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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 
 
Cine teatro Ópera, símbolo de prestígio cultural

     O Cine teatro Ópera, é um local de prestígio em Ponta Grossa. O teatro é um espaço utilizado na maioria das vezes para eventos culturais. De acordo com dados do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), quase 60% da população brasileira nunca foi a uma peça de teatro, levando em conta que elas acontecem na maioria das vezes no espaço, essa parcela nunca frequentou o local.

     O Cine Teatro Ópera, localizado no cruzamento das ruas XV de Novembro com a Augusto Ribas, no centro de Ponta Grossa, é um lugar histórico na cidade, e que é pouco visitado. A dificuldade de acesso e limites econômicos são fatores que criam barreiras para a maioria das pessoas irem ao local, pois como o espaço fica localizado no Centro da cidade, o gasto com transporte seria um primeiro empecilho para as famílias que moram em regiões mais afastadas. Um segundo empecilho, é a ideia de que o local é frequentado somente pela elite, criando um ideal socioeconômico para a visita desse lugar.

   O edifício construído em 1947 conta com uma grande estrutura. Disponibilizando um espaço para 933 espectadores, dividido entre três auditórios. O auditório principal possui 690 assentos, o auditório B possui conta com 141 lugares e o auditório C tem 98 assentos.
A fachada do teatro Ópera, o teatro foi construído com o estilo de art-deco, estilo esse que pode ser notado na paisagem da Rua XV de Novembro. Na entrada principal pode se ver uma marquise com várias luminárias, evidenciando um conceito de cinema da época.

Serviço:
Cine Teatro Ópera
Rua XV de Novembro, 468 - Centro, Ponta Grossa/PR                 
                                                                                                          
  Por Arieta Almeida


 

Crepioca Fitness é opção saudável em Ponta Grossa

  
  Leve, saborosa e nutritiva. As três características acompanham um prato ainda não muito popular nas ruas da cidade. Com uma textura macia, a massa da crepioca é feita à base de ovos ou leite e possui um nível calórico baixo, apesar de saciar a fome de quem a experimenta. O recheio do prato fica a critério do cliente, no entanto, uma receita específica chama a atenção em um novo estabelecimento que surge em Ponta Grossa.

   Localizada no bairro Orfãs, uma lanchonete especializada no comércio de tapiocas incorpora novas tendências ao cardápio. Ao investir em um prato diferente, semelhante a um crepe, a Estação da Tapioca foi inaugurada em fevereiro/2019 e possui uma variedade de sabores e combinações possíveis.

   A Crepioca Fitness é recheada com banana e morango. A presença do requeijão contribui na harmonia entre as duas frutas e é distribuído em toda a massa.O laticínio também evita que a crepioca fique seca, tornando-se quase imperceptível ao paladar.

    A aveia dá um leve toque de doçura e auxilia na harmonização externa do prato, que chama a atenção visualmente. Além das receitas típicas do nordeste brasileiro, a cozinha possui certa liberdade criativa na confecção dos pratos. A aposta em uma tendência saudável também conquista quem passa pela Rua Princesa Isabel. O estabelecimento indica preocupação com o cliente na simplicidade. Os talheres vêm embrulhados em plástico e o local é limpo, mesmo em fim do expediente. Único ponto negativo é o acesso aos banheiros, ainda distantes da lanchonete..


Serviço:
A Estação da Tapioca está localizada na Rua Princesa Isabel, 228. Bairro Órfãs, Ponta Grossa
O horário de funcionamento é de terça á sexta das 11h30 até ás 21h. Sábado o atendimento é das 10h ás 15h. E preço das tapiocas e crepiocas varia entre 10 e 15 reais. É possível adicionar recheios específicos à parte.
                                                              
                                                                                   
Por Allyson Santos

 

 
Evento garante espaço para estudantes de música em PG
 
  Música ao vivo e gratuita na Chaminé! Na 33º edição do evento ‘Música na Chaminé’ foram executadas oito músicas, as sete primeiras tocadas no violão e a última, no piano. A apresentação contou com seis músicos, entre professores e alunos do Conservatório Maestro Paulino. Marcelo Ijaille, professor do Conservatório, apresentou o evento e tocou as três primeiras canções. Em seguida, os outros músicos se apresentaram, tocando uma música cada.

