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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

cinema art

Documentário Borell, uma escola restaurativa enfatiza importância do diálogo em ambiente escolar

Obra traz entrevistas com Estudantes e Professores do Colégio que participaram do processo de conscientização

 

Lançado em 2020, o documentário “Borell, uma escola restaurativa”, conta a história do processo de implementação da prática da Justiça Restaurativa no Colégio Estadual Professor João Ricardo Von Borell du Vernay, localizado no Bairro Uvaranas, em Ponta Grossa. A produção, direção e edição do longa são de responsabilidade de Angelo Rocha, que, a partir do incentivo do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (Promific), fez o registro e destaca os efeitos das rodas de conversa restaurativas em produto audiovisual.

Foto Reprodução Foca Play

Foto: Reprodução

O documentário traz vozes plurais entre os depoimentos, desde atuais estudantes até ex-diretores e professores que participaram dos espaços onde a prática foi implementada, a partir de 2014. É interessante observar que personagens do documentário em que a trajetória no Borell registra mais tempo reconhecem os efeitos positivos da Justiça Restaurativa no colégio, de forma honesta, com erros de administração e coordenação anteriores ao procedimento. Antes da ação, o colégio era cenário de violência, indisciplina e acesso à drogas.

Focado na parte da estética visual entre um conjunto de depoimentos em formato de entrevista, a peça não trouxe elementos de trilha sonora ou efeitos visuais, pois não é necessário. A atmosfera esperançosa sobre conscientização da importância de diálogo nos ambientes de educação, principalmente quando os espaços são compostos por pessoas jovens, onde a inserção social pode ser complicada, se faz completa pela variedade de personagens, que, em consenso, identificam melhorias no ambiente do colégio. É possível perceber a destreza do diretor e reoteirista na produção estética e narrativa do documentário, e, apesar da duração de quase 60 minutos, não se torna maçante.

Por Lilian Magalhães

Serviço:
A produção pode ser conferida gratuitamente na plataforma de streaming FocaPlay, site produzido pelos estudantes de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

 

LITERATURA

História do skate em Ponta Grossa registrada em uma HQ

Conheça os personagens que marcaram a cena do skate no município

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Foto: Janaína Cassol

O livro Histórias do skate em Ponta Grossa é uma obra em quadrinhos, de autoria da jornalista e skatista, Erica Fernanda. Como o próprio nome diz a obra conta a história do skate, como surgiram os primeiros skatistas e as pistas em Ponta Grossa. No total o livro conta com relatos de 28 personagens, que contextualizam desde a criação da primeira pista de skate nos anos 1980, como se deu a popularização do skate na cidade e como está atualmente a prática esportiva.


A obra é dinâmica, rápida e estimulante, pois para quem não está inserido no mundo dos skates, ela instiga o leitor a imaginar cenas descritas nas páginas do livro. No entanto, para um leigo no assunto, algumas descrições são mais difíceis de imaginar, como a própria autora lembra no texto que é “difícil explicar o que a gente sabe visualmente”, mas isso acaba despertando curiosidade para o leitor buscar imagens e vídeos que mostram as manobras citadas no livro.


As fontes, ilustrações, imagens e até o vocabulário possuem um estilo característico do street, marca registrada dos skatistas, o que deixa o livro agradável visualmente e colabora para o aprofundamento do leitor nesse estilo de vida. A obra não conta apenas com as ilustrações em quadrinhos, ela também possui imagens de arquivos e registros documentais, deixando o completo.
O livro será lançado na segunda quinzena de setembro, custando R$ 30,00. Para adquirir basta entrar em contato com a autora através das redes sociais @aclickerica, ou adquirir o e-book através do site da Editora Casa Flutuante.

Serviço:
Livro: “Histórias do skate em Ponta Grossa”
Autoria: Erica Fernanda
Número de páginas: 120
Editora: Casa Flutuante
Lançamento: 2022
Valor: R$ 30,00


Por Janaina Cassol

História de PG em imagens

Exposição registra memórias da cidade no mês do patrimônio cultural

 

Um passeio cultural pelos arquivos da cidade. A exposição Registros da cidade de Ponta Grossa: Corpo e Alma traz referências visuais sobre a história do municipio, através de fotografias e de plantas arquitetônicas de grandes construções do município. As imagens são do ateliê Foto Bianchi, projeto de extensão da UEPG e do acervo da Casa da Memória Paraná.

No conjunto de fotografias e plantas de casarões antigos do século XX apresentadas na exposição, é possível notar que a representação da cidade está integrada a um espaço de convivência social, onde ao andar pelas galerias pode-se viajar no tempo, conhecendo imóveis históricos de Ponta Grossa que foram de grande importância no passado, como o Clube de Poloneses e o Centro de Cultura.

A exposição transmite uma sensação de curiosidade e de nostalgia, mesmo para aqueles que não eram nascidos quando os retratos foram feitos. O sentimento de pertencimento fica cada vez mais evidente quando se identifica quais lugares são representados, o que reforça a importância dos arquivos na memória afetiva regional.

