Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 
 
 
Parque Ambiental sedia prática de meditação em PG
    O último sábado do mês de abril é reconhecido como o Dia Mundial do Tai Chi Chuan. A arte marcial chinesa é considerada uma forma de meditação em movimento. Os princípios filosóficos remetem ao Taoismo, tradição filosófica e religiosa, originária do Leste Asiático, que preza pela vida em harmonia. Há 15 anos, o grupo TaiChi ChanSiGong se reúne para a prática em Ponta Grossa.
    Os criadores da arte se basearam na observação da natureza, não só em relação aos animais, mas também nos princípios da interação entre os diversos elementos naturais. Os textos clássicos do TaiChi Chuan orientam os   seguintes princípios: vencer o movimento através da quietude (Yi Jing Zhi Dong), vencer a dureza através da suavidade (Yi Rou Ke Gang) e vencer o rápido através do lento (Yi Man Sheng Kuai).
    A ideia da atividade é fazer com que as pessoas encarem a vida de maneira saudável, fisica e mentalmente, por meio de meditação e reflexão, o que proporciona aos praticantes o conhecimento sobre a mente, o corpo, a vida cotidiana e os relacionamentos interpessoais.
    O ambiente ao ar livre proporciona um clima harmonioso para realizar a atividade. Dessa forma, as pessoas saem tranquilas e relaxadas, com as energias repostas para encarar a rotina de vida. Em média, 20 pessoas se reúnem em cada encontro, que ocorre nas manhãs de domingo, no Parque Ambiental, no centro de Ponta Grossa. Apesar do fluxo de pessoas ao redor no local, a atividade se desenvolve tranquilamente. O uso do espaço público reforça a ideia e a necessidade das pessoas utilizarem os ambientes da cidade para lazer e diversão.

Serviço:
Meditação com TaiChi ChanSiGong
Local: Parque Ambiental de Ponta Grossa

 
                                                                                                                                                                                                                                                                    Por Cícero Goytacaz

Um local com mais de 150 lanches em PG

    Sabor, preço e satisfação são algumas características de lanches no Centro de Ponta Grossa. A Faculdade do Lanche é uma lanchonete especializada em comida fast-food, contando com mais de 150 tipos de lanches, sendo 42 tipos de cachorro-quente e 130 tipos de “X”, como por exemplo, X-Salada, X-Bacon, X-Picanha. O espaço é agradável e arejado, contando com uma diversidade de mesas. O dono investiu em um espelho na parede do lado direito de quem entra para dar aparência ampla ao local.
    O cardápio está disposto nas mesas, para que o freguês sente, escolha e faça o pedido com calma. Como a lanchonete fornece 150 variedades de lanches, o freguês pode ficar em dúvida no pedido e depois de escolher aciona a campainha da mesa para chamar o garçom. O lanche demora em torno de 15 a 20 minutos e não desmonta enquanto come. 
    O X-Salada Cheddar, com cerca de 15 cm, custa R$14,50 e tem queijo, cheddar, milho, alface, tomate, maionese, catchup e 120g de hambúrguer. Os preços variam de R$11,00 a R$90,00, de acordo com o tamanho e os ingredientes. O hambúrguer é caseiro e o tempero fresco. O cheddar, ponto importante do lanche, é bem servido. O milho, no entanto, retira o sabor dos demais ingredientes. Dentre as inúmeras opções de lanches em Ponta Grossa a Faculdade do Lanche vale como opção barata e satisfatória.

Serviço:
Faculdade do lanche (Rua Cel. Dulcídio, 629 – Centro de Ponta Grossa)
Horário: de Segunda a Sábado, das 11h até 23h
                                                                                                                                                                                                                                                                           
Por Arieta de Almeida

 


X-Salada Cheddar, acompanha 120g de hambúrguer, queijo, cheddar, tomate, milho, alface, maionese e catchup Foto: Arieta de Almeida

