Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

Para Coringa quem ri por último não ri melhor 

Escrita por Alan Moore e Brian Bolland em 1988, a HQ A Piada Mortal é a história mais famosa da DC Comics por contar o surgimento do maior vilão do nosso querido morcego, o Coringa. A HQ, que possui 50 páginas, começa com os primeiros 21 quadros sem fala e com cores mais escuras fazendo analogia ao Batman. Os detalhes dos desenhos trazem um aspecto realista que nos fazem sentir dentro da história. 
No decorrer da história, o Coringa é apresentado de duas formas. Transformado no vilão e como um homem comum, casado e comediante. Essas duas versões são misturadas, o que pode causar uma certa confusão para o leitor. 
A história é marcada por violência, título que cabe bem a esse vilão, o que deixa a leitura emocionante. Para os DC lovers de plantão, não podia ser melhor. Algumas partes chegam a ser perturbadoras por conta da forma como foi desenhada cada imagem, passando toda a loucura do vilão. Em contrapartida, outros momentos emocionam pelo fato de o Coringa ser apresentado como um ser humano com problemas financeiros e que acaba perdendo a esposa, nos fazendo sentir pena do personagem.
Apenas ao fim da leitura é contado como o Coringa torna-se vilão. Como um homem comum, tenta escapar das mãos de Batman ao assaltar a fábrica que era ex-funcionário e pula em um tanque cheio de químicos deixando seu cabelo verde e pele branca, além de ficar louco.  Nas últimas páginas da HQ, já como vilão, Coringa é morto por Batman enquanto contava uma piada para o herói, cena que inspira o nome da história.

Por Natália Barbosa


Serviço:
Para leitura online ou em pdf da HQ A Piada Mortal é só acessar o site: http://baixarquadrinhos.com/Hq-Quadrinho/ler-hq-online-a-piada-mortal-alan-moore/ 

 
 

           47º Fenata traz peças de teatro de rua

 

           O teatro de rua é uma modalidade em que os atores utilizam seu corpo e sua voz a serviço da construção da peça, de maneira que o cenário não fica restrito a apenas um local específico, mas acontece em espaços abertos, sobretudo nas cidades.
O teatro de rua é uma oportunidade para aquelas pessoas que não têm tempo e nem dinheiro para se dirigirem aos grandes teatros e acompanharem uma peça. Mas não significa que tal modalidade seja de uma qualidade inferior por ser de rua. Pelo contrário, por estarem em um espaço aberto, os atores não dispõem da mesma estrutura presente no palco do teatro, como som e iluminação. Por isso, os atores do teatro de rua devem saber utilizar aquilo que está ao seu alcance no momento da apresentação: o seu próprio corpo.
Este ano o Festival Nacional de Teatro (Fenata) oferece espetáculos ao ar livre em três diferentes espaços do centro de Ponta Grossa. Um ponto a se destacar é que nesta edição as peças de rua estão restritas ao centro da cidade e a programação está menor que a de edições anteriores.
Neste ano, três peças irão constituir o teatro de rua no Fenata: Casa de farinha do Gonzagão, às 10h30, no Terminal Central, quinta-feira (24); Vikings e o reino saqueado, sexta-feira (25) na Praça Floriano Peixoto às 10h30 e, por fim, Pequenas porções de tempo no domingo (27) às 15 horas no Parque Ambiental.

 

Por Nadine Sansana

Serviço:
A programação completa do 47º Fenata acesse: https://www2.uepg.br/fenata/

           Lobatiando, uma exposição para crianças de todas as idades

 

    A exposição Lobatiando em comemoração à vida e obra do escritor Monteiro Lobato está no Museu Campos Gerais. Principalmente voltada para o público infantil, a visita é dinâmica, embora conte com pouco espaço físico. Passar por todas as partes da exposição leva cerca de 15 à 20 minutos. 
Uma coisa curiosa é  que um dos textos da mostra fazem referência a uma visita, feita pelo escritor Monteiro Lobato à cidade de Ponta Grossa, em 20 de outubro de 1938.  Na época de passagem pela cidade, o escritor concedeu entrevista ao jornalista Wilson Martins, então repórter do jornal Diário dos Campos.
A mostra reúne objetos que ajudam a contextualizar e contar a visão do autor. Contando com diversos móveis, quadros, esculturas e trechos referentes à obra do escritor brasileiro Monteiro Lobato. A exposição tem mais de 20 quadros. Além de adereços, como cartas de estudantes, livros raros e esculturas de personagens - leva a assinatura das irmãs e artistas plásticas Patrícia e Renata Maia. 
A exposição conta também com o livro "o Marquês de Rabicó" do autor. Em parceria com o Pega Aí, projeto que disponibiliza livros gratuitos, o livro de Lobato, com domínio público, foi impresso e disponibilizado para  empréstimo à quem comparecer na exposição.
Embora voltada principalmente ao público infantil, a exposição é agradável em qualquer idade. A sensação é como adentrar um livro do autor. As peças produzidas pelas crianças dão um ar infantil e despreocupado ao local. As cores e esculturas das artistas plastucas trazem certa animação e leveza. Não há como sair da exposição sem refletir sobre a importância de uma literatura séria voltada para as crianças, como a de Monteiro Lobato. 
A curadoria é da professora Sueli Bortolin, do Departamento de Ciência da Informação, do Centro de Educação

