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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

mídia regional

Sintonia arrendada em Ponta Grossa
Maioria das rádios locais arrendam horários para igrejas

Quem ouve rádio de Ponta Grossa, pode se sentir incomodado com a crescente venda de horários para igrejas evangélicas e neopentecostais ao longo do dia.
A maioria das estações locais arrenda parte da grade de programação para cultos e outros programas religiosos, principalmente nas madrugadas e fins de semana.
A exceção fica com duas emissoras: a rádio T e Mundi. Emissoras que operam em rede, como a Jovem Pan, Mix, Massa e CBN, também não veiculam programações religiosas, por exemplo, além da rádio comunitária Princesa. Fora as que vendem, ainda há as rádios que são dedicadas 24h à programação de cultos e não apresentam nenhum conteúdo fora deste meio.
É louvável, porém, algumas emissoras como a Rádio Clube, que eram dependentes de programação arrendada, conseguir se manter com programação própria, em música, programações jornalísticas e demais conteúdos e programas ao vivo durante todo o dia, o que é a verdadeira essência da rádio.
Segundo a legislação brasileira de radiodifusão, o rádio deve veicular conteúdos educativos, culturais, mesmo em seus aspectos informativos e recreativos. Pela constatação do Crítica de Ponta, pode se questionar se a crescente ocupação de programação nas emissoras locais por instituições religiosas atende a que prevê a legislação federal.

Por Amanda Martins

Serviço: Os prefixos das sintonias das emissoras de Ponta Grossa citadas são: Rádio Clube FM 94.1; Rádio T FM 99.9; Rádio Mundi FM 99.3; Rádio Jovem Pan FM 103.5; Rádio Mix FM 94.7; Rádio CBN 98.1; Rádio Massa FM 101,1; Rádio Princesa 87.9.

 gastronomia

Novos sabores de frango frito e grelhado conquistam os pontagrossenses
Porções de filé de peito empanados com cream cheese e bacon possuem sabor surpreendente

Crítica Janaina Gatronomia

Créditos: Janaina Cassol

Cada vez mais o frango frito passou a ser o carro chefe no cardápio de muitos restaurantes. É comum encontrar estabelecimentos que servem frango no pote e no balde, no entanto, a Its Frango é na caixa. Com uma proposta diferente, a loja serve filés de peito crocante por fora e macio por dentro, além do tempero que é natural. Entretanto, o que decepciona é o tempo de espera, pois para quem estiver com pressa ou muita fome, se prepare, pois o pedido leva entre 1h a 1h20 para ficar pronto, extrapolando o tempo de espera definido no site.
O cardápio contém quatro opções de sabores. O frango tradicional é suculento e possui uma crosta sequinha por fora, diferente das outras opções encontradas no mercado, onde o frango é mole tanto por fora como por dentro. Para os amantes de queijo, a porção Stuff Cheese é recheada com cream cheese com toques de Gorgonzola e Brie. Já a porção Meats Bacon possui tiras de bacon empanados no frango, no entanto, para quem ama bacon, essa opção pode ser decepcionante, pois a quantidade de bacon é mínima. A última opção de frango possui um toque picante agridoce, difícil de descrever, pois os pedaços de frango possuem um misto de sabores com um toque de mel.
As porções também acompanham molhos, sendo de produção própria que realçam o sabor. Dentre as opções estão mostarda e mel, creme de limão, defumado com ervas, barbecue, agridoce levemente picante, cheddar, creme de alho e molho à base de queijo gorgonzola.
A Its Frango atende por delivery de segunda a domingo das 11h até as 15h e à noite das 18h às 23h. E os preços das porções que servem até duas pessoas variam de R$ 35 a R$ 40.