 
Rock ao Piano reposiciona instrumento na música em PG
    Com duração aproximada de uma hora, a apresentação “Rock ao Piano”, do pianista Bruno Hrabovsky, é uma proposta de reposicionar as apresentações de piano. Comumente visto pela população como um instrumento mais voltado para exibições de música clássica erudita, o projeto consegue comunicar ao público que o piano também tem lugar no cenário do rock.
    O artista realizou outras apresentações do projeto em Ponta Grossa. Nesta edição, o pianista selecionou 12 músicas do rock nacional, com clássicos como Raul Seixas até bandas undergrounds do gênero como o grupo curitibano Ruído/mm. 
    A apresentação aconteceu na noite de 4 de abril. O evento iniciou pontualmente às 20 horas, conforme divulgação. Com ingressos no valor de R$ 40 com direito a meia entrada de R$ 20, o espetáculo contou com um público de cerca de 60 pessoas. O pianista faz pausas entre uma música e outra para interagir com o público, contando histórias dos motivos que o levaram a colocar uma determinada música na apresentação. O comportamento do musico deixa o espetáculo atrativo, com humor e conversas.
    O aparato técnico deixa a desejar. A estrutura do Centro de Cultura registra diversos problemas, como poltronas quebradas e rangendo e chão do palco com tábuas soltas. Dias antes da apresentação, o piano acústico do Centro de Cultura foi movido para outro local. Assim, o artista usou o próprio piano que, por ser elétrico, tem uma sonoridade diferente do acústico, esperado para o show.

Serviço:
Espetáculo: Rock ao Piano
Artista: Bruno Hrabovsky 
Data: 04/04/19, 20h
Local: Centro de Cultura de Ponta Grossa
Duração: 60 minutos
 
                                                                                                                                                                                                                                                         
Por Hygor Leonardo dos Santos

 
 Bruno começou a estudar piano aos seis anos de idade e sempre demonstrou afinidade pelo rock 
 Foto: Hygor Leonardo dos Santos
 
 A praça como local de encontro. Ou não!
    O trânsito e a ocupação dos espaços públicos é, em grande medida, o que caracteriza as cidades. Os parques e praças são ambiente de encontro e das mais diversas atividades, como a de um grupo de cerca de dez jovens que se reúne na Praça do Pôr do Sol, localizada na Rua Visconde de Nacar (Vila Estrela)  para beber e conversar aos finais de semana enquanto observam o astro se esconder no oeste, prática compartilhada há milênios por diversas culturas ao redor do mundo.
    Além de jovens, na praça pensada para ser também um ambiente de atividades esportivas, pessoas de diversas idades praticam corrida ou caminhada e crianças brincam no parquinho. As atividades, porém, se concentram nos fins de tarde e em outros horários o local fica praticamente deserto. O fluxo de veículos nas avenidas que separam a praça do restante da cidade é um dos motivos que leva algumas pessoas a não se deslocarem até o local.
    As bebidas alcoólicas fazem parte do lazer dos jovens e este é mais um motivo que faz com que optem por encontros na residência de amigos ou em locais comerciais pois a Lei Municipal nº 11.025 de 06/07/2012 proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos na cidade. A própria condição parque, construído em uma região de vegetação típica de áreas úmidas e próximo de um arroio desperta o medo do mosquito da Dengue, que atualmente desperta o alerta no Paraná – além do banhado que se forma próximo, as lixeiras confeccionadas de pneus reciclados também retêm água em suas dobras.
    Não se pode esquecer que a gestão dos espaços públicos pelos governantes também é fator determinante para ocupação e uso.

Serviço:   
 A praça é localizada na Rua Visconde de Nacar, Vila Estrela, em Oficinas.
  
