Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 
 

Mulheres discutem escritoras literárias em PG

 

Março é marcado pelo dia das mulheres, e no sábado dia 23/03 o livro escolhido
pelo grupo Leia Mulheres PG foi Outros Jeitos de Usar a Boca’, de Rupi Kaur. A cada
semana o clube de leitura discute obras de escritoras com o propósito de dar voz a
literárias, já que culturalmente elas não têm o mesmo reconhecimento que escritores
homens. Além disso, as integrantes da roda conversam sobre as próprias experiências
relacionadas a leitura.
            A literatura escrita por mulheres, que aborda formas de ver e sentir o mundo de
maneira diferente da tradicional disseminada na cultura da leitura, é o objeto de debate
no grupo Leia Mulheres PG. Os livros programados para discussão têm o ideal
feminista como principal gancho. Mesmo não sendo regra, o grupo busca incluir
somente meninas e mulheres, pois durante o debate as integrantes relatam experiências
pessoais que fizeram ao longo da leitura.
            A ideia de criar um ambiente feminino, discutindo questões feministas com base
em obras escritas por mulheres, busca fortalecimento deste gênero na literatura,
desmistificando assuntos que envolvem o dia a dia das mulheres. Durante a discussão,
várias meninas relatam e se sentem acolhidas quando estão ali, pois é um momento em
que elas tiram duvidas e desabafam.
           O livro de Kaur trabalha com o contexto de quebra de tabu e envolvimento, além
de um reflexo dos conflitos e entendimentos da vida pessoal da autora. O texto é de fácil
compreensão, e usa elementos da natureza para comparar a força das mulheres. Pode-se
destacar o ‘Eu Sou a Água’, que compara a força da água com a força da mulher, capaz
de gerar vida e também destruí-la.
           O encontro acontece em cafés de Ponta Grossa. As organizadoras tematizam o
ambiente, com livros, poemas e imagem de poetas. É feita uma mesa grande, e o livro
em debate fica ao meio para que todas possam ter acesso à obra durante o debate.

 

Por Maria Fernanda Laravia

 

           Uma opção de sociabilidade em Oficinas

             Os shoppings de Ponta Grossa não estão concentrados apenas no centro. O Milano Open Mall possui uma estrutura diferente dos demais centros comerciais da cidade. Não é um shopping genérico, embora a maioria das lojas também está nos shoppings tradicionais. Os muros do shopping aberto são feitos de vidro que acompanha toda a extensão do espaço. Na entrada principal, à esquerda, a maior loja é de produtos naturais e suplementos, onde também há um café.
             O diferencial desse espaço é a quantidade de vagas para estacionamento, todas no meio da área das lojas. Provavelmente essa seja a principal motivação para aplicar o modelo do open mall criado nos Estados Unidos e que está se popularizando na América Latina.
             Entre os estabelecimentos, encontra-se as lojas de roupas, eletrônicos, customização de celulares, clínica odontológica, chocolataria, comidas, utilidade e dois cafés. Fora do circuito das lojas, na calçada que rodeia o estacionamento. Embora não tenha nenhuma atração, é um lugar público e gratuito para descansar e fugir do sol.
             Embora acessível, com vagas de estacionamento suficientes, este centro comercial não é um giro urbano confortável, o único atrativo que faz o público permanecer ali são os cafés. O milano Open Mall localiza-se na Rua Santa Rita Durão, no Bairro de Oficinas, e funciona das 9 horas da manhã, até as 9 horas na noite.

Por Gustavo Camargo

 

          Você gosta de hambúrguer?
 

