CRÍTICA DE PONTA
Produzido pelo terceiro ano de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor sobre a cultura da cidade de Ponta Grossa.
Exposição convida a refletir sobre tempo e ilusão
Mostra na Galeria de Artes da PROEX tematiza noção do tempo durante a pandemia da Covid-19
Foto: Maria Luiza Pontaldi
“O tempo é real ou uma ilusão?”. É este o questionamento principal das obras que integram a exposição “Tempo-Ilusão”, disponível de maneira presencial no prédio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (PROEX), assim como virtualmente pelo site da instituição. Desde 5 de julho, a exposição ocupa a Galeria de Artes da PROEX. As obras são da autoria de professores artistas do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UEPG. O tema da exposição gira em torno da poética sobre o tempo pandêmico, quando a vida cotidiana teve de se adaptar a um novo contexto. No processo, a noção do tempo passou a se perder. “Tempo-Ilusão” convida o público a refletir sobre o ritmo de vida, as estruturas e a importância do tempo.
A exposição apresenta 11 itens, entre quadros, montagens, textos, vídeos, esculturas, colagens, fotografias e impressões em tecido. Apesar do ambiente da galeria ser todo branco, uma parede preta ao fundo traz o título da exposição, chamando a atenção do público. Ao entrar, não há exatamente um caminho a seguir para acompanhar a narrativa da exposição. As obras colocadas ao centro do espaço são duas esculturas, intituladas “Repositório de memórias” e “Inefável 01” que, por sua posição, são geralmente as primeiras a serem observadas pelo público. Porém, alguns objetos estão dispostos em locais com menos luz ou até mesmo no chão, dificultando a visualização e apreciação.
A imersão no espaço se dá a partir da sonoridade. Há duas obras em vídeo, que introduzem o áudio na exposição. A obra “Eu controlo o tempo e não o tempo que me controla” dura sete minutos e é exposta em uma televisão de tubo, enquanto a obra “Trajetos” está em um TV de plasma do outro lado da galeria. Os sons das obras não convergem e é possível prestar atenção em cada uma delas individualmente.
A visita à exposição é aberta ao público e fica no centro de Ponta Grossa, ao lado da Catedral. Para quem não pode prestigiá-la presencialmente, tem a opção de fazer a visita virtual, pelo site da PROEX.
Serviço:
Exposição “Tempo.Ilusão” – com obras de professores do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UEPG. De 5 de julho a 12 de agosto de 2022. Entrada gratuita.
Visita presencial: na Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Praça Marechal Floriano Peixoto, 129 - Centro, Ponta Grossa - PR, 84010-680)
Visita virtual: https://www2.uepg.br/proex/exposicoes-virtuais/
Por Maria Luiza Pontaldi
Amor e Trovão não entrega nada, além de diversão e comicidade
Thor é um dos filmes em cartaz nos cinemas comerciais de PG no mês de julho
Foto: Reprodução
Se você espera um enredo que vai mudar os caminhos de Thor e do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), pode estar enganado. Thor: Amor e Trovão, lançado em julho de 2022, é o quarto filme solo de Thor (Chris Hemsworth) e continua com a proposta apresentada desde Thor: Ragnarok(2017). O diretor Taika Waititi consegue alternar entre o humor, a emoção e o drama, mas que não passa de mais uma aventura vivida pelo Asgardiano.
O Deus do Trovão está em busca de um propósito de vida, após a morte da mãe, pai, irmão e também do término com a namorada. Com o retorno da ex-namorada, Jane Foster (Natalie Portman) e com um novo vilão, Thor volta a ativa, ao lado da amada e da nova rainha de Asgard, Valquíria (Tessa Thompson).
Jane Foster volta para o MCU como a Poderosa Thor, após uma última aparição em Thor: O Mundo Sombrio (2013). A construção do roteiro limitou a personagem, pois Jane ouve o chamado do Mjolnir (martelo de Thor), e na próxima cena ela já aparece transformada na Poderosa Thor, faltando, assim, um desenvolvimento para a personagem. Jane consegue protagonizar momentos de heroísmo, mas é deixada de lado para dar prioridade para a ascensão do Deus do Trovão.
Amor e Trovão tinha tudo para ter um enredo aprofundado e memorável, já que trata do amor, mas no decorrer do filme alguns assuntos acabam se perdendo em meio às piadas. O filme também erra ao não desenvolver melhor a trajetória da Poderosa Thor e do novo vilão Gorr, o carniceiro dos Deuses (Christian Bale).
