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Crítica de Ponta

 

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

TEATRO E DANCA

 

Com luzes e música, A Borboleta da Colina mostra transformações no teatro

 

 

Entre as diversas peças da mostra principal de apresentações da 49° edição do Festival Nacional do Teatro (FENATA), A Borboleta da Colina mostra, de forma poética e cativante, as transformações humanas na vida.
Com movimentos sincronizados, a peça se desenvolve de forma agradável, apresentando ao público, de maneira leve e divertida, pontos sobre a vida, os indivíduos e a sociedade. Com muita dança e movimentos corporais, a peça transmite um tom leve, mesmo tratando de temas pesados como a morte.
A história mostra os preparativos de um jantar, onde os quatro personagens discutem questões da vida cotidiana e principalmente as mudanças que todos passam, como as transformações, tendo como eixo condutor uma borboleta azul.

Grupo ponta grossense performa a peça a Borboleta na colina foto Yasmin Orlowski

 

Grupo ponta-grossense performa a peça a Borboleta na colina | Foto Yasmin Orlowski

 

Reflexões sobre a intensidade registrada na existência humana e a importância ao se observar o macro da humanidade são levantadas pelas personagens, através de um texto sutil, mas que carrega consigo uma vasta carga reflexiva.
“Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Falas como a citação filosófica ressaltam os diálogos sobre a ciências. Sem medo, a mostra aborda temas diversos e expõe o público a reflexão, em meio a sons e um ambiente construído em sintonia com a narrativa, materializando as falas das personagens.
Bem executada tecnicamente, a mostra se sustenta e transmite sua mensagem, resultando no público uma sensação de questionamento, tudo de uma forma leve, com humor sutil e bem encaixado no contexto e no desenrolar do espetáculo. No fim, as reflexões ficam e com elas a ideia de que somos passageiros e que estamos em constante transformação, por influência daqueles que conhecemos e daquilo pelo que passamos.

 


Por João Gabriel Vieira

 

Serviço:
Peça da Mostra do 49. Fenata: A Borboleta da Colina
Grupo: DIpHuso (Ponta Grossa, 2021)
Realização: UEPG; Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex); Diretoria de Assuntos Culturais (DAC) e Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância (Nutead).
Promoção: Festival Nacional de Teatro
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LlnFag9Vj44

 


 

CINEMA

 

Sintonia, uma série brasileira envolvente como a batida do funk

 

 

Novembro marca o lançamento da segunda temporada da série Sintonia na plataforma Netflix. A trama conta a história de Doni, Nando e Rita, um trio de amigos moradores da Vila Áurea, bairro fictício na periferia de São Paulo, que buscam realizar sonhos em meio às dificuldades impostas pela realidade que vivem. A primeira temporada saiu em 2019.
Doni sonha em ser um MC de sucesso e vai contra o futuro que os pais desejam na mercearia da família. Rita trabalha como vendedora ambulante e busca recomeçar a vida com apoio da igreja. E Nando almeja um cargo na facção criminosa ligada ao tráfico de drogas, que comanda o bairro onde as personagens moram. Apesar de trilhar caminhos diferentes, os três batalham juntos para conquistarem objetivos de vida, levando como lema “a família a gente que escolhe”.

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Da esquerda para a direita, os personagens Nando, Doni e Rita, protagonistas da série Sintonia. Crédito da foto: Netflix/ Divulgação.

 

Sintonia retrata a realidade nua e crua dos jovens que residem nas comunidades de São Paulo ao relacionar música, religião e crime. É uma produção envolvente desde o primeiro episódio. Com funks contagiantes escritos exclusivamente para o programa e um roteiro recheado de gírias usadas no dia a dia dos jovens paulistas, a série causa um sentimento de identificação até mesmo no telespectador, que nunca teve contato com uma comunidade. Afinal, não há um jovem que não carregue um sonho dentro de si. 
A segunda temporada chegou à Netflix em 4 de novembro, mesmo dia em que se celebra, no Brasil, o Dia da Favela. Em Ponta Grossa, a data foi comemorada pela Central Única das Favelas (CUFA), que distribuiu mais de 4.000 mil máscaras, frascos de álcool e 200 cestas básicas para moradores de comunidades carentes do município. Também foram oferecidos gratuitamente cortes de cabelo, aulas de capoeira e torneio de betes de rua para as crianças.
Sintonia retrata uma realidade não tão distante de Ponta Grossa. Segundo dados do Cadastro Único para Programas Sociais, mais de 13 mil pessoas vivem na linha da pobreza na cidade. As desigualdades sociais não existem só nos grandes centros. A favela, portanto, está logo ao lado. A pergunta que fica é: quantos sonhos ficam esquecidos dentro dela? E o que está sendo feito para que eles tenham uma chance de ser realizados?

