Crítica de Ponta no Rádio Logo

CRÍTICA DE PONTA

Produzido pelo terceiro ano de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor sobre a cultura da cidade de Ponta Grossa.

 

Pontagrossenses têm pouco contato com quadrilhas juninas

Foto: Gildo Antonio/Acervo Lente Quente

Assim que o mês de junho chega, as festas juninas logo começam a ser organizadas por todo país. A dança é parte importante das celebrações, sendo a quadrilha o principal estilo. Original da Inglaterra no século XIII, a quadrilha foi disseminada por todo o mundo até que atingiu o Brasil, um século depois. A  popularização começou entre a nobreza, até que conquistou toda a população. Mais tarde, a quadrilha se tornou uma dança em forma de agradecimento a santos populares como São João, Santo Antônio e São Pedro. Assim, as quadrilhas passaram a ser parte essencial nas festas juninas.

Existem alguns elementos que compõem a quadrilha, como a dança em pares, vestimenta “caipira” – com diferentes texturas e cores – e um ritmo dançante, como forró ou baião. Apesar de popular em todo o Brasil, não existem muitas opções para que a população pontagrossense possa conhecer, assistir e prestigiar a dança.

Em Ponta Grossa, os locais que geralmente organizam festas juninas contando com quadrilhas estão fora do perímetro urbano, em chácaras ou clubes fechados, por exemplo, ou no centro, longe das periferias. Quem gosta de acompanhar a tradicional dança precisa percorrer grandes distâncias, além de pagar ingressos com preços altos demais para o lazer da população. Em escolas públicas e particulares, as festas juninas também são organizadas, sendo uma alternativa para aqueles que desejam participar da tradição. Porém, na questão da dança, é voltada apenas para os estudantes da instituição, e não para comunidade geral. As opções de festas juninas abertas ao público são escassas, com foco apenas na gastronomia. A dança, apesar de ser uma parte essencial para as festas juninas, está disponível apenas para parte da população.

Até 2018, a Prefeitura de Ponta Grossa organizava o evento “Arraiá da Estação”que, além de oferecer gastronomia e música para todos, também oferecia uma pista de dança para quem quisesse participar, além de quadrilhas coreografadas para os espectadores. Porém, o evento não faz mais parte da agenda cultural da cidade, deixando de ofertar uma das únicas oportunidades da população geral conhecer e participar de quadrilhas juninas de forma gratuita.

 

Por Maria Luiza Pontaldi

 

Serviço

População tem poucas opções de festas juninas acessíveis a todos, dificultando o contato com as tradicionais quadrilhas juninas. O Cultura Plural organizou um roteiro com algumas celebrações em Ponta Grossa e região. 

 

Um ‘jornal’ pautado por assessoria de imprensa?

Foto: Reprodução

Portais diários de notícias em Ponta Grossa registram uma frequente presença de matérias de assessoria de imprensa institucional para atualizar o site. Fazer Jornalismo, na história e prática profissional, exige apuração, criação de pautas e visão de trabalho específico das rotinas e empresas de mídia. Por isso, a simples republicação de matérias prontas de assessoria, sem mudanças na estrutura e sequer complementação, deixam sob suspeita a autonomia jornalística.

Um levantamento do Crítica de Mídia junto ao site do Jornal Diário dos Campos, ao longo do dia 24 de junho de 2022, aponta que, das 20 matérias publicadas da meia noite (00:01’) até às 18h30, oito eram de assessorias. Para fazer a marcação, foi visualizado o codinome supostamente autoral publicado pelo próprio portal: ‘das Assessorias’ e os nomes das empresas divulgadas nas matérias. Entre os temas presentes, destacam-se as realizações da Prefeitura de Ponta Grossa e o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), organizado pela 5a Cia do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária, da Polícia Militar. Além disso, três matérias ocupam o espaço de divulgação de eventos e acontecimentos, indicadas como da ‘Redação’ e ‘Cidades’.

Considerando que o jornal publica matérias no site DCMais de segunda-feira a sábado, mantendo um padrão na quantidade de publicações, pode-se calcular aproximadamente 48 matérias de assessorias por semana, sem contar as que não identificadas como ‘assessoria’. Percebe-se, assim, uma escolha (ou seria falha?) na produção de matérias do site que, ao preferir quantidade ao invés de qualidade, corre o risco de apenas publicar notícias de outras pessoas sem a devida apuração editorial e nem mesmo apresentar informações contextuais e com outras versões sobre o assunto.