  De acordo com informações da Fundação de Cultura, a proposta do evento é mostrar ao público os diferentes instrumentos ensinados na escola de música, porém, na 33ª edição apenas foram tocados violões e piano. Em edições anteriores já foram apresentados outros instrumentos, como violinos, violoncelos, instrumentos de sopro, entre outros.

   A edição de Abril ocorreu dia 26, às 19h30 e teve duração de 45 minutos. As apresentações acontecem sempre no auditório do Centro de Música. Estavam presentes cerca de 40 pessoas, desde crianças até adultos, principalmente a família e amigos dos músicos que estavam se apresentando. As cadeiras, todas de plástico, se tornavam desconfortáveis após metade da apresentação, mas as canções tocadas compensavam o desconforto nas costas, já que os músicos dominavam os instrumentos. O evento é uma oportuna sugestão para quem gosta de ouvir música ao vivo, mas não aprecia lugares com muito barulho/ruído ou aglomeração de pessoas.

   Música na Chaminé é um projeto artístico-pedagógico do Conservatório Maestro Paulino e é promovido pela Prefeitura de Ponta Grossa em conjunto com a Fundação de Cultura, reunindo professores e estudantes para uma hora de música erudita e popular. O evento registra a 40ª edição em Dezembro de 2019.
 
Serviço:
Evento: Música na Chaminé
Coordenação: Prof. Marcelo Ijaille
Data: 26/04/2019
Local: Centro de Música (R. Frederico Vagner, 150 - Olarias), ao lado da Biblioteca Municipal
Duração: cerca de 60 minutos
Entrada franca

                                                                                       
Por Hellen Scheidt
Sábado de Aleluia é dia de malhar Judas
 
   Sábado de Aleluia é um dia importante para a igreja católica, para aguardar o retorno de Jesus Cristo, que ressuscita no Domingo de Páscoa. Mas também é o dia de malhar o Judas, a tradição celebrada em todo país, foi trazida pelos espanhóis e portugueses para toda a América Latina. Com o passar dos anos, o costume continua vivo na periferia de Ponta Grossa.
 
    Mais especificamente no Bairro Jardim Pontagrossense em Uvaranas, as crianças que participam do grupo de jovens na Igreja Maria nossa Mãe, mantém viva a tradição de surrar um boneco do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos ou jornal, pelas ruas e atear fogo nele.

    Na malhação do Judas as pessoas às vezes representam nos bonecos técnicos de futebol, políticos, ou até mesmo figuras públicas que não são muito aceitas pelo povo. Judas Iscariotes integrava o grupo de apóstolos de Jesus Cristo e foi o responsável por entrega-lo aos soldados, que o levaram para ser crucificado.

   A Páscoa, por si só, vai buscar muitos costumes, talvez a maioria das suas tradições,como a produção e compra de ovos de chocolate, ou na visão menos capitalista, a ressurreição de Cristo é no fundo uma conformidade cristã. Pensando dessa forma, a Queima do Judas é uma festa “pagã” adaptada, como muitas outras já criadas pela ordem cristã. Mas fica um breve questionamento se outras religiões menos “aceitas” teriam a mesma liberdade para expressar sua fé, tanto quanto aqueles que celebram o sábado de aleluia.

  Outro ponto é que acreditamos que esta era uma forma católica de reproduzir um episódio evangélico, mas isso não faz sentido porque esse episódio não aconteceu, já que a prática simboliza a morte de Judas Iscariote, mas o verdadeiro Judas não foi queimado.