 

Por Manuela Roque

 

Serviço:
Série: Sintonia
Criação: KondZilla Filmes
Temporadas: 2
Duração: Aproximadamente 40 minutos cada episódio (12 ep.)
Ano: 2019/2021
Disponível em Streaming: Netflix

 


 

GASTRONOMIA

 

Chocotone da Vanilla Doces é uma opção de presentes para natal

 

 

O natal está chegando! Faltam apenas 40 dias para a esperada festa familiar, que celebra o nascimento do menino Jesus. Após quase dois anos de pandemia, graças ao avanço da vacinação e a consequente flexibilização das normas de restrição, a expectativa é de que as famílias poderão se juntar presencialmente para comemorar.
E um dos produtos queridinhos do natal tanto para consumo, quanto para presentear são os panetones e chocotones! Cada vez mais, as docerias buscam se reinventar para deixar os produtos atrativos para os clientes. A loja de doces Vanilla Doces & Salgados existe desde 2020 e, nos dois anos em meio a pandemia, criou produtos voltados especialmente ao natal.
Em 2021, as donas Marianne Antunes e Giulia Vieira prepararam um cardápio especial de doces natalinos. O principal produto é o chocotone, que pesa 1,1 kg e está à venda nos sabores de ninho com nutella, kinder e strogonoff de nozes, pelo valor de R$79,90. Para quem quer/precisa economizar, os minis chocotones marcam presença nos mesmos sabores, porém com o peso de 220 gramas por R$24,90. Nesta opção, o produto vem em uma caixinha decorativa com um pingente e uma tag, em que o cliente pode escrever um bilhetinho.

 

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Chocotone sabor Kinder de 1,1kg da doceria Doces Vanilla

 

Nos mercados, os panetones também estão presentes. A diferença é que os recheios são limitados e não são decorados, com caixas e apliques natalinos, por exemplo. Nas principais redes de supermercados de Ponta Grossa, os panetones variam de valor de acordo com a marca e o peso. Como exemplo, o panetone da Nestle que, pesando 400 gramas, custa 34,98 reais, e o panetone da Arcor, pesando 530 gramas ao custo de 26,98 reais. O preço entre os produtos disponíveis no mercado e na doceria são semelhantes, ficando para decisão do consumidor qual o produto melhor se encaixa, se prefere algo bem elaborado, ou simples, de uma marca tradicional, ou artesanal.
A Vanilla Doces também possui no cardápio natalino opções de lembrancinhas para aqueles que querem economizar, mas não querem deixar o natal passar em branco. São os brigadeiros preto e branco, com apliques de formatos natalinos em chocolate, por 6,50 reais a unidade. E para encerrar o cardápio de natal, a loja tem a caixa com 6 doces em diversificados sabores, com apliques natalinos em chocolate, além de uma sacola, tag e pingente, por 22,90 reais. A outra opção de caixa tem 9 mini barras de chocolate ao leite e com pedaços de nozes por 25,90 reais.
“Feito para criar água na sua boca” é o principal emblema da loja de doces Vanilla Doces & Salgados. Os pedidos podem ser feitos pelo direct ou WhatsApp, através da conta no Instagram @ _docesvanilla

 

 

Por Yasmin Orlowski

 

Serviço:
Instagram Vanilla Doces & Salgados: https://www.instagram.com/_docesvanilla/

 


 

MIDIA REGIONAL

 

Página no Instagram pública jornalismo de dados através de infográficos

 

 

