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Crítica de Ponta

 

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

cinema art

 

 

 Duna é uma experiência que honra o legado de Frank Hebert

 

O cineasta franco-canadense Dennis Villenueve sempre prezou em suas obras por uma sensação atmosférica que alinhe a empatia do espectador ao ‘calvário’ dos protagonistas. Em Duna (2021), lançamento que chega em Novembro, ao serviço de streaming HBO MAX, o modus operandi do diretor tem carta branca para fazer um filme idiossincrático e, ainda assim, acessível.

No filme, o clã dos Atreides é designado pelo imperador universal para substituir os Harkonnen na extração de melánge, substância primordial para viagens intergalácticas, no planeta Arrakis. Ao lidarem com colonos traumatizados pela gestão anterior, uma terra hostil, uma demanda de extração e sabotagens dos rivais, Paul Atreides (Timothee Chalamet) e a família se veem presos a um espiral de beleza e violência em que a magia e tecnologia são inúteis para aplacar o medo que ronda a empreitada.

 

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 Arte da Divulgação

 

Em Duna, é nítido o interesse de Villenueve de criar um épico fantástico nos moldes de David Lean, onde a eminência do caos é mais contagiante do que a erupção. Das imagens lavadas e densas ao ritmo lento, o filme faz de tudo para se definir como o oposto a fantasias space operas enraizadas na cultura pop como a franquia Star Wars.

A abordagem é corajosa. Optando por fazer de cada exposição um banquete para olhos e ouvidos às custas de uma dramaturgia convencional, Villenueve e equipe constroem tal universo baseado na obra de Frank Hebert com primor nos detalhes e particularidades.

O resultado é ambivalente. Para os que anseiam por algo dinâmico e leve certamente saíram decepcionados com o hermetismo sombrio do filme. Já para os que se deixarem conduzir pelo olhar único de Villenueve, terão uma formidável experiência sensorial.

 

 

Por Yuri A.F. Marcinik

Serviço:

Duna está disponível nos cinemas Lumiére e Cine Araújo, em Ponta Grossa/PR, e na plataforma de streaming HBO MAX.

 


 

 

MIDIA REGIONAL

 

 

Site da Diocese é opção informativa para católicos de PG

 

Com um formato interativo e organizado, o site da Diocese de Ponta Grossa permite aos usuários acesso a múltiplas informações. A página explora desde notícias das paróquias locais até um contato com comunidades de outras regiões. Os textos publicados, de um modo geral, são bem estruturados e abordam temas ligados às comunidades religiosas, como a chegada de imagens às igrejas, festividades, eventos filantrópicos (bazares) e entre outros temas.

O site é uma ótima opção para os frequentadores da igreja que desejam visitar outras congregações, além do mapa interativo das paróquias da cidade de Ponta Grossa e demais municípios que integram a diocese na região dos Campos Gerais do Paraná. Na aba ‘paróquias’ é possível ver fotos de outras igrejas da região e, ao selecionar a igreja, pode-se consultar a programação das missas, horário para confissões conhecer as pastorais e os párocos de cada localidade.

Outras abas também são interativas, como a que apresenta o ‘clero’ e possibilita conhecer o quadro secular, diáconos permanentes e os sacerdotes falecidos que atuaram na igreja. O leitor encontra também a foto com o nome de cada religioso e, ao clicar na foto, é possível acessar uma ficha com informações pessoais, como formação presbiteral e ministérios recebidos.

O usuário também pode acessar o calendário anual da diocese, informações  da campanha da fraternidade, artigos e documentos. A equipe da Assessoria de Comunicação da Diocese de Ponta Grossa é quem produz, tanto as matérias jornalísticas, como os demais conteúdos que estão disponíveis no site.

 

Reprodução do site da Diocese.

 

Por Rafael Piotto

Serviço:

Diocese de Ponta Grossa: http://diocesepontagrossa.org.br/index.php


 

MUSICA

 

Vocalista da banda Krafka homenageia Erasmo Carlos em single

 

Matheus Vaz, guitarrista e vocalista da banda Krafka, possui projeto solo paralelo à banda, intitulado Huan Cayo. Como primeiro lançamento do projeto, Matheus escreveu a canção “Carlos, Erasmo” e a lançou pela Abrigo Records, em setembro de 2021.

Na ocasião do lançamento, Erasmo se encontrava internado com Covid-19, mesmo após tomar duas doses da vacina. Mesmo que não seja a intenção original da música, a obra possui um tom melancólico tanto liricamente quanto no arranjo. “Do jeito que eu tô, pode trazer banda alegre e me chamar pra festa que eu não vou” e “Não ta fácil, meu amigo”. São alguns trechos que reforçam o teor entristecido da canção, aliados à atmosfera criada pelo fuzz e chorus das guitarras. “Deixa a terça ser menor” pode soar como alguém que deseja encurtar o dia, mas também faz referência à terça da escala musical que, quando diminuída (menor), gera sensação introspectiva. Segundo a gravadora, “Carlos, Erasmo” é uma canção com timbres oitentistas, sintetizadores, melodias cativantes e um ritmo “pra lá de envolvente”.

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Matheus Vaz (Huan Cayo), autor do single “Carlos, Erasmo” / Foto: Tarcisio Razori Leal

 

A homenagem retrata a maneira como o artista vê Erasmo. A obra não segue o estilo musical de Erasmo Carlos, mas aposta em uma sonoridade próxima à banda que Matheus faz parte, a Krafka, além de mencionar um clássico do cantor da Jovem Guarda ("é preciso dar um jeito, meu amigo").

Aos ouvidos externos mais sensibilizados pela situação, a canção pode soar como uma pequena conversa entre o artista e Erasmo, lamentando a situação em que o consagrado cantor da Jovem Guarda se encontrava no momento. Afinal, chamar Erasmo de “meu amigo” (coisa que Roberto fazia) sugere proximidade e comoção ao clima criado durante a música.