Por Hygor Leonardo

Serviço:
O Museu Campos Gerais fica na R. Engenheiro Schamber, esquina com a XV de Novembro. Aberto de terça a sexta-feira, das 8h às 11:45 e das 13:30 às 17:15; aos sábados, das 8h às 11:45. 

           Garota PG: entre o Romantismo e o Realismo

 

     Vários artistas já mexeram com os corações apaixonados, como Wando e Reginaldo Rossi. Mas em Ponta Grossa estamos em outro patamar.
A música “Garota PG” de Flávio Wilson faz com que valorizemos cada segundo de silêncio. Na letra, digna de cantor de boteco, é possível identificar elementos de influência machadiana, que reacende os debates sobre a transição do romantismo para o realismo no século XIX. Ao mesmo tempo em que faz uma ode à beleza das moças ponta-grossenses, traz elementos que compõe a cena de uma organização social típica do tradicionalismo como o trecho “ajudam os pais/ lavam a louça e limpam a casa”.
“Anjos da cidade”, as jovens que atuam no videoclipe parecem não saber direito o que estão fazendo ali. Pudera! Parece até que o próprio produtor não sabia. Os cortes abruptos e a coreografia sem muita lógica associados ao vocal de qualidade duvidosa dão caráter único à produção, que já nasce candidata a pérola. Enquanto a música se desenvolve, as jovens jogam futebol e nadam em uma piscina. Não é possível compreender exatamente a relação entre o ambiente futebolístico e as virtudes do trabalho doméstico exaltadas na letra. o ambiente da gravação também destoa da pegada romântica da canção.
É difícil compreender a relação causal proposta por artistas que estão à frente de seu tempo. A interpretação do sentido total da obra-prima de Flávio Wilson fica para a posteridade.

 

Por Alexandre Douvan

           Por trás das cortinas: o preparo dos artistas de teatro

 

        Caso ouça em uma peça de teatro um ator desejando que o outro “quebre a perna”, não se assuste, essa é uma expressão comum nesses locais. A frase é utilizada para desejar boa sorte aos artistas na apresentação. Desde aquecer a voz, alongar o corpo e até a meditação são técnicas de preparação feitas nos bastidores de uma peça ou show. Especialmente se tratando dos atores, o improviso faz parte dessas técnicas. Ele ajuda o profissional a ter mais espontaneidade durante a apresentação teatral e colabora ocultando quando o ator esquece alguma fala.
A técnica de improvisação é considerada pelos especialistas no assunto como uma das mais importantes para a formação de um ator. Além da entonação na voz e da expressão corporal, o artista precisa estar preparado caso esqueça o roteiro ou algum imprevisto aconteça durante a apresentação teatral. E para evitar que esqueça as falas, o ator precisa estudar e conhecer o personagem que está interpretando a fundo.
A preparação do ator precisa considerar outros aspectos que envolvem uma peça. Os ensaios precisam considerar os figurinos e o cenário da apresentação. Roupas pesadas, que dificultam a movimentação, ou até uso de outros acessórios como pernas de pau, por exemplo, precisam de preparação.
Você pode conhecer melhor a rotina e o comportamento dos artistas no Festival Nacional de Teatro, que acontece em Ponta Grossa de 22 a 27 de outubro em espaços tradicionais da cidade como Teatro Ópera e o Teatro Pax.

 

Por Hellen Scheidt

          Por trás das cortinas: a história do Festival Nacional de Teatro
     Henriette Morineu, Bibi Ferreira, Cássia Kiss e Marcos Winter são alguns nomes que passaram pelos palcos do Festival Nacional de Teatro. Historicamente, o evento reúne artistas de todo o país, que participam em categorias competitivas e não competitivas. Ao todo, cerca de 1500 grupos de teatro já passaram pela região dos Campos Gerais, contribuindo para o desenvolvimento da arte a nível nacional.
A primeira edição do FENATA ocorreu em novembro de 1973, no mesmo período em que a Universidade Estadual de Ponta Grossa foi reconhecida como instituição de ensino superior. A partir deste momento, os laços entre a UEPG e a produção artística teatral se fortaleceram cada vez mais. Hoje, o evento é considerado um dos festivais mais antigos do Brasil. 
Além do teatro, o FENATA promove apresentações especiais em instituições de assistência social, hospitais e escolas da região. Os espetáculos direcionados ao público infantil possuem entrada franca, uma estratégia fundamental para que se amplie a cultura teatral no município, também estimulando o surgimento de novos talentos no ramo das artes cênicas. 
O teatro de rua também é algo muito explorado pelo festival, proporcionando uma maior integração com a população de Ponta Grossa e outras cidades que participam do evento. Em 2018, o número de apresentações foi menor em relação a outros anos por conta do corte de verbas para a realização do FENATA. Para tentar resgatar sua essência em meio a um cenário de desvalorização da arte, a 47ª edição do FENATA ocorrerá dos dias 22 a 27 de outubro.

