justo.Os alimentos frescos atraem o paladar. A mistura de ingredientes - como o alho poró e o palmito ou o champignon com tomate - trazem um contraste interessante para os recheios das tortas. O pão sem glúten também é uma aposta que cai muito bem com patê de grão de bico também produzido pelo Luau. O grupo tem um cardápio diverso. Entre os alimentos estão os bolos doces com cacau, tortas de palmito, alho poró e legumes e pães sem glúten, além de Gersal e sal de ervas. A variedade do cardápio é ampla e atrai os consumidores que buscam uma alimentação saudável e consumo consciente. Apesar do atendimento limitado, sem espaço físico para comercialização, o Luau Terra atende encomendas de diversos públicos através das redes sociais.