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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 
 
Muito mais do que (apenas) jogos universitários
    
     Os jogos universitários surgiram em meados do século XIX na tentativa de integrar os estudantes com os esportes. De acordo com dados do Centro de Estudos e Memória da Juventude, com apoio do Ministério do Esporte, o primeiro ano em que ocorreram as competições foi em 1916, apenas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Somente em 1935, a primeira Olimpíada Universitária Brasileira reuniu jovens de diversos estados do país na competição, pois houve a oficialização das atléticas e federações.
    Em Ponta Grossa, cursos como Direito, Engenharia, Educação Física e Jornalismo participam, no final de junho, de competições pelas associações atléticas em diferentes cidades do Paraná. A ideia é a interação entre alunos de diferentes universidades, mas que trabalharão na mesma área no mercado de trabalho.
  Cascavel é a sede dos Jogos Jurídicos Paranaense em 2019. Apucarana sedia o Torneio Universitário de Comunicação e Artes. Umuarama recebe o “engenharíadas paranaense” e Irati hospeda os Jogos de Educação Física do Sul. A escolha da cidade é feita por sorteio e as disputas com base em um chaveamento, a partir dos resultados do ano anterior.
   O alto custo do pacote, que inclui transporte, alojamento e, em alguns, kits e festas impossibilita estudantes a viajarem com suas atléticas. Mesmo em cidades próximas, os jogos não são acessíveis a todos os grupos sociais que fazem parte da universidade. Os valores variam de R$200,00 a R$800,00. Cerca de 1000 estudantes entre a UEPG e UTFPR devem participar dos jogos no período de 20 a 23 de junho.
    O que chama atenção nos jogos é a fusão de culturas e a regionalidade presentes nos jogos, o que permite ao estudante conhecer pessoas diferentes e uma nova cidade no Paraná a cada edição anual.
    Há uma importância nos jogos, já que, há um sentimento de coletividade, existindo a união de um grupo em prol da competição. Além disso, a prática esportiva no período da faculdade, integrando cursos das mais diversas áreas da formação profissional.


SERVIÇO
Torneio Universitário de Comunicação e Artes (TUCA) - Apucarana
Engenharíadas Paranaense (EP) - Umuarama
Jogos Jurídicos Paranaense (JJPR) - Cascavel
Jogos de Educação Física do Sul (JEFS) - Irati

 
Ane Rebelato
 
 

                  A gourmetização da sopa e a mudança de um prato popular
 

      O dia 21 de junho marca o início do inverno no hemisfério Sul. Na estação mais fria do ano, a sopa toma conta do cardápio dos brasileiros e, com mais expressão, ao Sul do País. Conhecida como a comida mais antiga e tradicional da alimentação humana, até a Idade Média a sopa era feita com água quente, vegetais ou ervas e carne cozida. Ao longo dos séculos, ela foi sendo sofisticada com temperos fortes, caldos, massas e carnes. ‘Gourmetizadas’, hoje as sopas são vendidas por quilo na maioria dos restaurantes e cafés em Ponta Grossa.
      Um dos locais mais conhecidos do ramo no inverno ponta-grossense é o Supermercado Vitor, no bairro Sabará. Na praça de alimentação, no piso superior do mercado, o buffet inclui dezenas de tipos de sopa, com cardápio variado ao longo da semana: canja com frango, sopa de feijão, sopa de legumes, sopa eslava, creme de abóbora, sopa de capeletti e assim por diante.
     O quilo da sopa no Supermercado Vitor custa 31,90 e duas conchas saem em média 8 reais. O buffet oferece uma variedade de acompanhamentos - torradas, tortilhas, pães, queijo, bacon, couve - e, além de refrigerantes e água, tem em torno de 15 garrafas de vinho à disposição do cliente ao custo de 9 reais a taça.
     Os pratos ofertam sabores variados. A maioria tem boa textura e tempero na medida certa, mas percebe-se a dificuldade para manter os pratos quentes. Para evitar o problema, a  gerência do restaurante disponibiliza um microondas, ao lado da mesa do buffet, como alternativa. A sopa de feijão difere das demais na homogeneidade pela quantidade de elementos utilizados na receita, o que acaba confundindo o paladar.
     O que chama atenção no serviço é o valor cobrado pelo prato. Além do Supermercado Vitor, outros estabelecimentos trabalham com sopa e o valor segue a mesma faixa - mesmo se tratando de um prato popular, feito à base d'água. No Café Ferrara, no centro de Ponta Grossa, por exemplo, a sopa tem o valor único de 26,90 pela variedade ofertada. No Café Colonial do Hotel Planalto, o valor por quilo é de 49,90. Já o Soup Truck, um trailer de sopas, localizado no Centro de PG, vende por litro cumbucas de sopa de 480 ml a 12 reais.
 
