<!doctype html>

 

*|MC:SUBJECT|*

 

 

Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 
 
 

Um olhar crítico ao cinema com o Projeto Fissura
 

      Os amantes das artes e de debates filosóficos têm em Ponta Grossa uma opção de lazer à caráter. O Projeto Fissura vem da iniciativa de dois jovens que se conheceram na faculdade de Filosofia e decidiram gravar um curta-metragem. Daí surgiu um projeto de pesquisa com base na exibição de filmes e análise das reações do público com base nas obras do filósofo francês Gilles Deleuze.
         Como em 2019 o projeto busca maior integração com diferentes tipos de arte acompanhados de uma visão crítica, a exibição dos filmes é sempre precedida pela apresentação de grupos locais, seja de música, dança, teatro ou uma discussão literária. Na sessão de estreia deste ano, com o filme “Waking Life” (Richard Linklater), com uma exposição de poemas seguida de leitura dramática dos textos.
    A visão dos idealizadores é interessante pois gera uma opção de cinema fora dos moldes hollywoodianos. Entretanto o horário de exibição, das 15h às 19h, acaba restringindo o público participante apesar de ser aos sábados. O público também se torna reduzido pelo convite ao debate, o que acaba gerando certo estranhamento aos não iniciados na área. Apesar de que um público reduzido acabe gerando debates mais produtivos e com maior espaço para argumentação.
         Como alternativa ao cinema comercial das salas dos shopping centers, o Projeto consegue atingir um público que busca no cinema a crítica e a reflexão ao invés do simples consumo.

Serviço: 
O próximo evento será no dia 30 de março, no Cine Teatro Ópera, às 16h com exibição do filme “Febre do Rato”. Toda sessão gera certificado de participação de 3h.

Por Alexandre Douvan
 


Logo do Projeto Fissura | Foto: Divulgação

 

Artesanato de rua ganha destaque no comércio de Ponta Grossa
 

     Com peças cada vez mais frequentes no comércio de Ponta Grossa, o artesanato de rua vem ganhando espaço nos últimos cinco anos. Em meio ao fluxo de pessoas no calçadão e nas proximidades do terminal central, é possível identificar seis pontos de venda especializados na confecção de anéis de tucum, mandalas e pulseiras. O destaque, no entanto, está nos colares de pedra.
     Mesmo sem os altos custos de fábrica, a filosofia de trabalho que não visa o lucro excessivo é capaz de produzir verdadeiras obras de arte.  De material resistente, os colares possuem harmonia no entrelaçar dos fios e deixa explícito o cuidado no momento da confecção. Diferentes significados acompanham as cores das rochas, de acordo com os artesões. Os acessórios possuem relação direta com os signos do zodíaco. 
     A Pedra da Lua é a que possui maior demanda. De cor azulada, ela possui características de equilíbrio espiritual e físico. É fato que, muito além do simbolismo, apenas a beleza do artesanato é suficiente para atrair os olhares daqueles que passam pelo coração da cidade. Os jovens são os principais consumidores do artesanato de rua.
      Cada ambulante vende cerca de 20 colares por semana em média. O preço dos colares varia de 15 a 30 reais. O custo de fabricação é de aproximadamente 13 reais. O valor de produção inclui a compra do fio para confecção do cordão e das pedras, que são adquiridas em lojas de artesanato, quando não encontradas na natureza e lapidadas. Os vendedores atendem diariamente no centro de Ponta Grossa, das 14h às 18h.

Serviço: 
Anéis de Tucum: variam de 3 a 5 reais.
Mandalas: entre 15 e 30 reais.
Colares de Pedra: de 15 a 30 reais.
Horário de atendimento: 
Diariamente das 14h às 18h
Local: ao longo do calçadão e próximo ao terminal central.

 Por Allyson Santos
 


Vendedores ambulantes conquistam espaço na região central de Ponta Grossa com artesanato de Rua. A confecção de colares de pedra é o grande destaque | Foto: Allyson Santos

 

