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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 

A tradicional pizza agora em formato de cone 

A pizza é um dos alimentos mais populares do mundo e cada dia ganha novas formas de consumo. Em Ponta Grossa, o estabelecimento Ferconni oferece a pizza em formato de cone há três anos e é o único da cidade. A ideia surgiu após os donos do estabelecimento experimentarem a pizza cone no Rio de Janeiro. Há quatro meses, o local serve também as pizzas tradicionais, mas o sucesso é o diferente formato do alimento.     

A escolhida do cardápio variado foi a de frango cremoso. Para quem gosta da combinação frango e queijo é uma boa pedida. A pizza possui recheio em todo o cone com o total de quatro ingredientes: frango, queijo, molho de tomate e orégano. O tamanho do cone é médio e a massa é seca, diferente da massa da pizza tradicional. A combinação da textura do recheio e massa permite um sabor agradável na mistura dos elementos.   

O estabelecimento possui 22 sabores salgados de pizza cone e 12 doces, estes variados no tamanho normal e mini cone. As pizzas cone custam R$14 reais todos os sabores entre salgadas e doces e o mini cone custa R$8. As pizzas tradicionais custam de R$33 a R$68 reais dependendo do tamanho e sabor. 

O ambiente é agradável e a decoração é feita com fotos e ilustrações de pizzas e das cores vermelha e verde, que representam o estabelecimento. O local possui apenas três mesas, três poltronas e uma televisão para os clientes. Apesar de ser no centro da cidade, o estabelecimento fica atrás de um muro e um outdoor , o que impede melhor visualização do local. 


 

Serviço: Atendimento Ferconni 

Local: Avenida Bonifácio Vilela, 780- Centro, Ponta Grossa/PR 

Horário: Segunda a sábado, das 18h às 23h 

Pedidos: (42) 98826-8806 ou ifood.com.br  

Preços: Pizza cone R$14,00 todos os sabores 

               Mini cone R$8,00 

               Pizza tradicional - varia de R$33 ,00 a R$68,00.


 

Mariana Santos


 

 

 

   

Ponta Grossa: um lugar para todos?


 

Na língua Iorubá, Ago significa licença para entrar, licença para movimento ... E saravá é um termo usado como saudação entre praticantes de cultos afro-brasileiros, como Umbanda e Candomblé. Além de uma dessas duas palavras, como uma resistência para manifestar uma força quase esquecida, o documentário “Ago, minha cidade tem saravá”, produzido por Juliana Gelbcke, Felipe Soares e Guilherme Marcondes traz, a partir dos adeptos próprios da Umbanda e do Candomblé, com os seguintes resultados e a vida de quem precisa ocultar sua fé, por motivo de preconceito que é reproduzido socialmente pela má interpretação de dogmas desconhecidos.

O roteiro, com poucas narrações e muitas entrevistas, apresenta um formato leve e interessante para quem assiste. Os relacionamentos, sequência, pais e mães de santo, os adeptos das religiões, ajudaram a construir uma narrativa informal, simples e aproximada. Os cultos e algumas entrevistas foram filmados em terreiros em Ponta Grossa, onde eles se reúnem para celebrar e manifestar uma fé. Os terreiros costumam ter todos os seus brancos, a mesma cor que os fiéis usam enquanto estão no local. 

 O branco, para o candomblé e a umbanda, carrega uma idéia de paz e serenidade. Apesar de trazer uma perspectiva positiva e o nome dos praticantes de religião afro-brasileira, o documento traz uma reflexão sobre os simpatizantes e os moradores da cidade, que ajuda esporadicamente alguns sofridos de ataques e vandalismo em terreiros. Ponta Grossa, por mais que seja uma cidade que pulsa, rica em diversidade, como mostra o vídeo, ainda é uma cidade conservadora e com raízes que negam a cultura que eram dominantes no passado. Ainda é um lugar que provoca a invisibilidade desses e de outros grupos, que persistem e resistem a manifestos seus credos, valores e opiniões para defender uma democracia, que ainda registram problemas.


 

O documentário foi selecionado pelo edital de apoio a projetos de cinema, fotografia e vídeo do Fundo Municipal de Política Cultural e Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa e foi exibido no dia 7 de novembro, no Museu Campos Gerais (centro de PG). O documentário está disponível no youtube.


 

Francielle Ampolini



 



 

Livro discute o histórico de perseguição das mulheres

Silvia Federici é escritora, professora, militante feminista, italiana nascida em 1942. A escritora se dedica a contar a história das mulheres desde o feudalismo, concluindo que o controle do corpo feminino por meio da violência é uma das bases do capitalismo e que isso não vai acabar enquanto as relações econômicas seguirem as mesmas. 

No livro Mulheres e caça às bruxas a autora fala sobre a apropriação do corpo feminino pelo sistema e sobre as possibilidades de resistência. Federici analisa as perseguições às bruxas na Europa dos séculos XVI e XVII, apresenta informações sobre a violência sistêmica contra as mulheres hoje e denuncia como se deram. Para combater a atual onda de violência contra as mulheres, é preciso entender causas imediatas, conhecer origens e desvendar de que maneira à opressão histórica somam-se as recentes perversas formas de exploração. 