             Conhecidos por acompanhar pão, alguma salada e um molho, os sanduíches com
hambúrguer são uma opção rápida de alimentação e podem ser encontrados em diversos
pontos na cidade. Aqui em Ponta Grossa, existem casas especializadas só neste tipo de
comida e uma delas é a Bunny Hamburgueria, um estabelecimento temático com motos
e bicicletas, além de elementos como lamparinas, máquina de costura e uma estrutura
que associa madeira e tijolos à vista.
            O hambúrguer mais pedido do local é o “Bunny Supremo”, um lanche simples, mas
com 180g de ‘burguer da casa’, queijo cheddar, bacon em tiras, alface americana e
molho especial. Além do sanduíche, o prato acompanha batatas fritas no estilo rústico,
com cortes maiores e mais sequinhas.
            Apesar do pedido mais popular ser um lanche agradável, não é gorduroso e não tem
muitos elementos que possam confundir o paladar, o Bunny Hard não tem a mesma
apresentação. Com 180g de burguer de costela, queijo cheddar, cebola roxa, picles e
molho especial, o lanche tem um apelo de ser uma comida mais quente e homogênea,
mas o excesso de cebola e o picles não acompanham a proposta. Numa próxima, os
donos poderiam reformular o sanduba e usar legumes quentes e mais macios.
           Em relação aos preços, estão dentro de uma média justa para uma casa de lanches. O
tempo de preparo do pedido não ultrapassa os 20 minutos. O local é arejado, mas apesar
de o atendimento ser rápido, os funcionários poderiam ser mais atenciosos com os
clientes.

 
Serviço:
Rua Almirante Barroso, número 1891, na 31 de Março.
Bunny Supremo – R$14,90
Bunny Hard (costela) – R$19,90
Chá Mate – R$3,50
Chopp Caneco – R$6,90.

Por Franciele Ampolini

 

        Exposição retrata crise da democracia e ativismo social em Ponta Grossa
 

   

            Sob o título “O som das ruas: atualidade política e ativismo social”, a exposição fotográfica organizada pelo projeto de extensão Lente Quente objetiva recuperar, a partir de arquivos históricos, as nuances presentes nos movimentos de rua registrados a partir de 2014. A mostra, que foi lançada na segunda-feira (25/03), no Museu Campos Gerais, centro de Ponta Grossa, integra o “Ciclo Descomemorar Golpes” e ficará exposta no Grande Auditório do Campus Central da UEPG até a sexta-feira (29/03).
            Com um recorte da crise da democracia, a exposição destaca a história recente do País. Apenas 14 fotos, escolhidas de maneira cronológica, montam um quebra cabeça para interpretar fatos que começam com a (des)comemoração dos 50 anos do golpe militar, passam pela abertura do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e chegam às manifestações de repúdio à morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.
             A aglomeração de pessoas em uma praça de Ponta Grossa para assistir à transmissão de abertura do processo de impeachment em 2016 é relacionada à imagem do então deputado Jair Bolsonaro em visita à cidade no início de 2018. Os curadores apresentam cuidado ao montar a narrativa em que os fatos se completam.
             Ao caminhar pela exposição, também são encontrados registros de figuras importantes para a história do Brasil que passaram pelas lentes do grupo. Como o retrato do ex-combatente da ditadura, Aluízio Palmar e Amélia Teles, presa política da época. Mais de 50 anos depois de 1964, a exposição evidencia motoristas pedindo “intervenção militar” durante a greve dos caminhoneiros em 2018. A linha do tempo continua com uma foto de um dos últimos discursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de ser preso, a primeira indígena a ser candidata a vice-presidente, Sônia Guajajara, e protestos contra Michel Temer e Jair Bolsonaro.
              O grupo Lente Quente consegue, assim, resumir acontecimentos complexos que mudaram a rota do País em um curto espaço de tempo e trazer questões acerca da jovem democracia no Brasil.

 
Serviço:
Exposição: O som das ruas, atualidade política e ativismo social
Local: Grande Auditório, Campus Central da UEPG
Horário de visitação: todo o dia
Curadoria: Julio César Prado, Saori Honorato e William Clarindo
Supervisão: Marcelo Bronosky, Manoel Moabis e Rafael Schoenherr

Por Thailan de Pauli Jaros

Nostalgia do movimento emo no domingo cultural no DCE UEPG

 