                                                                                              
Por Thaiz Rubik

Machado de Assis no Teatro em PG

  Com um espetáculo de duração de cerca de 40 minutos, a apresentação “Desencantos” do grupo de teatro Letras Cênicas, obra de Machado de Assis ocupou a Vila Hilda, na última semana de Abril, em Ponta Grossa. A peça busca, em cada ato, transportar o público para o Rio de Janeiro do século XIX. Auxiliado pela estrutura antiga e eclética da Mansão Vila Hilda, onde ocorreu a apresentação, e um toca discos repleto vinis instrumentais, o teatro é uma mistura de paixões e ciúmes intercalado por diálogos cotidianos da época, o que traz ao espetáculo emoção e descontração.

  A apresentação aconteceu na noite de 25 de abril. O evento iniciou às 20 horas, conforme divulgação. Devido a alta procura, foi realizada uma segunda sessão às 21 horas, com ingressos no valor de R$ 30 com direito a meia entrada de R$ 15. Para manter o aspecto intimista, o público do espetáculo se limita em cerca de 20 pessoas por sessão, que se acomodam nos puffs e poltronas em volta dos atores.

  Com texto de Machado de Assis, a peça conta a história de Dona Clara. A adaptação e direção do espetáculo é do diretor do grupo, Carlos Alexandre de Andrade, que também está no elenco, ao lado de Bya Paixão e Jocemar Chagas. A adaptação homenageia um dos escritores clássicos da literatura brasileira, em agradecimento oa sucesso de ‘Amores de Machado de Assis’, outro espetáculo premiado do grupo.

  A peça surpreende e supera expectativas. Embora a curta duração deixe uma vontade de saber mais sobre a história, o espetáculo revela uma riqueza de detalhes. Todas as marcações foram adaptadas dos palcos para garantir o uso criativo do espaço da mansão Vila Hilda, um dos prédios reconhecidos pelo patrimônio cultural de Ponta Grossa.

Serviço:
Espetáculo (teatral): Desencantos
Direção: Carlos Alexandre de Andrade
Grupo: Letras Cênicas
Data: 25/04/19, 20h
Local: Mansão Vila Hilda, Centro de Ponta Grossa.
Duração: 40 minutos

                                                                              
Por Hygor Leonardo dos Santos


Memória da crítica
    
  A reabertura do Museu Campos Gerais (MCG) é uma oportunidade de entrar em contato com diferentes formas de conhecimento.
    
  Uma das exposições atuais é “Intelectualidades – A trajetória de Wilson Martins”, onde se encontra parte da biblioteca e do escritório do estudioso que faleceu em 2010. Além do acervo cedido pelo Reitor da UEPG Miguel Sanches Neto, há também sua coleção de prêmios e condecorações. Entre eles, dois prêmios Jabuti recebidos pelos livros História da Inteligência Brasileira e a Comenda concedida em 2000 são ítens marcantes da exposição.
  
   Reconhecido pelos pares como um dos maiores críticos literários do Brasil, o acervo de Martins revela parte do método de análise literária. A partir de um quadro de leitura, destaca-se uma ordem de avaliação gramatical, artística e temporal. Martins datilografava as anotações de cada livro e armazenava em um fichário para consulta posterior. Organizava os livros cronologicamente, por país de origem e idioma. Assim como os óculos, o fichário e a máquina de escrever, a organização da estante de livros também é de Martins.
    
  Com críticas ao culturalismo e ao relativismo – dizia que isso nivela a arte “por baixo” – Wilson Martins defendia que as obras literárias devem ser analisadas a partir do valor artístico. E entre os nomes da literatura brasileira com quem mantinha amizade está Carlos Drummond de Andrade, poeta com quem figura em uma das fotos presentes na exposição. Os guias do MCG atendem o visitante de forma atenciosa e didática. Entretanto não sabem dizem quantas obras compõe a biblioteca. Os exemplares dos livros sobre a mesa não pertenceram ao crítico, nem mesmo a moldura em que se encontram. Quem procura uma experiência não guiada exige-se conhecimento prévio, uma vez que não há qualquer texto de orientação disponível.

    
Serviço:
A exposição é permanente no Museu Campos Gerais, localizado na Rua Engenheiro Schamber, 686, Centro. O horário de funcionamento é das 8h às 17h15.