A página do Instagram “Infografando” foi criada no dia 29 de julho de 2020 pela acadêmica do então terceiro ano de jornalismo da UEPG, Denise Martins. Em sua primeira postagem se diz “apaixonada por jornalismo digital guiado por dados e infografia”. A página surgiu para reunir o trabalho produzido pela acadêmica no curso e para ampliar seus estudos em infografia através das publicações.
O foco da página é a produção de infográficos e jornalismo de dados voltados para a cobertura jornalística local, como também nacional. Um ponto interessante da página é ver a evolução das produções de Denise através das postagens, e o desenvolvimento de uma identidade visual em seus infográficos.

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Uma das postagens que representa a qualidade da cobertura jornalística local do Infografando, é a “Escala Kinsey aplicada à população paranaense para estimar o número de gays, lésbicas e transexuais no estado”, em que Martins publica três infográficos, aplicando a escala kinsey para estimar o número de LGBTQIA+ no Paraná. O interessante do infográfico está no uso de cidades paranaenses como comparação ao número de cada grupo existente no Paraná, facilitando a compreensão da dimensão destes grupos no estado para os leitores.
O ponto forte da página é sua capacidade de traduzir dados de difícil compreensão para o público geral, com uma linguagem visual esteticamente bonita e de fácil entendimento. Por exemplo a publicação sobre a quantidade de doses da vacina contra a covid aplicadas no Brasil, Denise utiliza de um gráfico para mostrar a disparidade entre aqueles que receberam a primeira dose e aqueles que receberam as duas doses. Ao visualizar os números no formato do gráfico é possível perceber a proporção da disparidade.
O jornalismo de dados produzido pelo Infografando é um exemplo da importância do trabalho jornalístico e de design para levar informações que de outra forma não chegariam à população.

 

 

Por Lucas Müller


Serviço:
Infografando no Instagram: @infografando

 


 

 

EXPOSICAO

 

Projeto Arte Sesc exibe ao público fotografias e poemas na Estação Saudade

 


Está aberto ao público na área externa da Estação Saudades o projeto Arte Sesc com exposições de poemas e fotografias. Escritos por autores de diversas idades, as obras reúnem coleções da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes. São mais 14 textos que junto a imagens e quadros formam um conjunto que exalta a beleza de Ponta Grossa, da região, da natureza, dos campos, do amor e de sentimentos carinhosos.
O poema ‘Jóia Nossa’, de Maria Helena Costa, exemplifica o retrato. “E, nesse momento, na festa das copas, cantando com brio, o vento faceiro saudou Ponta Grossa num doce assobio: Joia nossa!”. Homenageando a cidade e ao Parque Vila Velha, o texto tem formato da taça, cartão postal do município, chamando atenção de quem passa pelo caráter único à escritura.
Nas fotografias há espaços para a paisagem, a feição pelos traços do corpo humano, composições do pôr do sol e fotografia artística que faz quem passa pela estação parar e pensar sobre o que se passa na situação em que foi registrado o momento.

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Estação Saudades conta com exposições na área externa que valoriza obras locais e outras regiões do país. Créditos: Leonardo Duarte

 

Nas telas, as técnicas são mistas e muitos são quadros premiados. O ponta-grossense Marcelo Schimaneski possui três exposições. O quadro ‘Resistindo à modernidade’ foi premiado em 2010 na Bienal Naifs do Brasil . As pinceladas mostram casas de madeiras resistindo ao movimento de um pequeno centro urbano. Suas outras duas obras, 'Ovelhas' e ‘ O sabiá’ também foram premiadas, sendo o último em 2019 na Bienal Internacional de Art Naif Totem CorAção.
Os artistas não são somente de Ponta Grossa, o que gera espaços para ter um contato com a cultura massiva e plural que o país tem. Pelo projeto, o Sesc colabora com a diversificação artística ao trazer mostras públicas e de fácil acesso a todos, valorizando não só o ambiente cultural da Estação Saudades, mas também o lazer de quem passa pelo centro da cidade.

 

Por Leonardo Duarte


Serviços:
Exposição: projeto Arte Sesc
Localização: Estação Saudade