 

Por Tamires Limurci

 

Serviço

Portais locais produzem jornalismo ou priorizam divulgação de assessorias? Confira análise exclusiva do Crítica de Ponta.

https://dcmais.com.br/ 

 

Sopa servida no pão é opção aos dias frios nos Campos Gerais

Foto: Isadora Ricardo

Com a chegada do frio, nada melhor que comidas quentes para se aquecer. Polenta, caldos e massas são receitas indicadas para o inverno, mas o tradicional prato de sopa é sempre o preferido! Em Ponta Grossa, o Espaço Domein oferece novidade em sopas artesanais servidas em pães de fermentação natural. Com padaria própria, todas as refeições servidas no pão italiano são produzidas no local.

O espaço oferece noites de sopa a partir das 18h, de terça à sábado, e é uma boa opção para quem quer conhecer um local aconchegante, com música ambiente agradável e comidas gostosas. O restaurante ainda conta com uma varanda e deck a céu aberto mas, se devido ao frio o cliente optar pelo ambiente fechado, o espaço interno é amplo e confortável.

A combinação das sopas servidas em pães é criativa e motivadora. A sugestão é cortar o pão e molhar na sopa, ou então tomar a sopa e depois experimentar o pão, que terá absorvido o molho e fica com sabor agradável. O pinhão, comida típica da região Sul, é uma das combinações de prato. Servido junto com batata salsa e bacon, é um pedido frequente na casa. Combinações como mandioca e frango desfiado ou ainda feijão com calabresa são outras opções para os clientes.

Os preços variam de 29 a 36 reais. A sopa leve é um bom contraste para a massa do pão que, inclusive, é crocante. Se você ainda pensa que “sopa não é janta”, precisa conhecer o espaço e curtir os pratos recheados e bem servidos, pois pode mudar de opinião.

 

Por Isadora Ricardo

 

Serviço

Espaço Domein

Endereço: R. Dr. Paula Xavier, 854 – Centro de Ponta Grossa

Horário de Funcionamento: Terça à sexta das 11h às 23h; Sábado das 9h às 23h; Domingo das 9h às 20h. 11h às 23h

Telefone: (42) 3087-5731 

 

Uma alvorada musical em PG

Foto: Reprodução

O novo CD Alvorada, da banda Hoovaranas, mostra uma pegada voltada ao Jazz, psicodelia, Math-rock de uma maneira sóbria, diferente das outras propostas de CD e EP lançados anteriormente, e que possuíam um estilo rock alternativo, surf rock, post-rock, shoegaze, rock progressivo e punk-rock.

A proposta de alvorada é basicamente sobre o enfrentamento das lutas diárias, contando com a turbulência cotidiana, pensamentos profundos, crises de ansiedade, expectativas e uma absolvição de atos humanos

A capa do disco remete ao próprio gênero musical de psicodelia, trazendo elementos visuais dispostos, que chamam a atenção do ouvinte, despertando a curiosidade e interesse para saber quais sensações o produto pode trazer. 

A faixa número 1, chamada de ego, traz melodias calmas, remetendo à própria conexão interna, voltada  à essência humana. Já a faixa 4 lembra calmaria e mudança súbita na melodia, enquanto a faixa 9 remete a uma percepção psicodélica, que vai progredindo a um tom  agressivo.

Para aqueles que são fãs ou já conhecem a banda, o estilo neo-psicodélico Instrumental não surpreende com a acústica do CD, mas para aqueles que não fazem ideia de como é o gênero ou não tem costume de ouvir, podem curtir as melodias ou, talvez, desaprovar algumas faixas por ser extensas com melodias similares.

A banda do gênero de neo-psicodelia instrumental, Hoovaranas, é da cidade de Ponta Grossa e conta com três integrantes, Rehael Martins (Guitarra), Eric Santana (Bateria) e Jorge Bahls (Baixo).

 

Por Amanda Martins

 

Serviço

Banda: Hoovaranas

Início: 2018

Álbuns: Poluição Sonora, Isolamento e Alvorada

Disponível em: Todas as plataformas musicais de streaming, Youtube e forma física (CD).

 

Falta espaço público aos moradores do Cará Cará

Foto: João Maciel

O quarto bairro mais populoso de Ponta Grossa, o Cará Cará, registra falta de acesso ao espaço público local para ações comunitárias. Localizado há cerca de 17 km da área central da Cidade, o Cará Cará possui, de acordo com dados do Censo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 25 mil habitantes.

Na versão de quem mora e vive no local, nada justifica a falta de espaços para o lazer dos moradores no bairro. Inclusive, o único espaço existente, que é a sede do Centro do Idoso, não permite acesso da população para atividades de interesse comunitário. Porém, de acordo com residentes do Cará Cará, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa restringe o acesso ao local.

Segundo João Maciel, que vive no bairro, inicialmente, o espaço era para ser da Associação de Moradores do Cará Cará. Mas, atualmente, o local é utilizado somente uma vez por semana para ações voltadas aos idosos da comunidade. João Maciel revela que o lugar está abandonado, mal aproveitado e, por isso, ele ainda questiona porque os moradores do Cará Cará não podem usar o local para ações, como o Clube de Mães, a Pastoral da Criança e bazares beneficentes.