 Por Cássio Murilo

Serviço:

Artista: Huan Cayo
Título: Carlos, Erasmo
Duração: 3:05
Instagram: https://www.instagram.com/huancayobr/
Youtube: https://youtu.be/6zGYOg81Q7U


COMPORTAMENTO

 

Alternativa do setor cultural na pandemia, o fenômeno live já saturou?

 

Quando as incertezas com a chegada da Covid-19 reinavam e o isolamento social se fez imediato para conter o avanço do novo vírus, o setor cultural foi um dos mais prejudicados. Fechados em casa, artistas e grupos culturais tiveram que se reinventar. Foi nesse contexto que surgiu um novo palco para se apresentar e dialogar com o público: as transmissões de lives via internet.

O termo, que traduzido do inglês significa ao vivo, se popularizou ao longo de 2020 e logo se tornou um fenômeno da pandemia: todo artista tinha o próprio calendário de transmissões para entreter o público através das telas. As lives também proporcionaram que muitos trabalhadores do setor cultural continuassem empregados na pandemia, produzindo, mesmo com as limitações do online, e substituindo eventos que geravam aglomerações inviáveis no momento.

O 33° Festival Universitário da Canção (FUC), realizado em formato híbrido, contou com transmissão ao vivo no Facebook da UEPG e também com salas virtuais para a deliberação entre os jurados, de diversas partes do Brasil, da fase competitiva do festival./ UEPG/ Divulgação.

 

A partir das experiências positivas de 2020, praticamente todo artista e grupo cultural entrou no mundo das transmissões ao vivo. Contudo, em 2021, o recurso passou a ser cada vez menos atrativo ao público e o fenômeno se tornou saturado, repetitivo e, em alguns casos, desinteressante. A qualidade foi, aos poucos, engolida pela quantidade de produções. A exaustão ocasionada pelo isolamento social também é um fator decisivo. Com o trabalho e o estudo remoto, ocorre uma fuga do ambiente online após o fim de expediente e as lives se tornam um segundo turno em frente às telas.

Todavia, alguns grupos ainda conseguem resultados positivos com o recurso. O 33° Festival Universitário da Canção (FUC), realizado em 6 de outubro pela UEPG, fez a premiação de júri popular em uma transmissão ao vivo interativa com votos computados em tempo real. Já o projeto de extensão Cultura Plural, que completa 10 anos em 2021, só pôde reunir ex-integrantes, professores e repórteres da equipe, hoje espalhados pelo país, por uma live.

É improvável que o fenômeno das lives se torne obsoleto após o fim da pandemia. O recurso veio para ficar, mas é preciso aprimorar a comunicação interativa, conectando emissor e receptor. Caso contrário, serão feitas cada vez mais transmissões que lotam agendas e que chamam cada vez menos atenção do público que ainda as consome.

Por Manuela Roque

Serviço:

Acesse o 33° Festival Universitário da Canção (FUC) na íntegra: https://www.facebook.com/oficialuepg/videos/565343138071112/?__so__=channel_tab&__rv__=all_videos_card


GIROS URBANOS

 

 Casa do Divino Espírito Santo retoma atividades presenciais com flexibilização da pandemia em PG

 

Com mais de 139 anos de fundação, a Casa do Divino é um dos patrimônios históricos e culturais de Ponta Grossa. Além de um espaço religioso  para visitação, o templo reúne fiéis toda segunda-feira para louvar, orar e pedir graças ao Divino Espírito Santo. Por conta da pandemia, a casa suspendeu as novenas presenciais E, a partir de novembro, com a flexibilização da pandemia, as atividades foram retomadas.

De acordo com informações disponibilizadas no site da prefeitura, a Casa do Divino foi fundada em 1882, quando Maria Júlia Xavier vagou por meses pela região dos Campos Gerais sem memória. Quando parou para se banhar em um rio, encontrou a imagem do Divino Espírito Santo litografada num pedaço de madeira e, no mesmo instante, lembrou quem era e onde morava.

 

Novena do Divino Espírito Santo antes da pandemia. Foto: Rafael Piotto

 

Pela  graça recebida, Maria montou um altar dentro da própria casa para expor a imagem e agradecer todos os dias da vida pelo milagre. A notícia se espalhou na região e as pessoas passaram a visitá-la para pedir graças ao Divino. Devido ao grande número de pessoas que chegavam ao local, D. Maria  abriu as portas da casa, que passou a se chamar Casa do Divino.

Um dos atrativos turísticos religiosos é o acervo da casa do Divino com  mais de 14 mil fotos, e aproximadamente 200 cartas datadas desde 1886, além de várias obras sacras. O acervo é composto por itens que, aos poucos, foram doados por fiéis, como: fitas, fotografias, imagens, fios de cabelo, objetos de cera,velas, cartas entre outras.

Segundo as responsáveis pelo cuidado da casa, os frequentadores pertencem a todas as classes sociais e o movimento é constante, oscilando entre 10 e 50 visitas diárias. Um dos períodos de maior movimento é a semana de Pentecostes. A sala do Divino continua sob os cuidados de mulheres da mesma família, que se comprometeram  a dar continuidade à devoção religiosa.

Serviço:

Localização: Rua Santos Dumont, 524 (próximo da Catedral) - Centro - Ponta Grossa\PR

Horário de Visitação: segunda à sexta-feira das 10hrs às 17hrs e sábado das 10hs às 13hs. Toda segunda-feira às 15hs é realizada a Novena do Divino.

Entrada: Gratuita.

Telefone: (42) 30252667– (Dona Lídia)

E-mail: casadodivino@hotmail.com.