Arte de fotografar com analógica, fusão de nostalgia e técnica
       

         A exposição “Fotografia analógica”, organizada pelo grupo de extensão do curso de Jornalismo da UEPG, Foca Foto, vai ser retirada no final de Março. A mostra possui fotos feitas com câmeras analógicas. As imagens são feitas na disciplina de produção fotográfica, ministrada pelo professor Carlos de Souza, para o primeiro ano do curso de Jornalismo. Os alunos saem às ruas com as câmeras analógicas e depois revelam as fotos manualmente, valorizando a nostalgia desse tipo de fotografia e trabalho.
          As fotos estão expostas no hall bloco B, da UEPG Centro, próximo ao laboratório de telejornalismo, lugar de circulação entre os estudantes do curso. As demais pessoas que passam pelo local não percebem que ali se encontra uma exposição, até mesmo por conta do caráter do material exposto no mural. 
           A mostra conta com o trabalho de aproximadamente 40 alunos que fotografaram diversos temas pela cidade. Na exposição existe uma variedade de quadros. Algumas são retratos de moradores da cidade, ou funcionários da própria UEPG, no dia a dia. Outras imagens são detalhes de ruas, ou até mesmo de pessoas, algumas com caráter jornalístico e outras artísticas. Um detalhe que pode ser observado nas fotos é como as cores destoam, por mais que as fotos estejam em preto e branco a nuance das tonalidades em alguns momentos acaba sendo perdida.
         A exposição encontra-se desde Novembro de 2018, local habitualmente usado pelos estudantes do curso de Jornalismo. A exposição ainda permanece no local para a recepção dos calouros de 2019, devido o tempo as imagens que compõem o mosaico estão caindo, o que dificulta a visualização de quem aprecia as fotos.


Serviço:
A exposição “Fotografia analógica” encontra-se no hall do bloco B da UEPG Central desde 13 de Novembro de 2018 e vai até o final de Março de 2019.

Por Arieta Almeida

 

Exposição “Fotografia Analógica” mostra olhares da cidade através das lentes de alunos | Foto: Arieta Almeida

 

X-Tilápia é opção gastronômica diferenciada em Ponta Grossa   

         Há três anos, surgiu uma nova ideia em Ponta Grossa: o X-Tilápia. Inspirado na tradição cristã de consumir peixe ao invés de outras carnes no período da Quaresma e da Semana Santa, o estabelecimento Gonasa Lanches oferece uma opção diferenciada de sanduiche, que substitui o hambúrguer, de carne branca ou vermelha, por peixe. 
            O estabelecimento funciona há 11 anos, na Avenida Monteiro Lobato, no bairro Jardim Carvalho, em Ponta Grossa. Apesar de ter como inspiração a Quaresma, período de quarenta dias que antecede a Semana Santa, segundo a tradição cristã, o lanche não é exclusividade da época e é vendido durante todo o ano. Os donos não possuem o controle exato de vendas diárias, mas o índice de consumo é frequente e a avaliação é positiva por parte dos frequentadores locais.
            O lanche tem pão, carne de tilápia, tomate, cebola, pimentão, batata palha e duas opções de queijo, à escolha do consumidor: catupiry ou cheddar. A mescla de sabores proporciona uma degustação agradável, por um preço acessível (R$ 15,00 a unidade). O principal ingrediente dá o toque especial ao sabor: uma carne leve e saudável. O ambiente é simples e agradável. Porém, em questão de conforto, faltam mesas, pois tem apenas cadeiras e banquetas de plástico.
         O Gonasa Lanches também oferece outras opções de refeição no cardápio, mas o X-Tilápia é o diferencial. O estabelecimento funciona diariamente, no período da noite (19h à 01h), tendo nos finais de semana uma frequência maior de público, segundo os proprietários.

Serviço: 
X-Tilápia
Estabelecimento: Gonasa Lanches
Endereço: Avenida Monteiro Lobato

Por Cícero Goytacaz

Biblioteca do Campus de Uvaranas, e o teto, cai ou não cai?

         Inaugurada em agosto de 2018, biblioteca do campus de Uvaranas já registra problemas. Existe na biblioteca algumas lâmpadas queimadas, as cadeiras aconchegantes, mas com uma tarde sentado provavelmente doeria o corpo. A vantagem é que possui ar condicionado, em dias quentes de Ponta Grossa, mantém o ambiente agradável. O local tem um segurança e três mulheres que trabalham no auxilio aos frequentadores. Existe uma saída de emergência, equipada com extintores e também luminária de energia, caso o local tenha quedas de luz.
       As salas de estudo, são adequadas e isolam as conversas, que não atrapalha os demais estudantes. Comparada a Biblioteca Central, a do campus é tranquila e aconchegante, com pufes, poltronas nos corredores, bebedouros e banheiro, o que possibilita a imersão no estudo. 
      Um dos problemas são a existência de mesas da antiga biblioteca do campus no local, elas que sinalizam o maior problema da nova biblioteca, o teto, que está quase caindo, foi colocado um aviso no local: “Teto com risco de queda”. Além disso existem goteiras no local, com baldes indicando cuidado aos usuários.
      O atendimento “ Posso ajudar? ”, não tem trabalhadores porque a Universidade esta com falta de servidores, o que torna o serviço escasso. O acervo de livros é pequeno para o tamanho da biblioteca. A parte de “Novas aquisições” não possuem livros, apenas revistas, com conteúdo voltado aos cursos da saúde. Espera-se que os problemas da biblioteca não interfiram na formação dos estudantes.