O presidente da Associação de Moradores, Renato Santos, explica que além de realizar manifestações e um abaixo-assinado, o próximo passo é encaminhar um ofício à Fundação Municipal de Assistência Social (FASPG). O presidente destaca a importância do apoio comunitário à causa dos moradores do Cará Cará. Afinal, segundo os próprios moradores da região, o bairro não tem sequer um campo de areia para a prática esportiva. E, portanto, nada mais justo que o espaço abandonado seja de uso comunitário. A  FASPG foi questionada sobre uma possível solução para a comunidade do Cará Cará, porém até o momento não se teve um retorno.

 

Por Leriany Barbosa

 

Serviço

Centro do Idoso

Rua Carajás, nº 207, Bairro Cará Cará - Ponta Grossa/PR

 

Tradução de livro infantil para braille amplia proposta de interpretação

Foto: Cassiana Tozati

“Acreditava que todas as flores tinham alma”. É assim que a escritora Dione Navarro descreve a personalidade de Zazá, protagonista sonhadora da história infantil A galinha que queria ser perfumista, escrito por ela em 2021. A sensibilidade da personagem despertou o interesse da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais  (Apadevi), que realizou a tradução do livro para o braille após conhecer a história pelas redes sociais. 

A obra retrata a galinha com um talento, que é o de distinguir perfumes das flores do sítio em que mora. Desacreditada e oprimida pelos outros animais por ser um objetivo atípico do que é esperado para uma galinha, Zazá enfrenta dificuldade para concretizar o sonho de ser perfumista. Entretanto, a escritora e ex-professora do departamento de Ciências Farmacêuticas da UEPG, explica a magia da profissão: “poucas pessoas têm a capacidade olfativa de distinguir perfumes, por isso ser perfumista é um talento”. 

Quando Zazá percebe o valor da própria habilidade, se sente incluída entre os outros animais retratados na história. Assim, a proposta da autora é destacar que diferentes aspectos da personalidade de um indivíduo podem agregar no contexto social em que vivem. A narrativa lembra, a princípio, O Patinho Feio, clássico infantil escrito pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, em 1843. Porém, um diferencial na obra de Dione que vai além do conceito de pertencimento tratado no conto, é ressaltar uma habilidade olfativa da protagonista, o que é pertinente para um livro traduzido em braille que contempla crianças com deficiência visual.  

É de conhecimento público que pessoas cegas ou com baixa visão têm os outros sentidos mais apurados, como o olfativo. E a história de Zazá reconhece um diferencial das crianças com deficiência, uma habilidade ou talento único que as destacam em um grupo de forma positiva. A narrativa, portanto, cumpre sua proposta inicial de uma história infantil que valoriza diferenças e, ao ser traduzida em braille, salienta uma habilidade de deficientes visuais, e o talento que agrega nas experiências da vida cotidiana. 

 

Por Cassiana Tozati

 

Serviço

Livro: “A Galinha que queria ser Perfumista” 

Autoria: Dione Navarro

Ilustração: Cristina Donasolo

Número de páginas: 24

Editora: Texto e Contexto

Site Associação: apadevipg.wixsite.com

 

Tudo misturado é uma nova atração Gastronômica de Ponta Grossa

Foto: Divulgação

Ponta Grossa ganhou recentemente mais uma opção gastronômica, o tudo misturado beer garden, em frente ao lago de olarias, que oferece diversos tipos de chopp, cervejas e porções e espetinhos. No cardápio encontra-se desde a mais tradicional, como a batata frita, até opções mais ousadas como bolinha marguerita e bolinho de charque, além de espetinhos de carne e queijo. Para quem gosta de uma sobremesa, churros e a venda terceirizada de brownie são as ofertas do local. O tudo misturado conta ainda com atrações musicais, mesas em espaço aberto, quadra de beach tennis, e você pode também levar o seu pet. Além disso, sessões de narguilé são oferecidas de quarta a domingo. O horário de funcionamento é, de terça à quinta, a partir de 12h, e de sexta à domingo, a partir das 9h, no endereço Rua Lagoa dos Bandeirantes, 31, em frente ao lago de olarias.

Com uma pequena demora no atendimento, as porções de batata frita e bolinho de charque, com preço de 14 e 16 reais, respectivamente, chegaram em boas condições, quentes e crocantes, de maneira geral, recomenda-se a visitação do espaço, que conta com boa infraestrutura e ambiente propício para conversas, família e happy hour. Você confere tudo sobre o “Tudo Misturado Beer Garden” no Instagram: Instagram/TudoMisturado. Para mais informações, o contato é o (42) 998805-5706.

 

Por Diego Chila