Músicas melancólicas e roupas de cores escuras marcaram a edição emo no domingo
cultural do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Ponta Grossa
(UEPG). No domingo, 24 de março, o tema do evento foi ‘make brazil emo again’, relembrando
os tempos da música emotional hardcore, o emo no Brasil, na década de 2000. Domingo
cultural é um evento proporcionado pelo DCE. Aos domingos, o espaço da entidade, em frente
ao campus central da UEPG, é aberto à comunidade como um ambiente compartilhado com
música e interação.
              Bandas como Simple Plan, Paramore, Fresno e Restart foram algumas que marcaram
os adolescentes na época com músicas tristes e de apelo emocional. No começo dos anos
2000, o som melódico e sensível do emo foi se destacando na cena musical brasileira. Até
então, a cultura emo no Brasil não era conhecida pela grande maioria da população, pois era
confundida com o estilo punk e rock.
             O domingo, 24/03, no DCE foi marcado pelo clima de nostalgia. Olhos pintados de
preto, calças rasgadas, franjas, adereços como cintos com argolas redondas, tênis all star e
roupas predominantemente escuras fizeram o domingo cultural voltar 10 anos, época em que
os adolescentes se reuniam para ouvir músicas melódicas. A playlist escolhida foi de acordo
com o tema do evento, no entanto, não eram músicas dançantes ou atuais, logo as pessoas
não permaneceram dentro do DCE, ficaram fora do prédio, nas muretas da UEPG.
             O evento teve exposição e venda de ilustrações de artistas locais como Lucas Khun,
Eme, Klaus Swiech e Vitória Nogueira. A entrada do domingo cultural é gratuita e o espaço
proporciona uma interatividade bastante significativa para quem procura descontrair no final de
domingo com música e instrumento democrático. Confira os novos eventos e horários na
página no facebook do DCE UEPG. O domingo cultural é realizado na Av. Bonifácio Vilela, 700, em frente ao campus central da UEPG.

Por Matheus Rolin

          Chi Kung oferta meditação consciente e de exercícios passivos em PG
 
             Ambiente silencioso, o som parte apenas da música de meditação e respirações profundas. Clima de energias sendo restauradas e conectadas. Assim é o trabalho do Mestre Bodhidarma Prem Nath, idealizador e professor do Projeto Yoga e Chi Kung Solidário, em Ponta Grossa. O Chi Kung é derivado de técnicas milenares, como o Tao Yin, e remonta a época da Dinastia Han (206 aC – 220 dC).
             O projeto foi idealizado para a inclusão da sociedade em práticas de Medicina Chinesa e para mostrar que é possível praticar exercícios de forma passiva e que busca restaurar além do físico. O maior destaque do espaço para a prática de Yoga e Chi Kung é o valor acessível de 20 reais mensais. As aulas acontecem uma vez na semana, na segunda-feira, das 19h30 às 20h30, e no sábado, das 14h às 15h. No entanto, as vagas se limitam a 20 participantes por aula.
              O Chi Kung busca o equilíbrio espiritual, físico e mental a partir da chamada “meditação
consciente”. A prática é um tipo de medicina chinesa que trata de doenças como endurecimento das artérias e articulações, além de beneficiar o metabolismo.
              A longo prazo o Chi Kung equilibra a respiração, ameniza dores crônicas, reduz o estresse, aumenta o nível de energia e disposição, equilibra as emoções, melhora o sono e favorece a digestão. Não há restrições na prática, apesar de ser necessário aulas adequadas para cada faixa etária. Porém, o Projeto busca respeitar os limites de cada corpo.
O ambiente fica na Rua Tiradentes, n° 1029, na parte superior do Espaço Racco.
 
Por Bruna Kosmenko
          Peça teatral estreia em março em PG destacando novos talentos


             A Escola de Artes Bianca Almeida tem diversas aulas, entre elas teatro. Sete alunos, de 10 a 16 anos, são coordenados pelo Professor Alfredo Prestes Netto, formado pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) em Artes Cénicas. Os alunos ensaiam para a peça “Escolinha...” que estreia 11 de maio no Cine-Teatro Ópera em Ponta Grossa.
             A peça traz, logo no começo, a professora arrumando o material para trabalhar e entre eles uma arma de fogo. A professora afirma não ser desmiolada, mas prevenida, não é por ser uma escola particular que ela vai deixar os alunos virarem o colégio de ponta cabeça. A professora assegura gostar de todos alunos, menos de um em específico nomeado de “Queridinho Soquenão”, um aluno travesso.
             Por serem adolescentes de 10 a 16 anos, é difícil controlar a turma, algo que o professor Alfredo consegue, se entrega ao trabalho e está a todo tempo ajudando os alunos na desenvoltura das personagens, até a cena ficar perfeita. O destaque na peça é a personagem Patrícia Dólar (interpretado por Larissa), filha de pais ricos que viajam o mundo. Larissa entra na personagem e se mostra fiel ao que faz, desinibida e perfeccionista tenta sempre melhorar as falas e atuação.
             Durante o ensaio Alfredo muda as características das personagens, algumas positivas e outras não tanto. O exagero e as expressões fazem parte do teatro, mas não como o professor instiga os alunos a fazer. A nomeação das personagens também não parece adequada, pois já traz as características dos personagens, adiantando o que irá acontecer na peça.
             O que vai acontecer com a arma e o desfecho da trama será revelado no dia 11 de maio na apresentação no Cine-Teatro Ópera. É válida a participação de toda a comunidade para prestigiar um projeto feito sem nenhum apoio da Prefeitura de Ponta Grossa e que revela talentos jovens da cidade.