Serviço:
Sopa por quilo (kg) em PG
Valor do buffet por pessoa: de R$ 26,90 a 49,90

Raylane Martins

 

Uma marca que é sinônimo de estilo há um século
 
     Há exatos 111 anos a marca All Star existe e é uma (quase) unanimidade no mundo da moda. A marca foi criada em 1908 e, desde então, acumula histórias que passeiam por vários temas, do esporte à música.  Tudo começou em Maldens, Massachussetts nos Estados Unidos, quando o empresário Marquis Mills Converse inaugurou a Converse Rubber Show Company. Em menos de dois anos, a empresa já produzia cerca de 4 mil pares de sapato por dia.
     Mas, foi em 1917 que a companhia desenvolveu a linha de calçados de lona e solado de borracha com o design mais parecido do que se ve hoje. Os tênis ganharam ares ainda mais cool quando o jogador de basquete Charles “Chuck” Taylor se juntou à empresa e sugeriu algumas mudanças, como fissuras no solado, para diminuir a derrapagem nas quadras. Foi ele, aliás, que disseminou a marca pelos EUA. Enquanto jogava, ele convencia colegas e técnicos a usar o All Star preto de cano alto, um dos ícones da marca e até hoje conhecido como “Chuck Taylor”. A tradição de jogadores usando o tipo de calçado foi até a década de 1970, quando foi vencida pela tecnologia dos amortecedores.
     Os All Stars conquistaram, em diversas épocas, jovens e adultos, universitários, profissionais liberais e celebridades. No Brasil, a marca chegou em 1980 e, desde então, também ganharam as ruas nas mais diversas cores. Em 2017 eram 1,2 mil modelos vendidos no país e atualmente a marca pode ser encontrada em 160 países do mundo.
     Apesar de ser um tênis centenário a versão mais clássica da marca não é confortável e pode causar desconforto em quem usa o sapato por horas seguidas. O solado é fino, o que proporciona apenas um pequeno espaço entre o pé e o chão de fato, não contam com amortecedores para tornar o calçado mais confortável. Quando novo, muitas vezes causa bolhas, aperta os dedos e o peito do pé.        Em contrapartida, o tênis tem a fama de durar por muito tempo e por ser funcional.
O preço do calçado varia de 80 até 400 reais, dependendo do modelo, e já se transformou em coringa de qualquer guarda-roupa, seja o usuário seguidor ou não de alguma tendência da moda. Os modelos mais vendidos em todo o mundo são os de cano baixo preto, branco e vermelho.

Serviço:
Um tênis all star custa entre 80 e 400,00 e tem desde tamanho infantil até o adulto
Milena  Oliveira
 
“Não adianta vir com tinta, para mim é chocolate”