                                                                    
                                                                                         Por Alexandre Douvan



 
 
Trocar de sexo é mais do que uma mudança corporal, é uma mudança de vida
 
  Baseado em fatos reais, o filme Girl, lançado em março/19 na Netflix, conta a história de Lara,uma bailarina transexual de 16 anos, que mora com o pai e o irmão mais novo, retratando as dificuldades físicas para se adaptar nas aulas de ballet e emocionais no relacionamento com outras pessoas.

  Lara é uma menina reservada que dizia estar tudo bem mesmo quando o rosto mostra o contrário. Um dos motivos é por precisar tomar remédios para aumentar a produção de hormônios femininos, o que a deixa feliz pela mudança de gênero, mas ainda é estressante e emocionalmente desgastante.

  Girl mostra que, apesar de Lara ter apoio do pai na escolha, as colegas de ballet têm atitudes que a deixam constrangida e desconfortável em determinadas situações. Invadem a sua privacidade e não respeitam o fato de não querer mostrar o seu corpo, forçando-a a fazer algo que não se sente à vontade. A transexualidade retratada no filme ressalta que as pessoas não se sentem confortáveis em ser elas mesmas, assim como Lara que coloca fitas adesivas apertadas em sua região íntima junto de vários calções, bem justos ao corpo, com o intuito de se parecer mais com uma menina.

  Girl é um filme que pratica uma visão diferente sobre a mudança de gênero e passa emoção, problemas e dificuldades que a personagem enfrentava simplesmente com a expressão no rosto do ator.
Assim como no filme,o 6°Colóquio Mulheres e Sociedade, realizado no fim de abril/19 discutiu questões de gênero.

Serviço:
Filme: Girl
Duração: 1h 45min
Elenco: Victor Polster, AriehWorthalter e Oliver Bodart
Direção:LukasDhont
Plataforma: Netflix, 2019


                                                                                             Por Natália Barbosa


 

Escrita feminina evidenciada em “A literatura de autoria feminina em suas interdi(c)ções”

  “A Literatura de Autoria Feminina em suas Interdi(c)ções” fala sobre o espaço da mulher na literatura e os impactos no pensamento moderno. A obra é organizada pelas professoras Marly Catarina Soares e Luísa Cristina dosSantos Fontes.

  O livro tem duas partes e os capítulos são escritos por várias pesquisadoras brasileiras, cada uma com um estilo de escrita sobre o mesmo tema: a autoria feminina na literatura com as características contemporâneas do gênero. Em cada capítulo, as pesquisadoras trabalham em uma obra de outra escritora.

  O livro possui 174 páginas. A primeira parte, ‘escritas de si e outros gêneros’, tem seis capítulos, enquanto a segunda parte – ‘diáspora e (des)locamentos’ – conta com quatro. O prefácio é escrito por Luciana Borges e os capítulos foram produzidos, em ordem, por Luísa Cristina dos Santos Fontes, Larissa de Cássia Antunes Ribeiro, Denise Borille de Abreu, Tatiane Prochner, Suely Leite, Maristela Scremin Valério, Fabiana Rodrigues Carrijo, Ana Carolina PessagnaCavagnoli, Luana Ruths Vieira, com Marly Catarina Soares, e Danielle de Luna e Silva.

  A discussão do tema é fundamental, pois evidencia a luta histórica das mulheres em busca de seu espaço, não só na literatura, mas também nas diversas áreas do mercado profissional. A forma de escrita feminina enaltece a expressão do gênero, assim como o papel da mulher na literatura. Para Luísa Cristina dos Santos Fontes, o conhecimento do tema também é importante para que os homens possam se espelhar na escrita feminina como um modelo a seguir.

Serviço:
Titulo: A literatura feminina em suas interdi(c)ções
Autoras: Marly Catarina Soares e Luísa Cristina dos Santos Fontes
Cidade: Ponta Grossa
Editora: Estúdio Texto
Ano: 2015
Número de páginas: 175

                                                                              Por Cícero Goytacaz


Produzido pela Turma B - Jornalismo UEPG