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CRÍTICA DE PONTA

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura de Ponta Grossa para você! 

 

mídia regional

Após morto, nem o texto ressuscita 

FOTO IMPRENSA 1

Créditos: Reprodução

 

 

FOTO IMPRENSA 2

Créditos: Reprodução

 

Ponta Grossa é uma cidade grande, com uma imprensa centenária e atuante. A existência de duas faculdades de Jornalismo informa que há bons profissionais disponíveis no mercado. Após essas constatações, não há o que justifique a forma como os títulos são redigidos. Exceto a tentativa de fazer com que a palavra signifique o que não significa. Afinal, após sempre foi depois, nunca no momento.

Após morto, nem o texto ressuscita. O uso abusivo e errôneo de algumas palavras, tentando dar-lhes um sentido que não possuem, destrói a manchete. Já a criatividade morreu antes de nascer. Ou, como diria a manchete: Criatividade nasce após morrer.

Por Eder Carlos 

 

 

gastronomia

Nem só de queijo e álcool vive o vegetariano

FOTO COMIDA 1

Créditos: Catharina Iavorski

 

Ao som de uma boa música e de um ambiente aconchegante, o Phono Pub consegue entregar um cardápio diversificado, principalmente para os vegetarianos e veganos que além de beber, querem comer bem. Com três opções de porções vegetarianas e um lanche, o Pub tem como base do seu cardápio o grão de bico e o queijo, tendo pastéis de queijo, dadinhos de tapioca com queijo coalho e nuggets de grão de bico, todos acompanhados por geleia de pimenta ou maionese vegana. 

A porção de dadinho de queijo coalho crocante por fora e macio por dentro entrega tudo com a geleia de pimenta e é ideal se acompanhado com um quentão. Tendo uma opção pequena com cinco unidades e outra com doze. A segunda, é ideal para duas pessoas. Para acompanhar, os nuggets de grão de bico são bem temperados e muito parecidos com os tradicionais nuggets de frango e a maionese que acompanha que é feita de grão de bico, azeite, sal e limão deixa a porção bem leve e saborosa. As porções variam de R$ 12,00 a R$ 25,00, dependendo do preço e da quantidade que o cliente deseja. 

FOTO COMIDA 2

Créditos: Catharina Iavorski

 

Já o lanche, tem como recheio os nuggets de grão de bico, alface, tomate, picles e maionese. Num comparativo, o lanche se aproxima muito do sabor e da textura do "Chicken" feito no Jerônimo Burguer ou até mesmo do lanche de frango da franquia Burguer King. Então mesmo quem come carne, se quiser experimentar algo vegetariano ou vegano, não vai sentir tanta diferença. O lanche custa R$19,00 e fica muito saboroso se acompanhado com uma cerveja gelada. 

É um lugar onde os pratos estão na média de preço dos bares e pubs da cidade em relação aos vegetarianos e veganos, já que tem outros lugares na cidade que cobram mais caro por essas opções. Além disso, o atendimento, o ambiente e a música conseguem completar a experiência de quem quer sair para beber, se divertir e ainda comer bem, mesmo não comendo carne ou produtos de origem animal. 

Serviço

O Phono Pub fica na Rua Doutor Penteado de Almeida, 158, na lateral da UEPG Campus Central e funciona de terça-feira a domingo das 17 horas até a meia noite. Para contato é só ligar para (42) 99127-6569 ou entrar no instagram @phonopub.

Por Catharina Iavorski

COMPORTAMENTOO consumo de Vapes entre a alternativa e a necessidade 

FOTO VAPE

Créditos: Lucas Ribeiro

 

O cigarro eletrônico é um aparelho que simula o tabagismo. Popular entre jovens, os dispositivos são utilizados principalmente para substituir o cigarro convencional e também o consumo da nicotina. 

O uso do cigarro eletrônico tornou-se uma alternativa ao do cigarro convencional entre jovens no país. Conhecido como vape ou POD, o aparelho leva uma bateria e um depósito onde são despejados líquidos contendo nicotina e outras substâncias, aquecidas e inaladas através de uma saída. 