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Por Alexandre Douvan
 

Detalhe da Praça do Pôr do Sol |Foto: Divulgação/Prefeitura de Ponta Grossa
 
Excesso de opinião e comentários marcam Central de Notícias no rádio
    O programa Central de Notícias de uma das emissoras de rádio na cidade deixa a desejar na qualidade da informação e apuração jornalística. É o primeiro programa noticioso do dia na Mundi (99.3 FM) e Central do Paraná (1460 AM), a partir das 6h30. O locutor do programa, Nilson de Oliveira, é pai do prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), e do deputado Sandro Alex (PSD), atualmente afastado da Câmara ao 
Governo do Estado. É visível durante o programa, por meio dos temas e comentários, a interferência de interesses políticos no radiojornal.
    Diariamente, os dez minutos iniciais são utilizados para informes que não possuem caráter jornalístico, como a fase da lua, aniversariantes do dia, números da sorte e outros. Em seguida, entram as manchetes dos principais jornais regionais, estaduais e de abrangência nacional, sem explicações sobre os temas. Os assuntos municipais são sempre tratados de maneira positiva, como se não houvesse problemas na cidade e a gestão não tivesse falhas.
    Em alguns momentos, mas principalmente no início do programa, são feitas orações e bênçãos aos ouvintes e aos repórteres, na segunda-feira a oração é feita por Rangel. Após a leitura das manchetes, entram algumas notícias de maneira mais completa, não apenas em títulos. As informações têm comentários dos repórteres, do locutor e do prefeito, nos dias que está presente no programa. As opiniões dos apresentadores têm maior espaço no programa do que as próprias notícias. As reportagens não possuem entrevistas com fontes nem análises de especialistas, o que faz com que, como ouvinte, surja o questionamento se o nome adequado ao programa seja realmente ‘Central de Notícias’.

Serviço:
Central de Notícias (segunda à sexta-feira, entre 6h30 e 8h30 da manhã)
Rádio Mundi FM 99.3 (mundifm.com.br e facebook.com/mundifm/)
Rádio Central do Paraná AM 1460
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Por Hellen Scheidt
“Coisa mais linda” mostra a força da mulher na década de 1950
    Coisa mais linda aborda questões de meritocracia, privilégios, machismo, feminismo e, principalmente, o protagonismo feminino de mulheres igualmente insatisfeitas com a necessidade de precisarem se conformar com o que a sociedade espera delas, em 1959. Todas tem seus próprios núcleos narrativos, com nenhum deles deixando de ser relevante para os principais tópicos discutidos pela série e por mulheres da vida real que lutam pela igualdade de gênero.
    Na produção a música é o elemento que se destaca na primeira temporada, o figurino elegante reflete o movimento pós-modernista dos anos 50. Já os elementos de arte, como discos de vinil, câmeras analógicas e máquinas descrevem os elementos que compõe a sensação de nostalgia ao espectador.
    “Coisa Mais Linda” não se apresenta como uma série que procura discutir o surgimento da bossa nova em si, ou enaltecer os aspectos culturais. Ao invés disso, a série deixa claro, desde o início, que o interesse está nas personagens características da década de 50, e nas forças ou fraquezas destas personagens em suas trajetórias para se provarem independentes.
    A série começa contando a história de Malu, mulher branca e de família rica, que resolve se mudar para o Rio de Janeiro para montar um restaurante com seu marido. Malu vê seus planos darem errado quando descobre que o esposo fugiu com outra mulher levando todo o seu dinheiro. Inspirada por suas amigas, Thereza, Lígia e Adélia ao ter contato pela primeira vez com a Bossa Nova resolve criar um bar com música ao vivo. 
Uma produção brasileira marca o mês da mulher. No dia 22 de Março a netflix lançou a série “Coisa Mais Linda”. A produção que conta com conhecidos nomes do cinema brasileiro, é um retrato social da década de 50. Com histórias de mulheres fortes, os episódios emocionam e provocam reflexão sobre o papel da mulher na sociedade.    

Serviço:
Direção: Heather Roth, Giuliano Cedroni
Elenco: Maria Casadevall, Patrícia Dejesus, Fernanda Vasconcellos
Episódios: 7/ 60 min
                                                                                                                                                                                                                                      Por Thaiz Rubik
 

Pôster da série Coisa Mais Linda, lançada no dia 22 de março na Netflix |Foto: Divulgação