    Do chocolate, ele transforma em tinta o material para usar em seus quadros. É assim que o artista plástico e jornalista Sebastião Natalio constrói as obras. A matéria-prima vem do próprio doce que o pintor utiliza para desenhar as obras. Chamativos pela sua coloração marrom, os 15 quadros apresentam diversos esboços, retratos e releituras. Uma das releituras é o quadro, “O homem com a orelha cortada de (Van Gogh)”. Já outro quadro é um retrato de Tim Maia, cantor que inspirou o título da exposição, Eu só quero chocolate com a música chocolate.
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    Embora a técnica do pintor seja inusitada, o resultado das obras é promissor, dando uma característica única as telas. Cada moldura traz uma figura diferente, embora o tom da cor seja sempre o mesmo: as imagens são criativas, mostrando técnica e precisão. Outro aspecto é o local onde os trabalhos estão expostos. O hall de entrada do hotel Vila Velha Premium o ambiente é aconchegante, mas a iluminação deixa a desejar. Por conta das molduras serem feitas de madeira e vidro, a luz dos lustres no ambiente fica refletindo sobre o vidro dos quadros, o que impede a visualização, de todos os ângulos das telas. No local há luminárias em frente de cada obra, mas estavam apagadas. Outro aspecto negativo é a falta de explicação da técnica do artista ao usar chocolate. Por se tratar de um material inusitado para a pintura, faltou a explicação dos procedimentos de criação das obras. 
    Contudo, é uma exposição incomum e ver de perto a criação dos quadros ajuda a entender o processo que levou o artista a pintar, misturando chocolate com referências da música brasileira, símbolos da cidade de Ponta Grossa e obras de artistas renomados pelo público.

Serviço:
Exposição: Eu só quero chocolate
Pintor: Sebastião Natalio
Local: Premium Vila Velha Hotel – Salão Itacueretaba
Abertura: 4 de Junho e vai até o dia 28 do mês
Preço dos quadros: R$ 170,00

 
Rafael Santos
 
Livro remonta vidas apagadas dos papéis por conta da Klabin
 
    O livro "Para Além do Papel - O Jornal O Tibagi e a construção do discurso fundador de Telêmaco Borba", resultado da pesquisa de mestrado em Ciências Sociais Aplicadas pela UEPG de Ana Flávia Braun Vieira, foi lançado em Ponta Grossa em 30 de maio. 
O livro mostra, através de fontes literárias e jornalísticas, o sentido por trás da afirmativa de que Telêmaco Borba é a cidade da Klabin. A partir de evidências, a autora apresenta uma realidade que nem mesmo os moradores da cidade conhecem: as vidas que existiam ali antes da Klabin chegar na cidade, algumas das quais foram apagadas da história. 
    A autora exemplifica com imagens como a apresentação das notícias no jornal O Tibagi favoreceu o discurso que está nos papéis de que a Klabin é a principal fundadora da cidade e que se o periódico trouxesse as notícias de outra maneira, talvez a história de Telêmaco fosse outra. 
No quarto capítulo do livro, Ana Flávia faz uma crítica à seleção de notícias dos jornalistas e à linha editorial da imprensa, que favorece o discurso dominante.
    A obra é ilustrada com fotos da cidade e das manchetes do jornal, o que facilita a leitura e prende a atenção do leitor. É uma leitura rápida, de 224 páginas, mas que apresenta uma história importante para quem vive na cidade ou para quem quer conhecê -la. No entanto, a autora poderia ter, também, como fontes pessoas que ao decorrer dos anos participaram da história para entender melhor como as notícias repercutiram no município.
   Espera-se que, pelo menos, quem curte leitura e quer conhecer histórias e vidas que foram apagadas contemple a obra.
  Para adquirir um exemplar basta escrever para Ana Flávia em qualquer rede social e combinar a forma de entrega. Em Telêmaco Borba, o lançamento acontece em julho.

Serviço: 
Livro "Para Além do Papel- O Jornal O Tibagi e a construção do discurso fundador de Telêmaco Borba - PR"
Autora: Ana Flávia Braun Vieira 
Ponta Grossa, Texto e Contexto Editora, 2019.
224 páginas.
40 reais.
Bruna Kosmenko
Editoria “Insana” do portal aRede pode desgastar credibilidade jornalística do site
 