 
Por Allyson Santos
Serviço:
Abertura do 47º FENATA
Data: 22 de Outubro às 20h
Local: Cine-Teatro Ópera
Espetáculo: “Translúcido”, da companhia Talagadá.
Ingressos: R$20 a inteira e R$10 a meia-entrada.

           UEPG de cara nova

 

     Você já viu o novo site da uepg? Com a nova logo da Universidade Estadual de Ponta Grossa veio um site reestruturado. Diferente do antigo site, este tem um design mais "clean" com um menu mais organizado. O visual aparentemente não mudou muita coisa, mas a organização da nova plataforma pode facilitar a vida daqueles que utilizam do site da instituição.
A antiga página da universidade já apresentava alguns problemas por conta da grande quantidade de informação, os alunos que precisavam utilizar o acadêmico online para fazer a rematrícula tinham algumas dificuldades técnicas já que o site não abria se não fosse um computador compatível com o navegador Mozilla Firefox, por conta disso, alguns estudantes tinham que baixar este programa ou recorrer a algum colega que já tivesse instalado no computador. Outro problema era o tamanho das letras do menu no sistema mobile que dificultava a navegação pela página. Aqueles que procuravam editais no antigo site também tinham dificuldade para encontrar um menu organizado.
Este novo site facilitou a navegação do novo portal via mobile, oque faz uma grande diferença para os alunos que acessam a página somente pelo celular.
Um dos poucos problemas dessa nova reformulação é o sistema de senhas dos estudantes para acessar o acadêmico online. As senhas antigas tiveram de ser trocadas por quase todos os alunos que já estavam habituados com a antiga senha. E outro problema é que quando clicamos em alguns links do novo menu, voltamos para o site antigo.

 

Por Thaiz Rubik


Serviço:
link do novo site : https://portal.uepg.br/

           HBO traz série com debate sobre saúde mental

 

      Problemas como ansiedade, depressão, vício em drogas e álcool acometem a sociedade, isso tudo é uma das abordagens trazidas pela série da HBO, Euphoria. Embora traga um elenco majoritariamente jovem e aborde os dramas da vida adolescente, a série não é um programa teen. Um grupo de estudantes do ensino médio que navegam pelas drogas, sexo, identidade, trauma, mídias sociais, amor e amizade.
A série pode não agradar a todos já que no episódio piloto há cenas contendo bastante nudez, uso de drogas, estupro e sexo entre dois adolescentes envolvendo enforcamento. 
Euphoria não é uma série em que você pode colocar para assistir e mexer no celular ou fazer outra coisa ao mesmo tempo, porque além de sua trama a série é composta por uma cinegrafia que revela através das cores, movimentos de câmera e edição, os sentimentos dos personagens, isso tudo carrega a história. As formas técnicas estão presentes quando se tem o uso de drogas, porque criam o efeito das substâncias, como por exemplo, o desfoque, algo bem simples mas que já demonstra que os personagens saíram da sua realidade, assim como as cores neons. A iluminação utilizada faz um jogo de luz e sombra que ressalta os cenários de Euphoria que trabalha bastante com glitter e brilho, deixando o visual mais bonito.
Um dos pontos interessantes é a construção dos personagens. A personagem que narra à história, Rue, tem uma linha vaga em vários momentos porque deixa o espectador em um clima constante de pensar se determinadas ações e eventos que a acometem são reais ou apenas coisas que acontecem em sua cabeça. 
A série não glorifica e nem romantiza o uso de drogas, nem a depressão, nem os relacionamentos abusivos que aborda, tanto o familiar quanto o romântico. Pode parecer que está mostrando novos horizontes, mas está apenas abordando o que já acontece com várias pessoas, trazendo à tona problemas que acometem tanto jovens quanto adultos.

 

Por Gabriella de Barros
 

Serviço:
Euphoria está disponível na HBO GO, com 8 episódios em torno de 56 minutos cada. 

Confira o programa Crítica de Ponta na TV:

Produzido pela turma B -Jornalismo UEPG