A importância da exposição na Semana de Patrimônio Cultural, comemorada no mês de Agosto, é justamente resgatar imagens e arquivos da cidade num momento onde a preservação da cultura material do município cada vez mais se perde com a falta de políticas públicas para conservação histórica, que são o corpo e a alma dos quase 200 anos de Ponta Grossa.

 Serviço: Registros da cidade de Ponta Grossa: Corpo e Alma. Exposição realizada no mês de agosto de 2022, na galeria do Ponto Azul, na Praça Barão de Guaraúna, no centro de Ponta Grossa.

 Por Amanda Martins

MUSICA

Terras paranaenses em letras e notas musicais

Grupo Terra Vermelha homenageia cidades do Paraná através de canções autorais

O Grupo Terra Vermelha é uma equipe artística paranaense que compõe músicas em homenagem ao estado e às cidades do Paraná desde 2015. O grupo é composto por Beto Capeletto, Paulo César Oliveira, Júlio César de Lima e Rogério Saiz. Pelo reconhecimento do trabalho, as obras são publicadas até mesmo pelas prefeituras dos municípios, como foi o caso de Francisco Beltrão, homenageado pelo grupo em dezembro de 2021.


As músicas destacam referências culturais e o orgulho do paranaense, valorizando as características das terras do público. Também com o objetivo de preservar as raízes paranaenses, as obras são produzidas em diferentes variações de gênero, como sertanejo caipira, sons regionais e, em alguns casos, com influência do nativismo dos festivais do Sul do País, o que torna as canções próprias pelas marcas regionais, principalmente mais próximas do público do interior do Estado.


Um detalhe interessante das músicas é a paixão que as letras transmitem. Existe a busca do amor na infinidade do interior paranaense, a valorização da beleza do povo, das terras e dos frutos cultivados nos municípios. A valorização das raízes é uma forte característica do trabalho do grupo.


Mesmo com diversas músicas publicadas desde o início do trabalho, o Grupo Terra Vermelha referencia praticamente todas as 399 cidades do estado do Paraná em letras musicais. As músicas de homenagem a cada município estão mais voltadas às cidades do Oeste, Sudoeste e Norte do estado, com exceção da Região Metropolitana de Curitiba. Em breve, e com uma canção pronta, o Grupo promete homenagear as mulheres dos Campos Gerais do Paraná.

Serviço:
As músicas podem ser ouvidas no Youtube ou na página do Grupo Terra Vermelha, no Facebook, pelo link: https://www.facebook.com/terravermelhaoficial/

Por: Vinicius Sampaio

MIDIA REGIONAL

Animais domésticos em pauta geram maior interação do público

De projetos envolvendo animais a furtos e desaparecimento dos bichinhos, matérias do tema são as preferidas na audiência regional

No Jornalismo, as notícias podem ser consideradas hard news, de grande atualidade e impacto ou soft news, que são notícias mais leves. Comumente, ambas aparecem em jornais impressos ou telejornais, fazendo com que o ritmo informativo seja equilibrado, sem pesar tanto para um lado ou para outro. Quando se fala em jornalismo regional, em contraste com as hard news apresentadas, as soft news com maior frequência são pautadas nos animais domésticos.


O Meio-Dia Paraná, edição de Ponta Grossa, é um dos principais produtos do telejornalismo da região. Em um período de três semanas, entre os dias 19 de julho e 5 de agosto, quatro matérias sobre animais domésticos fizeram parte da grade do jornal. A maioria delas ocupou em média 4 minutos da grade, enquanto uma delas teve 10 minutos de duração por se tratar de uma situação de maior impacto – o furto de um papagaio de estimação após apreensão do IAT em Ponta Grossa.

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Post no Facebook do DCMais. Imagem: print de tela.

Cada uma das matérias apresenta um gancho jornalístico, com relevância, e valor de noticiabilidade, como o inusitado ou comovente, sendo compreensível a posição na grade do jornal. Nos dias em que as matérias foram ao ar, o público utilizou o espaço disponível para participar do jornal e comentar sobre os próprios animais domésticos ou reagir às notícias. Assim, a emissora registra mais interação do público com o veículo de comunicação, aproximando-se dos telespectadores e garantindo um maior consumo da programação por parte deles.


Nos jornais impressos e online da região, a situação se repete. No mesmo período de três semanas, seis matérias sobre animais domésticos foram publicadas no site do DCMais e divulgadas no Facebook do veículo. De longe, são as que geraram a maior interação dos leitores. Em uma delas, sobre uma pinsher ter sido encontrada após quase uma semana desaparecida, mais de 5 mil pessoas reagiram à publicação, além de comentarem 115 vezes.


Ao comparar com matérias da editoria de política, por exemplo, que receberam pouquíssima interação, é evidente que o público prefere consumir algo mais tranquilo. Já cansados dos altos e baixos da realidade pontagrossense, o povo parece gostar de se comover com histórias sobre animais domésticos, talvez mais que com pautas sobre problemas sociais que afetam a maioria dos moradores.

