Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Cantora de PG conhecida por participar do The Voice Brasil lança primeiro EP
Legenda: Capa do EP Subverso de Isabela Huk I Foto: Reprodução
Lançado em abril de 2021, Subverso é o primeiro EP da cantora ponta-grossense Isabela Huk. O trabalho conta com 5 músicas inéditas e autorais, além de trazer a participação da cantora Bianca Hoffman, na quarta faixa do álbum. Pela conta no Spotify, Isabela destaca que passou a vida estudando música e que busca trazer canções autorais no cenário nacional.
Subverso inicia com a música “Não quero te ouvir”, que fala sobre ser livre e quebrar padrões para ser você mesmo. Em seguida, a faixa “Ausência” aborda a falta de alguém. A terceira faixa, intitulada como “Sinais”, traz uma sonoridade calma e com muitos vocais da cantora. Na quarta faixa do trabalho, Isabela divide os vocais com Bianca, que completa a música com um rap. A última canção, que traz o nome de “Lugar Algum”, é a maior faixa do EP e se caracteriza pela sonoridade calma.
A música “Não quero te ouvir” ganhou um clipe lançado em maio no Youtube. Nele, Isabela aparece triste no começo, com cenas em preto e branco. Porém, logo tudo ganha cor, mostrando a cantora feliz quando canta a própria aceitação. Algo interessante no trabalho de Isabela é que o estilo das músicas combina com a voz da cantora, o que causa uma vontade de querer ouvir e procurar outros trabalhos musicais.
Isabela ficou conhecida nacionalmente em 2016, quando participou da quinta temporada da competição The Voice Brasil, onde apresentou a música “Vapor Barato”. A cantora integrou o time de Lulu Santos, mas acabou eliminada na fase das batalhas. As apresentações estão disponíveis no canal oficial do programa no Youtube.
Por Deborah Kuki
Serviço:
EP: Subverso
Cantora: Isabela Huk
Disponível em: https://youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_mJck5AVZ3f-JVSz0zqBODsH1LFymfr5JA
Exposição virtual registra 50 anos de extensão da UEPG
A foto Euzinho III, de Valdir Heitkoeter de Melo Junior, é uma das imagens premiadas pelo concurso.
A exposição virtual de fotografias, “50 anos de extensão: perspectivas de futuro'', apresenta a história e a memória dos programas e projetos de extensão que fazem parte do acervo fotográfico da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com o objetivo de valorizar os registros ao longo dos 50 anos dos projetos.
Em comemoração a data, a mostra traz diferentes reflexões e perspectivas de futuro, a fim de promover debates sobre a contribuição das práticas extensionistas para a formação acadêmica e profissional de estudantes. Temas como cultura, inovação, tecnologia, trabalho e saúde fazem parte da ação. Ao todo foram apresentadas 17 fotografias no concurso, sendo três premiadas e uma com menção honrosa.
A fotografia que ganhou o primeiro lugar é de Valdir Heitkoeter de Melo Junior, do projeto de extensão Laboratório e Núcleo de Pesquisa em Mídia e Educação (LUME). Com o título de Euzinho III, a foto de 2017 mostra os alunos da periferia da cidade de Telêmaco Borba que vieram até a UEPG para participar de um concurso e ver os trabalhos em exposição . Mesmo sendo um retrato em preto e branco, o fotógrafo conseguiu transmitir a felicidade dos alunos ao exibirem seus troféus.
Para conferir as outras fotografias premiadas e as inscritas no concurso, basta acessar o site da Pró- Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex). O projeto conta com a curadoria de Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Bosoi, professoras da UEPG e é organizado por Adriana Rodrigues Suarez e Ariadene Caillot.
Por Larissa Godoi
Serviço:
Exposição: 50 anos de extensão: perspectivas de futuro
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Bosoi
Organização: Adriana Rodrigues Suarez e Ariadene Caillot
Pista de skate em Olarias reúne esporte e diversão
A pista localiza-se entre a avenida dos Vereadores e a rotatória, próximo da sede da OAB/PG
Um espaço que integra atividades esportivas e lazer! A pista de skate Quadrinha foi inaugurada no complexo esportivo da Arena Multiuso em 2019. Desde a abertura o espaço já foi palco de diversos eventos esportivos, principalmente de skate. A localização central da pista contribui para o movimento de jovens e até mesmo famílias que visitam o local no dia-a-dia.