 
Por Milena Oliveira
        Jornal da Educativa da TVE aposta na interação para 2019
 
           Fora do ar durante o início de 2019 para a construção do novo cenário, o Jornal da
Educativa retornou ao ar com novidades. Neste ano, o telejornal possui uma tela de interação
com o público e será transmitido ao vivo.
           A interatividade no telejornal acontece através do WhatsApp da emissora, que
possibilita o contato direto do telespectador, assim como a participação ao vivo do público.
Na maioria das vezes, o telespectador envia comentários sobre as reportagens e conta algo
parecido que ocorreu no cotidiano. A interação oferece ao público uma sensação de fazer
parte do telejornal e, assim, contribuir de alguma forma na transmissão, aproximando a TV
do telespectador.
            O telejornal tem como característica principal o jornalismo local. As matérias são, em
geral, feitas no município, mas o telejornal realiza também coberturas de cidades dos Campos
Gerais. As matérias realizadas são de cunho social e apresentam linguagem de fácil
entendimento ao telespectador. O Jornal da Educativa possui em média de 30 minutos de
duração e as pautas são de saúde, educação, eventos da cidade, esporte e também matérias de
serviço.
            Com a tela de interação, o telejornal ficou mais moderno, principalmente pela mistura
de cores presentes no novo cenário. Nos programas anteriores, o âncora apenas introduzia as
matérias e fazia alguns comentários. Agora, pode-se notar maior dinamicidade no telejornal
por conta da participação do telespectador. A interação já está presente em outros diversos
programas da emissora, portanto, percebe-se a importância dessa também no telejornal.

 
Serviço: Jornal da Educativa
Horário: segunda à sexta-feira, às 19h30
Canais: 58.1 da TV aberta, canal 8 da NET e canal 358 da Vivo TV

 
Por Mariana Santos
         No mês da mulher, Marvel traz personagem Empoderada
 
           O mais recente lançamento cinematográfico da sequência de super heróis da marvel traz o empoderamento feminino. O filme Capitã Marvel conta a história da super-heroina mais forte de toda franquia, vista como o último recurso para a salvação do universo mostrado nas cenas pós créditos de Vingadores: guerra infinita.
           Com uma narrativa composta de reviravoltas, o longa-metragem se desenvolve em torno de uma dúvida da personagem em relação a própria origem. O clímax surge quando ela finalmente descobre quem é e qual o verdadeiro nome: Carol Danvers. Tudo isso se dá graças a uma antiga amizade com Maria Rambeau, colega de quando eram da força aérea americana,  demonstrando que a força do amor a ajudou a se reconhecer.
           Após descobrir verdadeira origem, o empoderamento da personagem fica mais evidente quando sozinha ela evita um ataque à terra, destacando um tom de autossuficiência e poder. Apesar disso, o filme foca na personagem e não no enredo, deixando aspectos importantes que existiam nos quadrinhos de lado, o que pode desapontar os fãs da franquia.
           Para quem gosta de filmes de super heróis/heroínas a produção é uma oportunidade de ação e drama. Para quem está familiarizado com as histórias em quadrinhos o filme pode decepcionar, já que falta profundidade e detalhes da história.
           Pode ser casual, mas na sessão do dia 23 de março as 20h o áudio do filme estava baixo, fazendo com que o som da sala do lado ficasse em destaque. Além disso, a euforia com a capitã era tanta que alguns espectadores permaneceram conversando após o início do filme.

 
SERVIÇO:
Filme: Capitã Marvel
Local: cinemas lumiere shopping total
Valor: 10 reais meia entrada
Duração: 128 minutos
 
Por Ane Rafaely Rebelato

Confira o programa Crítica de Ponta na TV:

Produzido pela turma A -Jornalismo UEPG