Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.
Adega de amora em Ponta Grossa
Camila Zanardini
A amora-preta in natura deve ser consumida logo após a colheita, pois a fruta é muito sensível e já começa a fermentar oito horas após a colheita. Por isso o mês de novembro é a oportunidade para consumir amoras frescas e orgânicas. também estar em contato com o campo. O local fica a menos de quarenta min do centro de Ponta Grossa. A adega está aberta há 10 anos na cidade e pertence a família Dewulf, a fazenda tem 50 hectares de amora-preta, que é matéria-prima para a fabricação de licor, vinho, geleia, cerveja, aguardente e calda que está disponível a venda no local.
Você pode comprar as amoras frescas ou se preferir congeladas. O local possui um restaurante em que a amora está presente em diversas sobremesas como a waffle com sorvete e calda de amora e entre outros doces a base de amora.
Em meio a plantação de amoras e de lavanda tem um campo de mini golfe esporte originário da Escócia na Europa. O campo tem 18 buracos compreende uma área de 10 mil metros quadrado. O jogo acontece em meio a paisagem da plantação de amoras e lavanda. O custo por pessoa é de R$12,00 por pessoa com equipamento incluso, dura cerca de duas horas.
Um espaço com estilo europeu, arquitetura rústica, com comidas típicas belgas e espanhola, porém para chegar a adega somente é possível por meio de automóveis, não há transporte público pois fica próximo ao Buraco do Padre. Mas a experiência de comer uma fruta fresca vale a pena se programar.
Ponta Grossa Oferece foodtruck de comida japonesa
Saori Honorato
Sushi na rua? Essa novidade surgiu poucos meses atrás em Ponta Grossa e é uma versão
de foodtruck. O trailer serve pratos tradicionais da culinária oriental como sushi, sashimi e temaki.
O sushi do foodtruck é muito saboroso, bem montado e todos os sabores harmonizam. O
peixe é fresco e apresenta um bom aspecto.
Um destaque do cardápio é o uramaki de patê de salmão, que traz todo o sabor do peixe de
uma maneira mais leve, e o toque de molho tarê em cima do sushi deixa a apresentação do
prato ainda mais bonita.
Para quem não gosta de peixe cru, a parte de sobremesas do cardápio também oferece
opções mais palatáveis ao gosto ocidental como rolinhos de chocolate com a massa
crocante e também o hot roll, versão frita do sushi.
Como é comum no fast food, o preparo é rápido, cerca de 6 minutos para o pedido ficar
pronto. A decoração japonesa do carrinho enfeita a rua Balduíno Taques e dá um ar oriental a
paisagem. Em uma noite com um clima agradável é uma boa opção de comida rápida na cidade.
Mas o fato de ser a céu aberto dificulta a ida ao restaurante se tiver muito frio ou chovendo.
O grande fluxo de pessoas na rua pode ser um incômodo se você pretende ficar muito
tempo no local.
O preço não é barato como costumamos pagar em comida de rua, mas também não é caro como nos restaurantes japoneses. Um temaki fica em torno de 16 reais, e uma porção pequena de sushi, de 6 a 9 reais. Se o bolso está apertado, não é um lugar para ir encher a barriga, mas é uma opção boa, acessível e rápida para saborear a culinária japonesa.
O trailer fica localizado na rua Balduíno Taques, próximo ao Posto Contorno e fica aberto
segunda-feira à sábado das 18h00 às 23:30.
Praça Por do Sol é uma boa opção de lazer ao fim da tarde
Marina Daun
A praça Pôr do Sol é ótima quando você quer relaxar e apenas observar o horizonte e belas paisagens da cidade ou tomar um chimarrão com os amigos, mas logo é possível perceber que não foi pensada para crianças ou para a prática de esportes, embora haja uma quadra de vôlei de areia. A praça não é própria para soltar as crianças e deixá-las livres para correr, ou jogar bola, justamente por ficar bem próxima a uma rua movimentada.
Localizada na Rua Visconde de Nácar atrás do Hotel Vila Velha, parte da praça possui uma grade de proteção, por conta do arroio, mas a pista de caminhada não está totalmente protegida pela grade. O que pode ser um problema de segurança.
Outro fator bem peculiar é que a Praça Pôr do Sol não possui grama, apenas pedrinhas britas e em algumas partes o mato toma conta. Apesar de bem iluminado, o local é cercado por mato e pouca vizinhança, o que pode dar uma sensação de insegurança aos visitantes.
Sendo assim, indico a Praça Pôr do Sol, para uma reunião de amigos no fim de uma tarde, e não para passear com crianças e levá-las para brincar, uma vez que não é totalmente adequada a isso.
"As meninas" é uma da sobras que serão cobradas no vestibular da UEPG
Fernanda Wolf
‘As meninas’ de Lygia Fagundes Telles foi lançado em 1973, mas o livro mesmo se passa no ano de 1969 em um pensionato de freiras. O romance gira em torno de três meninas diferentes entre si e peculiares. As três são amigas. Lorena, é rica e descrita como a mais intelectual, e sofre pelo amor não correspondido de um homem casado. Lia, ou Lião para suas amigas, faz parte da esquerda armada e luta pela liberdade de seu namorado preso. Ana Clara, descrita como modelo e mais bela entre as amigas, possui vício em drogas, ambição em ser rica, e gravita em torno de um noivo que ela não ama, mas que é rico, e em torno também de seu amante traficante.
A trama se passa no período de dois dias, mas esse tempo não é facilmente percebido pela leitura. Nem mesmo o seu espaço, São Paulo, é propriamente dito. Apenas alguns poucos fatos são expostos para a localização de espaço e tempo. A leitura transita entre a primeira pessoa e a terceira pessoa, algumas vezes até se misturando em uma mesma frase. A linguagem também muda de acordo com a personagem. Lorena pensa de forma mais apaixonada e sonhadora, e possui linguagem mais clara. Lia possui uma fala informal e rápida. Ana Clara é totalmente desconexa misturando realidade e paranoia. Geralmente, mesmo quando elas estão juntas, elas acabam estando solitárias e o livro se cria em volta de suas solidões.
A construção de personagens é ao mesmo tempo tão simples e tão rica na criação de personalidade que uma hora o tempo verbal e a linguagem acabam não confundindo, e você leitor cria empatia pelas personagens. Tem que levar em consideração que as meninas são jovens em torno de seus vinte anos no início da universidade, por isso mesmo muitas vezes elas soam confusas e não se conhecem muito bem. Nem mesmo o narrador as conhece mais do que elas próprias.
A escolha do livro para o vestibular de verão foi certeira, tanto pelo contexto político e as construções sociais da época de 60/70, quanto pela proximidade com a idade dos vestibulandos. Acredito que criar essa aproximação com os estudantes é importante para criar vínculos com a literatura.