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Crítica de Ponta

Produdizo pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 

 

 

CINEMA

Mães Paralelas discute maternidade e marcas da ditadura na Espanha

 

Qual a importância de se conhecer o passado e a própria origem? É em torno dessas questões que o recente trabalho de Pedro Almodóvar, Mães Paralelas, gira. A princípio, o longa parece ser somente um filme sobre duas mães que têm as crianças trocadas, mas à medida que a trama avança percebe-se a vontade do diretor de pensar sobre a importância da genealogia.
O filme tem aproximadamente duas horas de duração e conta com Penélope Cruz (Piratas do Caribe) no papel de Janis, uma das personagens principais. O filme aborda duas mães solteiras que se conhecem quando estão prestes a dar à luz. Enquanto uma é jovem e mais “inocente” a outra é madura e empoderada.

Imagem filme Levi

O filme é distribuído na América Latina exclusivamente pela Netflix | Foto: divulgação.

O longa prende a atenção não somente pela trama das mães, mas também pelo pano de fundo que aborda uma das diversas consequências do regime político ditatorial que vigorou na Espanha entre 1939 e 1976, o Franquismo. Janis (Penélope Cruz) está decidida a encontrar os restos mortais do bisavô, que foi sequestrado e morto pela ditadura espanhola.
No Brasil o 31 de março é considerado, até hoje como um dos dias sombrios da história brasileira. Foi em 31 de março de 1964, há 57 anos, que iniciou a ditadura militar. Por isso a data é um momento para “descomemorar” o golpe de 64. O filme de Almodóvar tem apelo atual, sincero e lembra a importância de ligar o passado, mesmo que seja triste e até mesmo sangrento.

 

Por Levi de Brito

Serviço:
Filme: Mães Paralelas
Direção: Pedro Almodóvar
Disponível em: Netflix
Duração: 2 horas
Data de lançamento: 18 de fevereiro de 2022 (Brasil)


 LITERATURA

Ebook gratuito reúne dramaturgias escritas por ponta-grossenses

 

Crítica Literatura Matheus

Projeto tem incentivo do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (Promific) | Foto: Reprodução/Ateliê Criativo

É comum associar a palavra ‘dramaturgia’ às apresentações de teatro e até mesmo às telenovelas, bastante consumidas no Brasil. Em Ponta Grossa, as dramaturgias tiveram destaque durante o Festival Nacional de Teatro de 2020. Naquele ano, o Fenata foi transformado em um concurso de textos dramatúrgicos. Ainda hoje, esse formato de produção escrita movimenta o cenário das artes cênicas na cidade.
Lançado em dezembro do ano passado, o ebook Ensaios Dramatúrgicos reúne 10 dramaturgias escritas por participantes do Laboratório de Estudos em Dramaturgia Teatral (LEDT), projeto vinculado ao Ateliê Criativo. O livro digital foi organizado pelo ator e diretor Gabriel Vernek e tem curadoria de Ligiane Ferreira e Fernando Meira.
As peças abordam diferentes temáticas, como tradições indígenas-brasileiras, violência doméstica, Alzheimer e histórias de vida dos escritores e escritoras. Ao folhear as 130 páginas do ebook, o leitor tem a oportunidade de conhecer a estrutura de um texto dramatúrgico, desde as falas das personagens, a descrição dos cenários, até as orientações para o comportamento em palco. Por meio destes detalhes, também é possível se sentir em cena, quase como se fizesse parte da história.
Quem não está inserido no campo teatral, dificilmente irá consumir e ter familiaridade com a escrita dramática. Para quem tem curiosidade pela área, o ebook Ensaios Dramatúrgicos é um caminho para se aproximar desse formato de produção textual. Apesar da presença de elementos técnicos, a escrita simples facilita a compreensão das dramaturgias e da dinâmica das peças.