Serviço:
Biblioteca Central Professor Faris Michaele, localiza- se no campus de Uvaranas da UEPG.
Horário de funcionamento: 8:00 – 22:00

  Por Gabriella de Barros 
 

Biblioteca do Campus de Uvaranas | Foto: Portal UEPG

Clube de leitura debate Shakespeare em Ponta Grossa

       O grupo, que contou com 16 participantes de faixas etárias variadas, discutiu a peça Hamlet, do dramaturgo inglês William Shakespeare. Foi comentada a imersão da obra, a representação das personagens femininas, a construção da identidade das personagens, a relação com outras obras e autores e o aspecto central da obra, a vingança de Hamlet. O diálogo destacou a relação de Hamlet com as personagens femininas presentes na peça e o caráter misógino do personagem. O encontro número 36 do clube de leitura Companhia das Letras de Ponta Grossa aconteceu no dia 23 de março, às 10h da manhã, em uma livraria no Centro da cidade. 
         Alguns dos participantes procuraram o clube para entender o livro. Uma das queixas era a dificuldade de entendimento da obra por ser um texto originalmente publicado em 1603. Os duplos significados nas palavras e expressões e as diferenças nas traduções (do inglês para o português, que pode ocasionar diferença de sentido, também causada pela data de escrita da obra) também foram observados pelos participantes como obstáculos na leitura. 
         Por ser realizado em uma livraria, o espaço não acomoda um número grande de pessoas. Além disso, o lugar não possui muitas cadeiras, algumas pessoas ficaram sentadas em poltronas, outras em cadeiras e algumas em bancos de plástico. Devido a livraria estar localizada no Centro de Ponta Grossa, o barulho do trânsito na rua atrapalha algumas falas, que ficaram em segundo plano em razão do som dos carros e ônibus. Entretanto, o clima era de descontração e de acolhida aos membros que estavam participando pela primeira vez.

Serviço:
O próximo encontro será no dia 27 de abril e debaterá o livro “Divórcio”, do escritor Ricardo Lísias. Os encontros do clube sempre acontecem aos sábados, uma vez por mês e duram cerca de duas horas. É possível acompanhar a agenda a partir da página no Facebook do clube de leitura Companhia das Letras de Ponta Grossa. 

Por Hellen Scheidt 
 

Encontro do clube de leitura Companhia das Letras de Ponta Grossa no dia 23 de março | Foto: Hellen Scheidt

UEPG produz vídeo sobre história do Colégio Agrícola

         Com duração de cerca de 6 minutos, o vídeo “Colégio Agrícola UEPG” faz parte da série audiovisual UEPG 50 ANOS que está sendo lançado na página do facebook da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Objetivando realizar um resgate histórico da instituição em comemoração ao seu aniversário de 50 anos, uma comissão formada por profissionais e pesquisadores do Museu Campos Gerais, Coordenadoria de Comunicação, reitoria e Nutead está percorrendo os setores e órgãos da UEPG para gravar depoimentos retratam o meio século de história da Universidade.
        Com o uso de um audiovisual consistente, o curta se utilizou de duas fontes principais para contar a história do Colégio Agrícola, sendo ambos ex-alunos, que hoje lá trabalham. Outro elemento utilizado para agregar o conteúdo, que não poderia faltar em um vídeo dedicado a resgatar a história da escola, foram as fotos que datam desde a fundação do colégio até os dias de hoje.
        O material possui dinamismo, o tempo curto de duração do vídeo é o ideal para as redes sociais, que costumam não ter uma boa aceitação de vídeos com longa duração. Tanto as captações de áudio quanto de imagem não deixam a desejar em aspecto de qualidade. O uso da música e de imagens panorâmicas trazem uma sensação de nostalgia aos espectadores e se encaixam com o tema abordado.
         A proposta da instituição tem êxito, assim, em abordar a história de uma parte da universidade de maneira competente, informativa e ao mesmo tempo de forma atrativa para os usuários espectadores.
 
