CRITICA NA TV

Crítica de Ponta

 

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

MUSICA

Clássicos da cultura popular brasileira embalam retorno aos palcos da Orquestra Sinfônica de PG

 

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 Orquestra Sinfônica de PG retorna aos palcos após paralisação em decorrência da pandemia. 
Crédito da Foto: Rodrigo Menegat / Arquivo Lente Quente.


Após um ano e meio de atividades presenciais suspensas, a Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa, através de uma transmissão ao vivo do Cine Teatro Ópera, subiu aos palcos para apresentar o concerto “Parte I – Música para Todxs”. O evento marca o início da temporada do grupo em 2021, após a paralisação em decorrência da pandemia da Covid-19.
O projeto “Música para Todxs” divide a Orquestra a partir dos instrumentos, sendo a primeira apresentação entoada exclusivamente pelos músicos e musicistas especializados nas cordas (Violinos, Violas, Violoncelos e Contrabaixos). O repertório escolhido pelo grupo englobou majoritariamente artistas brasileiros dos quatro cantos do país, além da suíte “The Planets” do compositor inglês Gustav Holst.
A apresentação, regida pelo maestro Rafael Rauski, trouxe clássicos da cultura popular brasileira em adaptações melodiosas, que evidenciaram a delicadeza dos instrumentos da sessão. Canções como “Amanheceu, peguei a viola”, de Renato Teixeira, “Saudade da minha terra”, de Chitãozinho e Xororó, “Luar do sertão”, de Luiz Gonzaga, “Romaria”, de João Mineiro e Marciano, “O menino da porteira”, de Sérgio Reis, “Corta-jaca”, de Chiquinha Gonzaga, “Tiro ao Álvaro” e “O trem das onze”, de Adoniran Barbosa, formaram o pot-pourri criado para o concerto.
Apesar da limitada qualidade de som e imagem em apresentações virtuais, o encanto de ouvir novamente as composições interpretadas pela Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa permanece. Em maio, a Fundação Municipal de Cultura abriu o processo seletivo para bolsas no grupo, destinando 50 novas vagas ao ano de 2021. A crescente valorização do meio artístico na cidade se mostra viva através de eventos como este, o que, espera-se, sejam mais frequentes após a pandemia, para que a população incentive e prestigie a produção musical local.


Por Manuela Roque

Serviço:
Data: 10/07/2021
Local: Cine Teatro Ópera
Maestro: Rafael Ruski
Produção: Fundação Municipal de Cultura

 


 

CINEMA

Viúva Negra, uma personagem vinda diretamente dos quadrinhos, ganha o próprio filme

Legenda Scarlett Johansson como Natasha Romanoff protagonista do filme Viúva Negra

 Scarlett Johansson como Natasha Romanoff, protagonista do filme Viúva Negra. / Foto: Reprodução Disney.


Uma das super-heroínas do universo Marvel, Natasha Romanoff, mais conhecida como Viúva Negra, ganha um filme solo. Produzido pela Marvel Studios e distribuído pela Disney, o filme estreou em 8 de julho nos cinemas e no Disney+ através do Premier Access.
A personagem, que apareceu pela primeira vez em Homem de Ferro 2 (2010), demorou mais de 10 anos para ganhar o filme e finalmente ter a história contada. Em Viúva Negra, pode-se conhecer a família nada tradicional, da heroína, o que permite entender a personalidade e decisões de vida.
Viúva Negra é treinada desde criança para ser uma espiã da KGB, mas é perseguida pelo próprio governo Russo quando a União Soviética se desfaz. A personagem tem origem nos quadrinhos, apareceu pela primeira vez no quadrinho Tales of Suspense #52 (abril de 1964). A Marvel Comics é considerada a maior editora de história em quadrinhos do mundo.
O filme atraiu muitos fãs, os conhecidos “nerds”, que acompanham rigorosamente os quadrinhos e filmes dos personagens favoritos. A história em quadrinhos no Brasil começa no século XIX com a publicação das chamadas charges, evoluindo no século XX para revistas de histórias próprias.
Em Ponta Grossa, há espaços dedicados aos amantes de quadrinhos, mas que atualmente estão inativos, como é o caso do grupo de leitura de quadrinhos Veneta da UEPG e o Clube de Quadrinhos e de Humor Barão de Itararé, que incentiva a produção autoral de HQs na cidade.
Vale a pena conhecer alguns autores de quadrinhos da cidade, como o ponta-grossense Phellip Willian, que desenvolveu com o paulista morador do Rio Grande do Sul, Eduardo Ribas, a HQ “Uma nuvem no seu Oliveira”, onde a história se passa em uma vila no interior do Paraná.