 

Por Matheus Gaston

Serviço:
Ebook Ensaios Dramatúrgicos
Organização: Gabriel Vernek
Realização: Ateliê Criativo
Editora e projeto gráfico: ABC Projetos Culturais (Ponta Grossa, 2021)
Disponível em: encurtador.com.br/hyEW4


MUSICA

Projeto com música desperta lado artístico de crianças de PG em vulnerabilidade social 

 

Desde 2016 o projeto Música Para Todos leva atividade cultural às crianças amparadas pela Vara da Infância e Juventude de Ponta Grossa. A partir do programa, que conta com parceria da Batukarte, as crianças e adolescentes que estão em vulnerabilidade têm acesso a aulas de violão, teclado, flauta doce e percussão. Crianças a partir dos 5 anos de idade e adolescentes até os 18 anos são bem vindas a participar do projeto. A iniciativa disponibiliza ainda os instrumentos usados nas aulas para que os alunos tenham a opção de treinar e praticar o que aprenderam fora das salas de aula.

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Projeto Música para Todos retorna em 2022 de maneira presencial | Foto: Divulgação

Lançado nas dependências do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, CRJUSC em Ponta Grossa, o programa torna possível o contato das crianças com o mundo artístico e cultural. A formação musical, além de ajudar na educação criativa, é uma ferramenta para desenvolver o olhar social dos alunos e ainda é considerado terapêutico. As aulas são realizadas no Centro da Música, ao lado da Biblioteca Pública Municipal Profº Bruno Enei, e tem incentivo do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (Promific).
Outro ponto que destaca a relevância do projeto nos jovens participantes é a possibilidade de um trabalho futuro. O Música Para Todos busca divertir e entreter as crianças e adolescentes e também capacita para que eles tenham opções de áreas no futuro, quem sabe seguir no setor musical.

 

Por Tayna Lyra

Serviço:
Angela - Assistente Social do projeto: (42) 3309-1794
Centro de música: 3220 - 1000
Endereço: R. Operários, sn - Olarias, Ponta Grossa - PR, 84035-210
Crianças: A partir dos 5 anos
Adolescentes: Até os 18 anos


 EXPOSICAO

Projeto revive memórias em fotos de PG

 

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Luiz Bianchi (1876-1943), fundador do ateliê Foto Bianchi, em um autoretrato | Reprodução: Instagram Fundo Foto Bianchi (@fundofotobianchi)

Um achado para os amantes de fotografia e também de história. O Fundo Foto Bianchi é um projeto proveniente dos arquivos da família Bianchi que envolve caixas de negativos, objetos, cadernos de anotações e documentos relacionados ao atêlie Foto Bianchi, em Ponta Grossa. O nome do acervo deve-se ao fato de que não foram encontrados registros feitos por outros fotógrafos, além de Luiz, Rauly e Raul Bianchi. Localizado na Casa da Memória Paraná, o FFB é um dos maiores fundos do gênero no Brasil.
Atualmente, as chapas de vidro do ateliê Bianchi estão sob responsabilidade da Casa da Memória Paraná - Fundação Municipal de Cultura e algumas das fotos podem ser visualizadas pelo perfil oficial do Fundo. É possível também conhecer o acervo pelo site do Museu Campos Gerais, acessando os vários cadernos de Bianchi.

Com crescente recepção pelo público virtual, o projeto conta com um perfil no Instagram. Com 700 seguidores, os arquivos de 1911 a 1973 podem mostrar para mais pessoas as mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas ocorridas durante o período na Cidade. O material do acervo mostra a evolução da fotografia no século XX desde os equipamentos até a forma de trabalhar.
As fotografias, que contam o dia a dia e o trabalho da família Bianchi, carregam uma parte da história dos Campos Gerais.. Fotografias de eventos, momentos comuns e prédios da região são representadas na visão dos três fotógrafos. Luiz Bianchi foi um dos primeiros fotógrafos a se instalar na cidade e iniciou a carreira no município da Lapa (cerca de 100 km de PG) e parte do acervo foi vendido para a prefeitura de Ponta Grossa em março de 2001.