A pista conta com 11 obstáculos de concreto e 900 metros quadrados. O que deixa o visual do local diferenciado é a arte urbana que toma conta não só da pista como também da arquibancada que fica ao lado. O local também possui iluminação para que os usuários da pista possam usá-la durante a noite.
Quem utiliza o espaço conta com a vantagem da proximidade da pista com um supermercado, que fica a aproximadamente 600 metros de distância do local. Na realidade não é raro ver jovens exaustos de tanto andarem de skate indo comprar lanche no mercado. O local pode ser considerado seguro tendo em vista que não existe somente a pista, ali também se encontram: uma quadra de basquete, quadra de vôlei, quadra de futebol e ainda uma mini pista de skate separada da pista principal.
O espaço oferece lazer não somente para os skatistas, mas também para todos que procuram algum lugar para passar tempo ou praticar esportes. A localização do espaço contribui para o fácil acesso, até mesmo de carros que usam o estacionamento que fica ao lado da pista. A Quadrinha localiza-se na Rua Maria Rita Perpétuo da Cruz, em Olarias.
Por Levi de Brito
Serviço:
Pista de skate Quadrinha
Rua Maria Rita Perpétuo da Cruz, Olarias
A história do quilombo na visão de Carolina Maria de Jesus
A importância de Carolina Maria de Jesus no meu Quilombo, texto da autoria de Ligiane Ferreira, é uma palestra que relaciona a apresentação entre as histórias que o pai da autora (Wilson Ferreira) contava e a vida de Carolina Maria de Jesus.
Wilson Ferreira era um homem negro que cresceu e viveu até se casar no Quilombo Colônia Sutil, que fica entre Ponta Grossa e Palmeira. Ele sempre fazia questão de visitar a família que ainda morava lá, fazendo percurso de bicicleta, debaixo de sol e chuva.
A história muda quando, em 2018, o pai de Ligiane adoece e teve como último pedido a vontade de voltar para casa, sendo enterrado na Colônia Sutil junto com a mãe. A palestrante conta que a cerimônia foi linda, com um coro de moradoras do quilombo. Foi, então, nesse momento que ela percebe que aquela também era sua casa. “Esse é meu povo,minha história e narrativa”, conclui a autora.
Nesse momento da apresentação, Ligiane conta um pouco da história de Carolina Maria de Jesus, autora de várias obras, sendo a mais conhecida “Quarto de despejo: o diário de uma favelada”. Carolina nasceu em Sacramento (MG) em 14 de março de 1914 e teve a infância na área rural com um povo muito simples. A menina betita, seu apelido, tinha apenas dois anos de escolaridade e era obrigada a trabalhar como empregada na casa de um médico de São Paulo. No local, a autora teve contato com uma biblioteca que havia na casa e permaneceu lá até que engravidou de sua filha Vera Eunice.
A autora teve a obra descoberta por um jornalista que visitou a favela onde morava. Carolina Maria de Jesus passou fome, recebia pouco e o que conseguia comprar com o dinheiro era inteiramente para os filhos comer. Admirada por Clarice Lispector e ignorada por Jorge Amado, Carolina faleceu aos 62 anos de insuficiência respiratória.
Ligiane Ferreira, ao criar A importância de Carolina Maria de Jesus no meu Quilombo, objetiva mostrar como Carolina Maria de Jesus simplificou e exemplificou através das experiências pessoais a história do próprio pai. Ambos negros, humildes e com histórias para contar, mas que não tiveram oportunidade ou não foram reconhecidos em vida. Wilson Ferreira viveu a fome de Carolina e, assim como ela, deixou uma das coisas mais importantes para os filhos: o estudo. “Eu quero que nasçam mais Carolinas e que elas resistam”, finaliza a palestra. O trabalho de Ligiane Ferreira conta com apoio do edital público Culturas Populares, através do Conselho Municipal de Política Cultural de Ponta Grossa em 2021.
Crítica por Ana Paula Almeida
Serviço:
Palestra A importância de Carolina Maria de Jesus no meu Quilombo
Realizada por Ligiane Ferreira