Livros reportagem apuram histórias e narrativas da sociedade
Por Thaiz Rubik
Mesmo com a rotina corrida de um repórter em apurar, entrevistar, escrever, revisar, filmar, tirar fotos e publicar, alguns jornalistas ainda apostam nos livros reportagens. Neste gênero literário o autor narra uma detalhada e extensa reportagem que não seria suportada pelas mídias convencionais do jornalismo, como em jornais ou revistas.
Um livro reportagem tem uma linguagem mais literária e ajuda a aprofundar histórias e narrativas que ocorrem na sociedade. O jornalismo e a literatura sempre caminharam juntos, por conta disso, alguns repórteres resolvem trocar a atribulada rotina das redações pelo silencioso ofício da escrita.
Esses livros descrevem acontecimentos, tragédias, marcos históricos, sob a ótica do jornalismo investigativo. Para isso são usadas técnicas jornalísticas, como entrevistas, imagens, visitas aos locais e uma descrição bem detalhista sobre o assunto tratado.
Alguns livro reportagens recebem grande destaque nacional e internacional, um exemplo disso, é o livro Os Sertões que é uma grande reportagem sobre a Guerra de Canudos que foi um combate entre o exército brasileiro e um movimento popular liderado por Antônio Conselheiro, na cidade de Canudos, na Bahia contada pelo jornalista Euclides da Cunha.
Grandes autores internacionais se destacam com grandes livros reportagens como John Hersey no livro Hiroshima. Estamos acostumados a pensar nos bombardeios nucleares da Segunda Guerra Mundial, pela ótica dos Estados Unidos. Mas o autor tem um olhar mais sensível ao mostrar histórias das vítimas deste ataque, o livro mostra a ótica daqueles que sobreviveram e tiveram que seguir a vida após a tragédia.
Ficou curioso para conhecer mais livros reportagens? A coleção Jornalismo Literário, da Companhia das Letras, é excelente para os amantes desse gênero. Os livros podem ser lidos por jornalistas, por estudantes de jornalismo e, claro, por leitores comuns. Nesta coleção, é possível ler livros reportagens clássicos e mais atuais.
SERVIÇO:
Saraiva:
https://www.saraiva.com.br/listas/livros/grandes-reportagens?utmi_cp=129448&utm_source=google&utm_medium=cpc&gclid=EAIaIQobChMIy7nTgMTs5AIVQQ-RCh3cPwX9EAMYAiAAEgLSufD_BwE
Estante virtual:
https://www.estantevirtual.com.br/conteudo/dia-do-jornalista?gclid=EAIaIQobChMIy7nTgMTs5AIVQQ-RCh3cPwX9EAMYAyAAEgKDpPD_BwE
Companhia das letras: https://www.companhiadasletras.com.br/titulos.php?busca=jornalismo
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Livros reportagem apuram histórias e narrativas da sociedade
Por Alexandre Douvan
Cosplay está na moda! Não falo apenas dos tradicionais, de personagens nipônicos e artistas. A pegada da vez é político imitar político – se é que podemos chamar assim. Entre as inúmeras coisas que a internet nos proporciona, está o debate político e a chance de contato direto com candidatos e representantes dos Poderes. A transmissão de vídeo ao vivo nas redes sociais é cada vez mais utilizadas por políticos, que fazem uma espécie de vlog para o público. Entretanto, a audiência acaba concentrada em canais com discursos desconexos e com referências duvidosas, muitos deles pegando a onda do atual presidente.
Deputados e políticos sem mandato do Paraná não escapam. Se não soubéssemos de suas relações com o Legislativo, facilmente seriam confundidos com comediantes à lá José Vasconcelos ou Marcelo Adnet. A replicação de discursos de ódio e teorias da conspiração em escala regional é complemento dos discursos populistas que já faziam – mas agora com abrangência muito maior e a um clic de silenciar opositores, pelo menos na rede.
Não bastasse a plataforma e a baixa definição dos vídeos, copiam também a cômica estrutura do vlog presidencial e seu bordão que desafia a lógica. Não é preciso acessar a DeepWeb para se surpreender com hilariantes cenas que vão de simples campanha populista até a curiosa campanha em prol de armar a população para combater as mortes por armas de fogo, basta acessar o perfil do político mais próximo de você.
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Quero Ouro: os bastidores de quem vive do Rap Por Allyson Santos
“Fazer alguns ‘caso’ é a meta”. De rima em rima, rappers de Ponta Grossa conseguem retratar o atual cenário daqueles que sonham em viver da música. O videoclipe da canção “Quero Ouro”, que ganha vida através das vozes de Perdidão, Apologia Sul e Adriano CDG, resgata a essência da “quebrada” e mostra que existe rap de qualidade no interior do Paraná.
Os primeiros segundos da música simulam uma a fala de uma mãe, que conversa com o filho por telefone. “Quero que você suba na vida. É o sonho que você tem. Espero que possa me ajudar um dia, viu?”. A frase é precisa ao expor a realidade de muitos jovens que saem de casa para se arriscar nas batalhas de rap das grandes cidades em busca de uma oportunidade. É um dos pontos fortes da música, que logo no início demonstra uma carga emocional realista. A essência de um rap bem construído.
Gravada em estúdio, o produto apresenta um contraste entre a melodia suave e a batida intensa. A mistura de estilos conduz velocidade das rimas e favorece a construção da narrativa. Em meio aos efeitos sonoros que alternam a intensidade da voz dos rappers, as palavras se desenrolam para conquistar o ouvinte.
Apesar de não pertencer a uma grande produtora, a edição do videoclipe auxilia na construção da narrativa proposta ao expor imagens fortes que remetem a uma origem humilde na periferia de Ponta Grossa. A captação de imagens mesclada à atuação dos rappers serve como crítica àqueles que preferem consumir raps do eixo Rio-São Paulo, em detrimento do cenário local. “Quero Ouro” não só dá esperança para os músicos ponta-grossenses, como também comprova que existe trabalho de qualidade na “quebrada” do país.
Serviço:
O videoclipe está disponível no canal "Perdidão", no Youtube:
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Exposição retrata objetos em cerâmica Por Luiza Sampaio
A exposição Terra, Cores e Formas em comemoração ao aniversário de Ponta Grossa, é feita por 14 artistas e conta com os mais variados objetos feitos de cerâmicas. Os artistas trabalham a cerâmica como uma forma de linguagem, escultura, objeto e conceito.
As cores dos objetos chamam bastante atenção por serem cores fortes como o verde, laranjada, vermelho. A obra “Início da vida”, chama bastante atenção pois faz a representação de um espermatozoide e o óvulo em cor verde. Já obra da “Almofada” fica desconexa dos outros objetos expostos, causando um certo desconforto, pois quebra a sequência dos objetos, apesar de ser representada pela sua forma.
Para pessoas que não possuem o costume de frequentar exposições, é difícil de identificar quais são os conceitos presentes nas obras. Se houvesse mais descrição dos objetos e da exposição como um todo, facilitaria a interpretação pois não são as 14 esculturas que possuem título ou data de criação, indicando apenas o material utilizado.
Exposição na Galeria de Arte da PROEX. Foto: Luiza Sampaio.
Serviço:
A exposição segue aberta até o dia 11 de outubro na galeria de arte da Proex, das 8h da manhã até 17:30 da tarde. localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, nº 129 no centro.
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Produzido pela Turma B - Jornalismo UEPG |
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