Quando se lê o texto de Federici se tem a sensação de estar lendo uma nova história do mundo, muito diferente do que se estuda na escola. A história contada nos livros é escrita por vencedores, escondendo uma vasta quantidade de vozes caladas e oprimidas. A autora expressa que nunca existiram bruxas, elas são uma criação, as mulheres rotuladas como bruxas são mulheres que buscam maior poder social: as feministas. 

A resistência é coletiva e atual. Como afima a atriz Emma Watson “somos as netas das bruxas que vocês não conseguiam queimar”. As perseguições ainda existem e pode se ver com frequencia com inúmeros casos de feminicídio em Ponta Grossa, são mulheres que morrem apenas por serem mulheres. 


 

SERVIÇO

Livro: Mulheres e caça às bruxas

Autora: Silvia Federici

Editora: Boitempo

Preço: R$37,00



 

Quanto da realidade cabe em uma nota jornalística?


 

Em dois anos na cidade de Ponta Grossa já ocorreram dois casos de assédio contra mulheres no Estádio Germano Krüger. Dois casos que repercutiram na mídia local. Sabe-se que as mulheres estão sujeitas a sofrer assédio em vários lugares e nos estádios isso é ocorrente. No começo de novembro de 2019, mais uma jornalista foi ofendida enquanto cobria uma disputa entre dois times. 

A mídia local pautou os dois casos em breves notas. O portal de notícia aRede fez uma pequena cobertura do primeiro caso que ocorreu em abril de 2018 e acompanhou as providências que a jornalista tomou após sofrer o assédio no estádio. No segundo caso, apenas uma nota de repúdio foi postada pela assessoria do Operário Ferroviário. O portal de notícias Diário dos Campos republicou notas de assessoria dos dois casos. 

O quanto da realidade cabe em uma nota jornalística? É o que se pode perguntar diante de um fato com repercussão social. O que faltou nas notas foi como o clube e o estádio tomam previdências para que casos como esse não ocorram mais. Que políticas o clube possuí para punir casos de assédio? E que auxílios são oferecidos para essas mulheres? Fica o questionamento. O Operário criou a campanha, ‘Operário é para todos’ em 2018 a fim de combater comportamentos discriminatórios durante os jogos, mas, mesmo assim, casos como estes de assédio, ainda acontecem, e pior, muitos não são denunciados. O jornalismo ponta-grossense não pode fechar os  olhos para o desrespeito contra as mulheres e deixar de exercer o papel de fiscalizador desses direitos. 

Serviço 


 

Sites: https://www.diariodoscampos.com.br/noticia/operario-ferroviario-repudia-desrespeito-contra-fotografa


 

https://www.diariodoscampos.com.br/noticia/jornalista-do-operario-e-vitima-assedio-no-emilio-gomes


 

https://d.arede.info/ponta-grossa/302191/operario-emite-nota-de-repudio-por-assedio


 

https://d.arede.info/esporte/207927/assessora-do-operario-e-vitima-da-truculencia-de-torcedores




Por Rafael Santos
 

Natureza e lazer. Qual o valor para ter acesso a esses espaços? 

Na região dos Campos Gerais existe uma variedade de espaços na hora de conciliar lazer e natureza. A cachoeira é uma das opções para quem gosta de passar o dia ou final de semana fora de casa. A Mariquinha, Rio São Jorge, Capão da Onça e Buraco do Padre são atrações naturais da região. Os moradores próximos e de outras cidades e estados vão às cachoeiras para fugir do ritmo da vida cotidiana. 

Existem prazeres interessantes que esses espaços oferecem para as pessoas, como deitar na grama e relaxar ouvindo uma música e até mergulhar nos rios e receber uma “massagem” nas costas da água que caí. Porém, são necessárias algumas condições. Nas cachoeiras citadas, é pedido um valor de entrada que varia de R$ 15, 00 a R$ 50, 00, dependendo da estadia e pernoite. O preço a ser pago restringe uma quantidade considerada de pessoas que não podem pagar pelo ingresso e consequentemente não terão acesso a esses espaços. 

Outra barreira é o deslocamento até as cachoeiras. Todas são por estradas (de terra e rodovias), portanto é necessário o uso de automóveis ou bicicletas. Não existe linhas de ônibus que realizam o trajeto da cidade para os bairros. Para chegar até a cachoeira do Rio São Jorge, os proprietários da reserva privada se moveram para construir a sinalização e uma parte da rodovia.

Apesar da população apreciar os espaços, nem todos têm a oportunidade de desfruta-los. Por que a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, juntamente com os proprietários dos espaços, não efetiva políticas para melhorar a infraestrutura e mobilidade até às cachoeiras?  

Serviço
Cachoeira do Rio São Jorge

Endereço: . O acesso ao Cannyon do Rio São Jorge é feito pela Avenida Carlos Cavalcanti.
Preço: R$15,00 para passar o dia e para acampar ou almoçar R$35,00

Matheus Rolim

 
Produzido pela Turma A - Jornalismo UEPG