      O portal aRede é um dos principais sites de notícias dos Campos Gerais. De acordo com dados disponibilizados pelo próprio site, figura entre os cinco mais acessados do Paraná e está na liderança do segmento em Ponta Grossa.
     Segundo descrição da empresa, o sucesso se deve ao modo como são veiculados os produtos jornalísticos, “como a prioridade à notícia rápida, com vídeo, 24 horas por dia, sete dias por semana” e a interação com as redes sociais.
       Na página inicial, o site conta com 17 editorias, para separar as matérias jornalísticas em temas ou colunas assinadas. Assuntos relacionados aos Campos Gerais, cotidiano, agronegócio e esporte têm destaque nas produções.
       Mas uma editoria chama a atenção do leitor.  A “Insana” (https://d.arede.info/insana) traz produções sensacionalistas e curiosas que aparentam misturar jornalismo com entretenimento. Por vezes, a editoria posta informação imprecisa, talvez para despertar curiosidade e fazer com que o leitor clique para ver mais.
   Alguns princípios jornalísticos podem ser questionados, como a proximidade dos acontecimentos. Muitas manchetes são de fatos que aconteceram em outros países. Publicada no final de maio/2019, a manchete “Macaco mata homem de 60 anos e fere outras nove pessoas na Índia” parece sensacionalista e indica pouco interesse público no texto veiculado.
   Normalmente, as matérias da editoria não são assinadas por repórteres. E, depois de compartilhada nas redes sociais, tende a gerar discussão entre os seguidores do portal. Em tempos de conteúdos feitos com a única intenção de gerar receita, o site aRede poderia tomar cuidado ao publicar produtos não jornalísticos sob o risco de ser associado a uma estratégia frequente em redes sociais que envolve “caça-clique”.

Serviço: 
Site: Portal aRede
Endereço eletrônico: https://d.arede.info/
Cidade: Ponta Grossa (PR)
 Thailan de Pauli Jaros
“Em briga de marido e mulher, se mete a colher sim”
 
     O monólogo “O que Eu Deveria Ser Se Não Fosse Quem Eu Sou” é um espetáculo que retrata a história de uma mulher que sofreu violência física e psicológica num relacionamento abusivo durante 15 anos. A peça expõe os vários estágios que um relacionamento tóxico provoca na rotina de uma mulher, desde a pressão familiar até a perda de confiança em si mesma devido à violência simbólica que o companheiro dela demonstrava através de atitudes e palavras.
     No centro do palco, o único e principal elemento do cenário da peça é uma “teia de cordas”, que carrega vários significados no decorrer da apresentação: uma hora é o abrigo da mulher e em outro é a própria casa da personagem, que se torna uma prisão. O figurino da personagem é simples e de cores neutras.
     O desfecho da peça é marcado pela decisão da personagem em continuar correndo com a vizinha escondida do marido, até que ela redescobre a paixão por um esporte e por si mesma, recuperando a autoestima para enfrentar a situação que vivenciava rotineiramente em casa.
     O espetáculo O Que Eu Deveria Ser Se Não Fosse Quem Eu Sou é escrito, dirigido e encenado por Michella França, com produção do Grupo Dia de Arte, de Ponta Grossa. A peça foi apresentada no Centro de Cultura durante a última Quarta Cultural, dia 12, e será interpretada novamente na próxima quarta, dia 19.

Ficha Técnica:
Elenco: Michella França
Direção: Michella França
Assistente de Direção: David Dias
Preparação Corporal: David Dias
Arte Visual: Fernando Durant
Fotos: Jonas Boita
Produção: Grupo Dia de Arte
Cenário: Ester Okito
Figurino: Sandra Berger
Maquiagem: Jonas Boita
Iluminação: Carlos Phantasma

Serviço:
A próxima apresentação, no dia 19, será realizada também às 20 horas, no Centro de Cultura, e os ingressos irão custar 10 reais (inteira) e 5 reais (meia).
Gustavo Camargo