Mesmo com uma quebra de expectativa, Thor: Amor e Trovão consegue cumprir o objetivo que é entreter o espectador e arrancar várias risadas. Para quem tiver interesse em assistir, o filme está em cartaz no Cine Araújo, no Shopping Palladium e também no Cinemas Lumiere, no Shopping Total, em Ponta Grossa.
Serviço:
Filme: Thor: Amor e Trovão
Lançamento: Julho de 2022
Duração: 1h59
Disponível em: Cine Araújo, no Shopping Palladium, e no Cinemas Lumiere, no Shopping Total
Valor ingresso: R$ 28,93 inteira e R$ 19,46 meia (Cine Araújo)
R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia (Cinemas Lumiere)
Por Janaina Cassol
‘Mini Pets’ com versão literária em Ponta Grossa
Livro discute autismo, acolhimento ao próximo e respeito às diferenças
Foto: Vinicius Sampaio
O livro Mini Pets é uma obra de autoria de Cinthia de Luca da Cunha e Violet Shibuta, lançado no final de junho pela ABC Projetos, em Ponta Grossa. A história é voltada para a conscientização sobre o autismo e também retrata assuntos como a inclusão, acolhimento e respeito às diferenças.
A personagem principal é a Jujuba, uma cachorrinha que apresenta a turma de “Amicães” ao longo da história. Cada um dos amigos possui diferentes características: Coockie tem problemas de audição, Biscoito utiliza cadeira de rodas, Pirulito é o mais velho da turma e Pipoca é autista. O objetivo é normalizar as diferenças e ensinar o respeito para crianças, de forma divertida e atrativa.
Mini Pets é um livro de leitura fácil e rápida, algo em torno de 5 a 10 minutos no total. A presença de ilustrações dos pets torna a obra simples e também facilita o entendimento das crianças, deixando o livro atrativo ao público. Uma história divertida que serve para conscientizar tanto os pais quanto os filhos sobre o respeito ao próximo, o autismo e a inclusão social.
Outro ponto interessante do livro é o fato de ser bilíngue. Como um dos objetivos é a inclusão, a história também é contada em inglês, para que crianças que não falam português também possam ter acesso ao livro e aprender sobre os temas abordados pela narrativa literária.
Serviço:
O livro Mini Pets pode ser adquirido através da Livrarias Curitiba, no Shopping Palladium ou pelo do site da Dra. Tulipa. Para mais informações, acesse: https://www.dratulipa.com.br/livros/mini-pets--p.
Por Vinicius Sampaio
Uma década sobre imagens femininas
Espetáculo ‘Lendas e Mulheres’ comemora 10 anos de existência
Foto: Amanda Martins
O espetáculo deSobre Lendas e Mulheres é baseado no livro Mulheres que correm com Lobos, de Clarissa Pinkola Estés, onde o tema foca na essência feminina, o lado interior e primitivo, um arquétipo selvagem que propõe o resgate de um passado longínquo, como forma de atingir a libertação da mulher.
Durante a apresentação, Luana Godin e Cléo Cavalcantty interpretam relatos pessoais e situações intensas sofridas por mulheres. Relacionamentos abusivos, assédio e diversos tipos de violência, que estão pautados na exibição teatral.
Como uma forma de alívio para a plateia, e até mesmo para as duas atrizes, canções são tocadas e cantadas pelas mesmas intérpretes, como uma espécie de transição de assuntos, o que ajuda quando se fala de problemas e assuntos delicados, que podem provocar algum gatilho.
A apresentação, de um modo geral, é satisfatória, emocionante e necessária. Apesar de possuir poucos homens na platéia, a peça é importante tanto para mulheres quanto aos homens.
Após a apresentação, a dupla de atrizes, abrem uma roda de conversa para receber um feedback e para debater as temáticas abordadas durante a performance. O diálogo possibilita que as pessoas presentes expressem percepções sobre a peça, o que garante uma interação envolvente entre as atrizes e o público.
Mesmo há 10 anos em cartaz, a peça mantém interesse de público, atualidade e os temas se renovam a cada edição, como revelam as próprias atrizes, pois o roteiro registra adaptações, como as vivências sempre mudam, seja por experiências, diálogos e outras formas de interação que surgem a cada apresentação.