Exposição de Aquarelas Urbanas retrata história local em PG
    A memória ponta-grossense ganha vida nas paredes do Conservatório Maestro Paulino. Através da pintura, a artista Lenita Stark apresenta os principais edifícios históricos da cidade em uma coleção de fachadas com o objetivo de valorizar a beleza presente no cotidiano. Chama atenção a riqueza de detalhes em cada pincelada.
    Diferente da fotografia, o traçado feito ao ar livre traz leves imperfeições, que retratam o olhar individual da artista e o ângulo em que ele estava no momento da produção. As cores vivas, opostas ao desgaste do tempo que os prédios apresentam atualmente, atraem os olhares das crianças que passam pelo conservatório e recuperam a origem das construções.
    Em meio aos 30 quadros colorindo as paredes brancas do Conservatório, também há um contraste entre épocas. Em duas obras específicas, Stark opta por retratar a fachada de casas com design modernista, o que permite uma viagem no tempo ainda maior para os que apreciam a exposição e valoriza, ainda que sutilmente, os dias atuais. Além dos edifícios, os espaços públicos também ganham destaque entre as obras.
    Nos últimos quatro anos, Lenita se dedica à técnica de pintura em aquarela. Dissolvida em água, a tinta fixa de maneira instantânea ao papel, exigindo sutileza e cuidado no momento da execução. A coloração é intensa e apresenta um aspecto transparente, o que demonstra a desenvoltura da autora na confecção artística. Casas de madeira coloniais, praças públicas, prédios tombados e residências modernas são as quatro categorias que tomam conta da exposição.


Serviço:
Os quadros estão expostos no Conservatório Maestro Paulino (Rua Frederico Wagner, 150. Bairro Olarias) Ponta Grossa/PR
A exposição é aberta à visitação de 10 de abril a 30 de maio/2019.
As obras estão disponíveis para venda (R$ 390,00 cada).

 
Por Allyson Santos
 

A exposição “Aquarelas Urbanas” resgata a memória local através da arte |Foto: Allyson Santos 
 
Autora pontagrossense lança obra em abril
    O lançamento do livro de Dione Navarro, Causos & Causinhos, foi  no auditório da PROEX UEPG, no centro da cidade. O evento marcado para 19h30min da noite iniciou às 20h.
    O auditório, com cadeiras em forma de roda, estava decorado com o tema do livro. A autora estava cumprimentando as pessoas, colegas que vieram prestigiar o lançamento. O que chamou atenção foi as apresentações musicais que tiveram no evento. Outro detalhe que também chamou atenção foi o público na faixa etária de 40 anos, embora um dos livros ser voltado para o público infantil. 
    Um dos livros é sobre as histórias do pai e do tio de Dione que eram caminhoneiros. Ela dedicou o livro a eles e seus amigos presentes que também tinham pessoas próximas que são ou foram caminhoneiros. O outro eram histórias infantis. Alguns contos foram narrados no lançamento, como uma forma de divulgar o conteúdo.
 
 
Serviço:
Livro: Causos e Causinhos
Autora: Dione Navarro
Ilustração: Allex Pietrobelli
Editora: Texto e Contexto 
                                                                                                                                                                                        Por Gabriella de Barros
 

Autora Dione Navarro no lançamento do livro Causos & Causinhos no dia 5 de abril |Foto: Gabriella de Barros
Um balanço da cultura em PG   
 Pela primeira vez, a Fundação Municipal de Cultura e o Conselho de Políticas Culturais apresentam um levantamento das atividades realizadas na cidade referente aos anos de 2017-2019. 
    Com base nos dados, apenas três segmentos concluíram o ano com representação, sendo elas: música, teatro e cinema. Ao total foram 67 apresentações/oficinas de teatro, circo e dança. 66 apresentações/oficinas de música, 15 exibições, mostras ou oficinas de foto e vídeo, 6 ações de cultura popular com um total de 12 editais públicos gestados e concluídos durante o ano. 19 ações literárias e seis ações de cultura popular que circularam pela cidade.     
    O centro da cidade é local que mais possui apresentações, apesar da população geograficamente dispersa em bairros distantes da área central. O bairro que mais teve atividades seguido do centro, foi Uvaranas, Oficinas e Olarias. Bairros que em sua localidade ainda sim, são mais próximos ao centro. A principal pergunta é: quem são essas pessoas que frequentam os eventos?  Qual é o perfil delas? Essas atividades conseguem levar a cultura para toda a população da cidade?  No levantamento feito pela fundação municipal de cultura e o conselho de políticas culturais não consta qual tipo de público frequentam os eventos culturais. 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      Por Luiza Sampaio
 

No dia 5 de abril na Conferência Municipal de Cultura foi definido os homenageados com os Prêmios Culturais de 2019 e realizada a eleição dos segmentos e dos novos representantes do CMPC para a gestão 2019-2021
Foto: Matheus Gastaldon
Produzido pela turma B - Jornalismo UEPG