 

Por Ana Paula Almeida

Serviço:
Fundo Foto Bianchi - Casa da Memória Paraná
R. Cel. Dulcídio, 1085 - Centro de Ponta Grossa
Visitas/Pesquisas devem ser agendadas por telefone: (42) 3220-1000
Segunda a sexta das 9h às 17h


 MIDIA REGIONAL

Portal Boca no Trombone oferece espaço ao público com jornalismo participativo

 

Colocar a “boca no trombone” pode ter vários significados. Desde denunciar algo que não está certo, revelar algo que se saiba para todos, contar uma novidade ou ainda falar sobre um assunto que as outras pessoas não têm coragem de opinar. E é com os diversos significados que trabalha o portal de notícias Boca no Trombone.
O BNT, como também é conhecido, tem como característica principal o jornalismo participativo. Na apresentação, o portal afirma que busca “ouvir as pessoas nas suas diferentes demandas, expectativas, problemas e compartilhar com elas a esperança por solução, a fé em dias melhores”. Com foco de público em Ponta Grossa, que representou 72% da audiência em 2021, o portal também traz notícias da região dos Campos Gerais, do Paraná e do Brasil.

Crítica Mídia Regional Deborah

Logo do Boca no Trombone disponível no perfil do Facebook

Uma característica interessante no site é a produção de vídeos. O portal apresenta entrevistas exclusivas e transmissões ao vivo sobre diversos temas. Além disso, ao cumprir com a proposta do nome que traz, o BNT recebe material da audiência para produzir as matérias. Um exemplo é a notícia sobre as fortes chuvas e a dificuldade para transitar dos moradores do bairro Gralha Azul, em Ponta Grossa. O material foi enviado ao portal por uma moradora do bairro, que testemunha a situação do local.
As notícias no portal são diárias e informam desde o entretenimento, previsão do tempo, vagas de emprego até matérias hard news, com teor político e policial. Além do site, o Boca no Trombone possui página no Facebook, Instagram, Twitter e grupos no WhatsApp. O envio de material para matérias do portal pode ser feito por qualquer uma das redes.

 

Por Deborah Kuki

Serviço:
Portal Boca no Trombone
Disponível em: https://bntonline.com.br/


 GASTRONOMIA

De origem holandês, e com nomes regionais, cookies fazem sucesso em PG

 

Crítica Gastronomia Larissa Godoi

Os famosos cookies existem desde o século XVII. A palavra vem do holandês e significa “pequeno bolo”. O bolo era utilizado para testar a temperatura do forno antes de inserir o bolo final.
Porém, o que se conhece atualmente com gotas de chocolates e diversos outros recheios, foi criado em 1930. A receita americana leva farinha de trigo, açúcar granulado, açúcar mascavo, manteiga, ovo, bicarbonato de sódio ou fermento químico, baunilha e o mais importante: gotas de chocolate.Com unidades em diversas cidades, a empresa My Cookies criou uma receita inovadora inspirada no cookie americano. O biscoito é crocante por fora e macio por dentro.
Em Ponta Grossa, para atrair os clientes, a marca criou combos especiais com as gírias conhecidas na cidade. O combo “Pia de prédio” possui quatro cookies premium, o All Black, Nutella Velvet e o de Trufa com Amêndoas. No combo “Jaguara” o cliente pode optar por 6 cookies. O combo “Pia pançudo” oferta oito sabores, mas o cliente pode escolher seis. E, enfim, no combo “La vai borduada”, são oferecidos cookies tradicionais, clássicos, premium, brookie ( brownie com cookie), brownie e bebida.
Os preços unitários do biscoito variam entre R$6 e R$12, já os combos estão em volta de R$38 a R$85, conforme as escolhas.
A equipe de reportagem do Crítica de Ponta adquiriu cinco sabores diferentes para experimentação e análise do serviço: doce de leite, ninho, dark, oreo e brigadeiro. A companhia possui variedades de produtos artesanais no cardápio, e todos chegaram quentes e crocantes. A empresa está localizada no Shopping Palladium e também faz entregas pelo delivery do IFood, ao custo de R$10 o serviço.

 

Por Larissa Godoi

Serviço:
Empresa: My Cookies
Custo de entrega: R$10.
Valor dos produtos: consultar informação disponível no Instagram: https://instagram.com/mycookiespontagrossa?utm_medium=copy_link