Por Yasmin Orlowski

Serviço:
Filme: Black Widow (Viúva Negra)
Direção: Cate Shortland
Roteiro: Eric Pearson, Stan Lee
Elenco: Scarlett Johansson, Florence Pugh, Rachel Weisz, David Harbour
Gênero: Ação, aventura
Duração: 2h 14 min


 

LITERATURA


No final, tudo que resta é Saudade

 

Capa da HQ Saudade apresenta os dois personagens principais da história: a menina Lara e o cervo resgatado, Leão.
Crédito da foto: Editora Jambô.


Finalista do Prêmio Jabuti em 2019 na categoria história em quadrinhos, Saudade é uma graphic novel nacional ilustrada e roteirizada pelos ponta-grossenses Melissa Garabeli e Phellip Willian. Produzida em 2018 através de um financiamento coletivo, a obra foi o pontapé do casal no cenário literário regional.
A obra conta a história dos irmãos Lara e Thomas, que durante um passeio em família encontram um cervo machucado na beira da estrada. As histórias das crianças e do animalzinho se entrelaçam e, aos poucos, percebe-se o quão em comum as personagens podem ter, e o quanto eles aprendem um com o outro. Segundo os próprios autores, as principais referências para a história foram as produções dos Estúdios Disney Bambi e Up! Altas aventuras, além do romance infantil Pax, da escritora norte-americana Sara Pennypacker. As referências são claramente percebidas durante a leitura, com toda a sutileza e sensibilidade proporcionada pelas inspirações dos autores.
O texto da graphic novel aborda temas como amizade, companheirismo, luto, perdas, amor, despedidas, mas acima de tudo, saudade. A mensagem da produção sobre os momentos em que a vida nos faz deixar alguém que ama partir, mesmo que saiba da falta que alguém - um ente querido, um amigo de infância, um animal de estimação – faz é o ponto chave para as emoções do leitor falarem mais alto. A riqueza de detalhes da HQ, com traços cartunescos e finalizados em aquarela, ajuda a potencializar o quentinho no coração que a história traz. Uma leitura para todos que tem fiéis companheiros e que, estejam vivos ou não, sempre serão os melhores amigos. Afinal, quando chegar a hora de partir, tudo que resta no final é saudade.


Por Manuela Roque

Serviço:
Livro: Saudade.
Autoria de Phellip Willian
Ilustrações de Melissa Garabeli
Editora: Jambô
Ano: 2018
Páginas: 128



 

 LITERATURA

Luta ecológica é tema do livro infantil Lara, o mar e a tartaruga

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Capa do livro "Lara, o mar e a tartaruga"/ Foto: Reprodução Editora Inverso


Em Lara, o mar e a tartaruga, a escritora Jacqueline de Mattos aborda a importância da conscientização ecológica para o público infantil. A obra bilíngue (português e inglês) tem como protagonista Lara, uma menina curitibana, alegre, amante do sol e do verão, que decide passar as férias em família, na casa da tia no Litoral Paranaense, em Matinhos, Caiobá.
Entre diversões, risadas, músicas e brincadeiras de construir castelos na areia com os primos, Lara se depara com uma tartaruga marinha desacordada na praia. O encontro com o animal desperta em Lara um sentimento de sensibilidade, cuidado e preocupação com os animais e a natureza que ela tanto ama.
A obra destaca a importância da proteção dos animais e a valorização do meio ambiente e objetiva conscientizar as crianças sobre a importância da luta ecológica, fazendo com que os pequenos passem a ter um outro olhar, de mais cuidado e atenção para o meio ambiente e os animais.
O contato das crianças com a discussão do livro é importante, visto que possibilita que as crianças cresçam e se tornem adultos mais conscientes e até defensores da luta ecológica.
As crianças futuramente poderão evitar possíveis tragédias ambientais, como foi o caso dos mais de 100 mil focos de queimadas na floresta Amazônica em 2020, ou a origem dos micros plásticos como resultado da poluição ambiental, como é o exemplo da sacola na história, que prejudica o mar e os animais marinhos.