O uso do cigarro eletrônico entre jovens aumentou durante a pandemia, como consta no relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), onde um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos fazem o uso do cigarro eletrônico. Esse aumento ocorre principalmente pela vontade de substituir o cigarro convencional. Nessa troca, o usuário inicia um processo de diminuição do uso da nicotina.

O processo para se livrar do tabagismo nem sempre dá certo, já que os cigarros eletrônicos também contém alta quantidade de nicotina, que pode ser diminuída aos poucos, mas na prática não é isso que ocorre. Além da diminuição da nicotina, o cheiro do cigarro tradicional também  motiva a troca pelo cigarro eletrônico, que não deixa um cheiro desagradavél.

O uso do cigarro em festas e baladas também ocorre pela influência de amigos e conhecidos que já usam o aparelho. Quem não costuma consumir passa a usar os vapes após sentir curiosidade, experimentar o gosto das essências ou a sensação de utilizar os cigarros eletrônicos junto a amigos. Quem consome o produto com mais frequência, apesar de destacar os benefícios do seu uso, normalmente não recomenda para aqueles que não tem o hábito de fumar, pelo risco da pessoa se tornar dependente da nicotina. 

A importação, comercialização e propaganda dos aparelhos são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, mas não é difícil encontrar lugares ou pessoas vendendo os produtos. As essências, conhecidas como “juice”, também são de fácil acesso. Elas variam de sabor e preço, de acordo com que o usuário deseja consumir. Apesar de durarem mais que uma cartela de cigarro, o uso de cigarro eletrônico não representa uma melhora no bolso desses jovens, já que os preços altos das essências equivalem à compra de várias cartelas de cigarro ao longo do mês, principalmente para aqueles que consomem alta quantidade de cigarros.

Por Lucas Ribeiro 

GIROS URBANOS

Nem só de festas, bares e saídas vive o universitário

Gorillaz

Créditos: Victória Sellares

 

A vida de quem mora nas redondezas da UEPG campus central aos finais de semana é movimenta por conta das diversas opções de lugares para ir. Aqui, tem desde lanchonetes, pizzarias, barzinhos universitários até casas noturnas. Todos esses lugares são do jeito que o universitário gosta: bom e barato. No estabelecimento rola uma música, a comida e a bebida são boas e dá para juntar todos os amigos para aproveitar a noite. 

Mas essa diversão toda dura apenas os dois dias do final de semana. O difícil mesmo é o dia a dia e como sobreviver no básico morando no centro. A padaria – aquela que tem o nome de um pão – até que é perto, mas não pode se enganar dizendo que o preço do que é vendido no lugar cabe no orçamento da maioria dos estudantes que moram na região. Quanto as farmácias, não dá para reclamar pela falta, pois é até um exagero a quantidade que tem. Se for preciso comprar algo para a sua alimentação, produtos de higiene ou de limpeza em um supermercado, se prepare para andar, pois o mais próximo fica cerca de um quilômetro de distância da Universidade e nem sempre tem o que você procura. 

Para suprir as necessidades básicas morando nessa região privilegiada da cidade é preciso se empenhar um pouco e ir em um bairro mais próximo para encontrar supermercados com uma grande variedade de produtos, padarias com um preço acessível e restaurantes que vendem marmitas que salvam muito em dias que acabou a comida em casa. Nesse caso, a salvação para esses dias está ao alcance. Uma possibilidade de lugar para realizar uma alimentação adequada perto da UEPG campus central é o Gorillaz Universitário que serve prato feito a quinze reais e o restaurante Vó Coruja realiza delivery de marmitas e o preço varia de doze a dezessete reais. 

O Gorillaz atende de segunda a sábado das onze da manhã até às duas horas da madrugada na rua Riachuelo, número 514. Outra opção é o restaurante Vó Coruja que aceita pedidos das marmitas pelo whatsapp apenas de segunda a sábado das onze da manhã até duas horas da tarde. E vale lembrar que os dois lugares são daquele jeito que eu falei no começo: bom e barato.