 
Bonita não só o nome da banda
 
            O show de comemoração aos dez anos da Banda mais bonita da cidade aconteceu no último dia 07 de junho no Cine Teatro Ópera, em Ponta Grossa. O grupo é famoso pela música Oração, lançada em 2011 e que foi reproduzida em múltiplos formatos desde então, atraindo até versões eletrônicas.
            Para um espaço, entretanto, em que há 690 lugares disponíveis, a casa recebeu cerca 450 pessoas e, por isso, o volume do som no lugar não foi proporcional, pois passava o limite confortável e deixava a vocalista um pouco abafada. Mesmo sendo o centro de quase todas as bandas, a vocalista aqui não foi o que chamou mais atenção. O pianista, sem dúvidas, foi o destaque, demonstrando domínio e parecendo estar à vontade, ele deixou o show ainda mais especial e colorido.
            As letras das músicas voltadas ao estilo MPB, quando aliadas ao conjunto de todos os instrumentos, alcançavam sons que lembravam muito um rock de bandas como o Pink Floyd, por exemplo. O público, de maioria jovens estudantes, conseguia se conectar com aquela sensação de liberdade vinda da música e que pairava sobre o teatro Ópera, onde aconteceu o show. 
 Luzes azuis, gelo seco e um público aguardando ansioso.  Assim começou o show da banda mais bonita da Cidade. A parte instrumental combinava efeitos para criar uma ambiência que transmitisse o perfil do grupo. O piano foi o primeiro a despertar o interesse da plateia. Em seguida, o baixo agregou um som mais forte. E, por mais que a bateria e a guitarra sejam instrumentos com tons mais agressivos, foram eles que completaram a leveza que a banda pretendia passar.

Serviço:
Canal no youtube da banda: 
https://www.youtube.com/channel/UC_2HcZlKwx7O6QYf6PT6KKA
 
Francielle Ampolini
     Seriado sobre drag queens apostou na diversidade, mas e a representatividade?
 
   A décima primeira temporada de RuPaul’s Drag Race teve o último episódio divulgado no mês de junho, que antecede a comemoração do orgulho LGBTQ+. Intitulado “Grand Finale”, a série apostou em coroar uma Drag Queen que tende a fugir dos padrões de estética, beleza e personalidade das vencedoras de outras temporadas. RuPaul’s Drag Race é um seriado transmitido pelo canal fechado VH1 e em 2019 completou 10 anos desde a estreia. O programa é uma competição entre as drags queens e procura o carisma, singularidade, coragem e talento (carisma, uniqueness, nerve and talent) para suceder ao título de "America's Next Drag Superstar".
     Ao decorrer de 11 temporadas, criou-se um padrão normativo de estética que só drags brancas, magras, bonitas e impecáveis conseguem chegar ao topo da competição. Na atual temporada, as representações de corpos e nacionalidades são as mais diversificadas. Drag Race discutiu xenofobia, representada por uma drag mulçumana e problematiza a abertura para diversidade no Vietnã, tendo como personagem a drag queen Plastique Tiara, que morou no país e desconhecia a cultura pop até chegar aos Estados Unidos. Foram três drags queens autodeclaradas negras na final, algo inédito na história do programa.
     Em Ponta Grossa, a cultura drag é pouco explorada. Falta incentivo para quem quer trabalhar com a arte, poucas casas noturnas atendem o tipo de show. A Cavan e o Deck são casas noturnas da cidade e têm reconhecido o trabalho das drag queens na vida noturna, dando espaço para apresentações (
) e entrada grátis em eventos. 
     Em conversa com algumas drag queens de Ponta Grossa, a maioria começou a se montar por influência do seriado RuPaul’s Drag Race. Embora o seriado tenha apostado em coroar um drag queen que foge dos padrões, fica a dúvida se os produtores realmente queriam uma maior representatividade da comunidade drag ou foi apenas para atender as expectativas do público, já que há muito tempo os seguidores de Drag Race vêm criticando a falta de representações no elenco. Mesmo com controvérsias, o reality abriu portas e influenciou a comunidade LGBTQ+ que se identificam com a cultura drag, dando oportunidades no reconhecimento e abertura de plataformas para a divulgação da arte. 

Serviço:
Site: http://www.vh1.com/shows/rupauls-drag-race 
Matheus Rolim
Produzido pela Turma A - Jornalismo UEPG