Por Yasmin Orlowski

Serviço:
Livro: Lara, o mar e a tartaruga
Editora: Inverso
Ano: 2021
Páginas: 36
Site:ttps://www.editorainverso.com.br/pagina-de-produto/lara-o-mar-e-a-tartaruga-lara-the-sea-and-the-turtle


 

TEATRO E DANCA

A criatividade é a protagonista do espetáculo

 

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 Alunos da Elevée Escola de Dança apresentam coreografias originais inspiradas nos aprendizados de sala de aula./ Crédito da foto: Elevée Escola de Dança


O mês de julho registrou o espetáculo inaugural da Elevée Escola de Dança. Intitulado “Projeto Coreográfico”, o evento foi realizado online, por meio de uma transmissão ao vivo das performances feitas direto da sala de aula da escola. As apresentações fazem parte de um esforço de produção coreográfica desenvolvida pelos próprios alunos, sem auxílio de professores.
Os alunos tiveram dois meses para realizar a montagem das apresentações, o que incluiu, além da elaboração da coreografia, título, escolha da música, a customização dos figurinos utilizados e a criação dos cenários no espaço da sala de aula. O objetivo do evento é instigar a produção artística com originalidade e identidade para que os estudantes não sejam somente reprodutores, mas criadores de arte.
Sapateado, Ballet Clássico e Dança Contemporânea foram os três estilos escolhidos pelos alunos nas performances. No repertório, foram apresentadas coreografias inspiradas pelos mais diversos artistas. Grandes nomes da música Pop internacional marcaram presença, como Bruno Mars, Maroon 5, Imagine Dragons, Duncan Laurence, Sam Tinnesz e Kelly Clarkson. Canções nacionais como Aquarela, de Toquinho, O Sol, de Vitor Kley, e Liberdade, de Priscila Alcântara, marcaram a mostra.
Composições clássicas apareceram nas performances, com o público embalado pelas sinfonias de Tchaikovski e Mozart, além de produções musicais recentes dos artistas Harry James e do grupo The Untold. As trilhas sonoras cinematográficas não ficaram de fora, englobando desde sucessos dos Estúdios Disney como O Rei Leão, A Pequena Sereia, Aladin, Alice no País das Maravilhas, Moana, Viva: a vida é uma festa e Frozen, até clássicos do cinema, como James Bond – 007 e E O Vento Levou.
Nem mesmo as limitações técnicas e o pequeno espaço da sala de aula comparado aos palcos de um teatro impediram a realização das apresentações. Os alunos, todos de máscaras, expressaram os sentimentos que movem as coreografias, como felicidade, amizade, dor, angústia, ansiedade e amor. A dança foi o carro chefe da performance, mas o que faz os olhos do espectador brilhar é a felicidade dos alunos na reverência e no agradecimento aos professores ao final de cada coreografia. O ato de reconhecer quem possibilitou o aprendizado para criar as próprias produções é o diferencial do evento.

Por Manuela Roque

 


Serviço:
Evento: Espetáculo inaugural da escola Elevée
Data: 10/07/2021
Local: Elevée Escola de Dança – Rua Dr. Francisco Burzio, 465, Centro - Ponta Grossa/PR
Produção: Larissa Lemos e Phayga Gruber
Frase para chamar áudio: Criatividade e originalidade são elementos essenciais no “Projeto Coreográfico”, evento da Elevée Escola de Dança
Crédito da foto: Elevée Escola de Dança
Legenda da foto: Alunos da Elevée Escola de Dança apresentam coreografias originais inspiradas nos aprendizados de sala de aula.