Serviço:
Nome do vídeo: Colégio Agrícola UEPG
Disponível em:  facebook.com/uepg

Por Hygor Leonardo dos Santos
 

Fachada do Colégio Agrícola em Ponta Grossa | Foto: Hygor Leonardo 

Samba do trilho dá visibilidade a compositores locais

        Uma música experimental em Ponta Grossa, o Samba do Trilho é um projeto independente que conta com mais de três anos de história na cidade. O projeto reúne música, instrumentos e voz numa roda de samba. Além disso, conta com a participação do público e de músicos da cidade que desejam divulgar composições.
      Durante as apresentações é acesa uma vela e, enquanto a chama estiver acesa, os músicos se apresentam e, quando a vela se apaga, a apresentação encerra com aproximadamente duas horas de duração. A apresentação tem uma ordem das canções e da participação do público. Na primeira vez o compositor canta sozinho, na segunda entram as cordas, na terceira percussão e na quarta vez todos cantam. Os compositores devem levar pelo menos dez cópias das letras de músicas para distribuir ao público.
         Do dia 20 de março a apresentação foi na Biblioteca Municipal Prof. Bruno Enei em parceria com o projeto Poesia de Ponta, em homenagem ao dia mundial da poesia que ocorre em 21 de março. A edição contou com 25 pessoas e a roda de samba composta por seis músicos: duas pessoas no violão, uma na percussão, um cantor principal, um nas cordas e outra no pandeiro.
        Jovens, idosos e crianças participaram da roda cantando, tocando instrumentos e batendo palmas. As cadeiras eram confortáveis, espaço amplo e o ambiente claro. Em 2018 o projeto venceu o Edital de Cultura Periférica e rodou dez espaços da cidade.

Serviço: 
As apresentações ocorrem mensalmente, com aproximadamente duas horas de apresentação e o local fica a escolha dos organizadores.

Por Luiza Sampaio
 

Apresentação 20 de março, Biblioteca Municipal Prof. Bruno Enei | Foto: Luiza Sampaio

Grupo Asterisco discute o tempo no teatro

         A peça teatral “1+1 vezes o q?” conta a história de dois cientistas que se perdem em outra dimensão e tentam, a todo custo, voltar à sua realidade. O cenário é simples, com uma máquina do tempo ao centro. E todo o desenrolar da história se dá a partir dos próprios personagens. Um exemplo é a luz e o som, que são operados pelos atores, durante a apresentação. Como são cientistas, os bolsos das roupas são cheias de objetos eletrônicos e, dentre eles, estão os controles de luz e som. Eles buscam demonstrar a mudança do ambiente e dos sentimentos dos personagens, através das luzes nas mãos.
          A encenação é um misto de tristeza com desespero, embora o gênero seja considerado comédia. No decorrer da peça ambos reclamam da fome que sentem e da vontade de morrer, para sair daquela situação. As cenas engraçadas servem para “quebrar um pouco o gelo” da dor dos cientistas por terem se perdido no tempo e estarem vulneráveis àquela realidade. Trazer a pobreza retratada na fome, as armas como um desejo de morte e a luta pela sobrevivência tornam pesado o clima do teatro. 
            Em certos momentos, a peça conta com a participação do público, tanto que, numa das cenas finais um dos atores se infiltra no meio da plateia, como parte da dramatização. Porém, não houve interação. As pessoas deixaram para interagir após a peça, quando os atores abriram um espaço para debate. Na conversa os atores explicaram que buscam aperfeiçoar a peça através do figurino, do cenário e dos próprios personagens.

Serviço: 
O espetáculo “1+1 vezes o q?” foi organizado pelo grupo ponta grossense Asterisco Cênico. Os personagens são o Eisntein interpretado por Cassiano Caron e o Albert interpretado por John Danner. A direção da peça foi feita por eles mesmos e a apresentação durou aproximadamente 60 minutos. No dia 23/03/19 cerca de 20 pessoas compareceram ao Cine Teatro Ópera, em Ponta Grossa, quarto e último dia de espetáculo.

Por Nadine Sansana
 

      Teatro apresenta as dificuldades do passar do tempo | Foto: Divulgação

Confira o programa Crítica de Ponta na TV:

Produzido pela turma B - Jornalismo UEPG