Serviço:
Mídia regional pautam animais domésticos para um maior engajamento do público.
https://www.facebook.com/portaldcmais/posts/pfbid084K7uU2a4hdP61869FfZwJgkvKN6N3awfzoGggPXK5PTVbF9WDgYdHknMZevjFksl
https://globoplay.globo.com/v/10792892/

Por Maria Luiza Pontaldi

 

GASTRONOMIA

Redes de cafeterias entram no gosto do público e não surpreendem no sabor

Para quem buscam um café para viagem, ‘portinhas’ podem ser uma opção, mas o valor cobrado ainda assusta

O café é parte da rotina dos brasileiros. E, talvez, no mundo! Desde um café puro pela manhã ou um café com leite durante a tarde, o ato de tomar um cafezinho é mais do que satisfazer um desejo ou matar a fome: o café é símbolo de união, conversa e relacionamentos. Entretanto, como a correria do dia-a-dia acelera a vida, as cafeterias ‘to go’ encontram, aí, um nicho de mercado.


Com pouco ou quase nenhum espaço para se sentar, um único funcionário, auto-atendimento através de tablets e com a promessa de um café de qualidade e rápido, as cafeterias ‘de rede’ ocupam a paisagem urbana de forma curiosa. O The Coffee, por exemplo, é apenas uma portinha entre os prédios, capaz de não ser notado por aqueles que estão com pressa. Já o Mais1 Café possui de uma a duas mesas para os clientes que querem aproveitar os pedidos ali mesmo. Porém, mesmo com as vantagens de um café para levar, a qualidade e os preços deixam a desejar.

Mais 1 Café

Foto: Tamires Limurci

Com valores que variam de R$ 4,60 reais, dos cafés mais básicos com 36ml, até R$ 13 reais, da linha gourmet de em média 330ml, os preços se comparam a cafeterias tradicionais, só que sem o ambiente e as produções que valem o preço. Já os cafés gelados possuem uma consistência de muita água e gelo para pouco café. Os alimentos que são vendidos como acompanhamentos, os preços são padrão de lanchonetes e cafeterias. Mas, infelizmente, o gosto deixa a desejar. Pão de queijo murcho, cookie duro e bolo sem sabor completaram a experiência nada agradável ao consumidor.

Por fim, as cafeterias ‘to-go’ são uma opção para quem tem pressa e precisa de uma bebida rápida, média e não tem problema em pagar mais do que vale. Já para aqueles que querem um café de qualidade, manter o tradicional expresso pode ser uma boa pedida.

Serviço:
The Coffee:
Endereço: R. Quinze de Novembro, 354 - Centro, Ponta Grossa - PR.
Horário de funcionamento:
Segunda-feira a sábado: 08h às 19h
Domingo: 10h às 18h.

Mais 1 Café:
Endereços: R. Augusto Ribas, 735 - Loja 2 - Centro, Ponta Grossa - Pr R. Dr. Colares, 174 - Centro, Ponta Grossa - PR
R. Balduíno Taques, 876 - Estrela, Ponta Grossa - PR
Horário de funcionamento:
Segunda-feira a sexta: 07h às 19h
Sábado: 08h às 18h
Domingo 13h30 às 18h30 (Unidade Dr. Colares)

Por Tamires Limurci

 

GIROS URBANOS

Uma atitude nada joia em PG

Prefeitura padroniza horários de treinos em espaços públicos e gera reclamações entre alunos

Com a aproximação dos Jogos Inter-Atléticas (JOIA), muitos cursos universitários começam a procurar locais disponíveis para realizar os treinos para os acadêmicos conseguir se preparar e participar das diversas modalidades da competição. Porém, muitas atléticas enfrentam dificuldade com a falta de espaços e horários incompatíveis.


Este problema se deve à regulamentação de horários e dias dos usos de quadras e ginásios públicos para treinos, como a Arena Multiuso e o Ginásio Oscar Pereira, gerado pela normatização definida pela Prefeitura de Ponta Grossa em julho deste ano. Atualmente, os espaços estão liberados para uso às terças e quintas-feiras, em três horários: das 20h às 21h, 21h às 22h e 22h às 23h.


A situação provoca reclamações entre as entidades e estudantes ouvidos pela reportagem do Crítica de Ponta, principalmente por conta dos horários tardios delimitados pela Prefeitura, o que impossibilita muitas vezes a ida aos treinos, tanto pelo deslocamento até o espaço quanto pela segurança. São 18 associações atléticas que têm direito ao uso dos ginásios para treino, o que, com dois dias disponíveis na semana, limita o treinamento para uma vez ao mês, prejudicando a preparação para os jogos anuais.


Há de se entender que é preciso que o Executivo municipal tenha um controle sobre os espaços e os disponibilize para outros grupos, que também precisam utilizá-los, mas é nítida a falta de cuidados da Prefeitura de PG com as atléticas, que muitas vezes não têm onde treinar, o que dificulta e causa desigualdades entre as equipes, prejudicando o próprio Joia, que cada vez mais, ganha importância no cenário esportivo municipal.

Serviço:

Em 2022, o JOIA acontece presencialmente após 2 anos de pandemia. O evento está previsto para os dias 12 à 15 de novembro, com a participação de todas as atléticas universitárias de Ponta Grossa.

Por Carlos Solek