Por Maria Eduarda Ribeiro

 

 

MUSICA

Uma lacuna no rock regional


cadilacdinossauros Foca Foto João Paulo BacchiegaCréditos: João Paulo Bacchiega

 

“Eu vejo que Ponta Grossa tem muito a perder. Eles chegaram em lugares que você não imagina que um músico da região possa chegar. Como fã sinto um orgulho imenso do caminho que percorreram”. “A Cadillac  mostrou que há qualidade sonora fora da capital, suas músicas me trazem reflexão acerca do mundo. É isso que os faz únicos”. “As composições são de extrema inteligência, nosso estado perde uma grande banda que ultrapassou as fronteiras dos Campos Gerais, se apresentando em vários outros estados. Não há opções equivalentes”.

Estas são as declarações de fãs ponta-grossenses da banda Cadillac Dinossauros, a designer Juliana Veiga, a cantora de rock Jéssica Amanda e a enfermeira Letícia Duarte, acompanharam a trajetória musical do grupo durante 7 anos, e juntam-se aos sentimentos de centenas de fãs que vivenciam seu fim, após 16 anos de carreira.

Com 5 discos e 8 videoclipes gravados, a despedida publicada no Instagram ressalta acontecimentos marcantes do grupo, a importância do público consolidado ao longo dos anos e a data do último show, que aconteceu em 22 de maio. 

As composições estruturadas, com grandes críticas sociais e reflexões políticas, cativaram o público de uma forma única. Com ironia e humor ácido, a Cadillac Dinossauros foi pioneira no cenário da música alternativa na cidade e é grande incentivadora de novos grupos e projetos musicais, permitindo que o legado continue. 

Para aqueles que vibraram ao som da banda no saudoso Sexta às Seis, eternizaram trechos das músicas na pele e se emocionaram com os arranjos instrumentais, o grupo deixará uma eterna lacuna no rock em Ponta Grossa, e a singularidade de cada integrante não poderá ser preenchida.

As memórias e a história da Cadillac permanecerão sempre vivas no imaginário daqueles que a conheceram. E aos novos fãs, resta a curiosidade e a experiência de vê-los tocando ao vivo. 

Serviço

A banda está disponível nas plataformas Spotify, Deezer e Youtube. E nas redes sociais @cadillac_dinossauros.

Por Valéria Laroca

 

CINEMAMicrodocumentário retrata belezas da Escarpa Devoniana 

ESCARPA 1

Créditos: Reprodução - Projeto EspeleoPiraí

 

O potencial ecológico e turístico da Escarpa Devoniana é novamente valorizado, agora com uma série de microdocumentários. O produto é um dos primeiros resultados do projeto EspeleoPiraí, que estuda o patrimônio espeleológico arenítico da Escarpa Devoniana. A Escarpa é uma área de preservação do Estado do Paraná, mas em anos recentes teve sua área questionada por organizações e empresas ligadas ao agronegócio.

O micro documentário levanta a importância de se realizar pesquisas em locais como a Escarpa Devoniana, com vistas à preservação da  vegetação e animais, além da história, com a revelação de pinturas rupestres encontradas nas cavernas e abrigos da região.

O projeto EspeleoPiraí é coordenado pelo Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE), fundado em 25 de agosto de 1985 em Ponta Grossa, e que trabalha com preservação, prospecção e topografia das cavernas da região. O projeto EspeleoPiraí  conta com financiamento do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV-ICMBIO), órgão do Ministério do Meio Ambiente.  O objetivo dos pesquisadores é realizar um inventário espeleológico, arqueológico, biogenético e cultural da região.

Neste primeiro episódio, pesquisadores comentam sobre a iniciativa e a importância de se estudar o patrimônio espeleológico arenítico da região. Por falar sobre temas importantes, como a Escarpa Devoniana, a produção se mostra bastante interessante e revela aspectos mais profundos dos Campos Gerais. Com imagens de drone e tripé, o documentário explora imagens muito bonitas, mas esquece de mostrar algumas informações importantes sobre os locais apresentados na produção, como localização das cavernas e se elas são abertas a visitação do público em geral, o que pode causar confusão para aqueles mais desatentos.

Por Heryvelton Martins