Por Amanda Martins
Moradores têm uma opção de refeição de qualidade e preço bom
Após ficar fechado cinco meses para reformas, o serviço retorna com as refeições no horário de almoço e janta custando 5 e 2 reais, respectivamente
Por Tamires Limurci
O Restaurante Popular de Ponta Grossa reabre as portas no mês de julho após ficar fechado para reformas. Em janeiro de 2022, a prefeitura municipal informou que a previsão de entrega das obras era em até 90 dias, entretanto, a reforma só ficou pronta cinco meses depois. Os custos foram cerca de 100 mil reais, arcando com melhorias para garantir mais comodidade e segurança para os usuários e servidores. Além disso, houve investimentos na manutenção dos equipamentos necessários para o funcionamento do prédio.
De responsabilidade da Fundação de Assistência Social, a FASPG, o restaurante Guilherme Cavina oferece refeições no horário do almoço, das 11h às 13h30, e na janta, das 18h às 19h. Os cardápios variam de acordo com o dia mas, em geral, os almoços contam com verduras e legumes, proteínas e carboidratos, enquanto a janta oferece apenas opção de sopa. O valor é de cinco reais e dois reais, respectivamente. Considerando os valores, mesmo que acima da média de cidades do mesmo porte, como Maringá que o valor é de 3 reais, o valor ainda é considerado acessível e levando em conta a inflação presente na categoria alimentícia, o restaurante popular possui seus pontos positivos.
O local após a reforma comporta 300 pessoas sentadas simultaneamente, possibilitando a oferta de 1.200 refeições no horário do almoço. Entretanto, para a janta, servem-se apenas 300 sopas, um valor bem inferior daquele do almoço. Dessa forma, percebe-se que mesmo cumprindo um papel social de alimentação a baixo custo - ou gratuitas, no caso de pessoas em situação de rua -, o restaurante ainda necessita de divulgação e também de um aumento na quantidade de sopas oferecidas.
O funcionamento do restaurante é ágil: comidas quentes, ambiente seguro e limpo. Em pesquisa de campo realizada pela reportagem do Crítica de ponto, do momento de chegada até o término da refeição, o tempo médio foi de 25 minutos, o que demonstra a agilidade das melhorias feitas no espaço. A localização central, pode ser um ponto positivo ou negativo, considerando a distância de alguns bairros. Por fim, o restaurante atende a necessidade da população que precisa de uma comida balanceada, de qualidade e com um preço acessível, algo praticamente impossível de ser encontrado no centro da cidade nos últimos tempos.
Serviço:
O Restaurante Popular está localizado na Rua Ermelino de Leão, 1125, no bairro Olarias, próximo ao Parque Ambiental. É aberto à população e funciona de segunda à sexta-feira. Para mais informações, acesse: https://faspg.pontagrossa.pr.gov.br/restaurante-popular/
Por Tamires Limurci
Um Restaurante (Universitário) sob reclamação estudantil
Críticas ao RU do campus central da UEPG vão do cardápio à compra do bilhete
“Não é porque é barato que tem que ser ruim”. A avaliação, dita pelo chef Érick Jacquin, resume a situação do Restaurante Universitário do campus central da UEPG, que apresenta problemas desde o retorno das aulas presenciais em 2022, gerando reclamações entre os acadêmicos.
Um dos problemas principais é o cardápio que, além de apresentar pouca variedade de alimentos que acompanham o típico arroz e feijão, há muitas reclamações de comida - especialmente molhos de carne - muito salgados, modestas opções vegetarianas, em geral apenas carne de soja acompanhado por macarrão, em alguns dias. O suco exageradamente doce, frutas machucadas e gelatina congelada de sobremesa são outras críticas comuns entre os estudantes.
Outro problema é a compra do bilhete (ticket) para entrar no RU, que aceita apenas dinheiro físico, não pode ser pago em cartão ou PIX, prejudicando os alunos, afugenta alguns consumidores, gera prejuízo e faz com que o Restaurante não melhore também por falta de dinheiro.
É necessário maior cuidado por parte da Universidade com o campus central, especialmente com o Restaurante Universitário, tanto na qualidade da comida quanto com saúde dos acadêmicos que precisam do RU, pois é o único lugar próximo da UEPG onde os estudantes podem almoçar por um preço acessível.
Serviço:
O Restaurante Universitário da UEPG abre de segunda à sexta, das 11h até 12h30 e das 17h30 às 19h. O valor do bilhete é de R$3,80. O cardápio pode ser conferido previamente pelo site da PRAE.
Por Carlos Solek