Por Janaina Cassol

Serviço:
Endereço: Rua Quinze de Novembro, 591 - Centro, Ponta Grossa/PR
Site: https://itsfrango.goomer.app/menu
Preço: Porções de 500g variam de R$ 35 a R$ 40
Horário de funcionamento: segunda a domingo das 11h até as 15h e à noite das 18h às 23h

 musica

Rappers de PG lançam música com críticas à indústria cultural
Falta de visibilidade e apoio entre artistas fazem parte dos versos dos artistas


Lançada no mês de agosto, a música “Dispara” dos rappers Viramundo e Rayan pauta desigualdade social, tecnologia e a disputa pela visibilidade na indústria da música. Os rappers trabalham juntos desde 2020 e, além da nova canção, planejam lançar um álbum em conjunto ainda em 2022, intitulado “Cumulonimbus”.
Dispara é uma produção do DJ Nany com base no gênero do trap e influências do funk brasileiro. Na primeira metade da canção, Viramundo faz versos sobre política, conformismo social e tecnologia. Ao fim da participação, o rapper destaca como o metaverso, tecnologia que transforma a realidade em mundo virtual. No verso, Viramundo elogia o avanço, mas teme que a mesma ferramenta torne a população mais submissa ao sistema capitalista.

 Foto Reprodução Lilian Magalhães

Foto: Reprodução

A colaboração de Rayan dialoga com o que Viramundo defende ao cantar as desigualdades na indústria da música, como por exemplo no verso “Todo mundo está pela arte, não só pelo cifrão”. Rayan parafraseia diversas vezes a necessidade de apoio entre artistas, principalmente os novos. Naturais de Ponta Grossa, os artistas reconhecem que a cena musical em uma cidade onde o apoio à cultura de periferia, como a arte do hip-hop, não é valorizada, poucos são os músicos que conseguem um espaço de visibilidade.
Acompanhada de um videoclipe onde os rappers cantam diretamente para a câmera, a música expressa força pela mensagem consciente e, apesar de não possuir um refrão, não perde a potência da perspectiva comercial para o cenário do rap. Viramundo chama a atenção pelos versos fluidos e dominância da batida, que é cativante para quem aprecia o som do trap.

Por Lilian Magalhães

Serviço:
Dispara Autoria dos rappers Viramundo e Rayan, com produção de Nany, está disponível em todas as plataformas de streaming. O videoclipe pode ser conferido no canal da produtora pontagrossense 96Filmes, no Youtube.
https://www.youtube.com/watch?v=wwwCK28EZOI 

 

Visita guiada à Mansão Villa Hilda aproxima população da história de Ponta Grossa
Agenda de visitação orientada ao local, no centro da Cidade, ainda é pouco divulgada


OPÇÃO 1 Maria Luiza Pontaldi

Créditos: Maria Luiza Pontaldi

A Mansão Villa Hilda, suntuosa construção na Rua Júlia Wanderley, no centro de Ponta Grossa, é conhecida por muitos que passam diariamente pela região. Seja por seu destaque entre os prédios modernos ou pelas histórias fantasmagóricas, a mansão marca a história de Ponta Grossa, justificando o tombamento como Patrimônio Imaterial e conservação do prédio. Porém, poucos sabem da possibilidade diária e gratuita de conhecer a parte interna da construção por meio de visitas guiadas.
Construída em 1926 por Alberto Thielen, comerciante e personalidade importante na história do município, a Mansão Villa Hilda é organizada em três níveis: o pavimento principal, o porão e o sótão. A visita começa no pavimento principal, onde se conhece os 11 cômodos e se pode entender a função na residência da família Thielen. O hall de entrada, escritório, quartos, sala de estar, cozinha, copa, banheiros e jardim de inverno ainda possuem peças originais, como as janelas e o piso, recuperados durante o restauro.
As pinturas e quadros nas paredes e teto do local possuem inúmeros elementos, dos quais nem todos desvendados com o tempo. Depois da visita ao pavimento principal, escadas estreitas levam até o sótão, que foi reformado para contar a história do fantasma da mansão, uma das lendas contadas por moradores locais. A visita também passa pelo porão, com um espaço contando mais sobre a história da família Thielen em Ponta Grossa e da construção e restauro da Mansão Villa Hilda.
Ao todo, a visita guiada dura cerca de 30 minutos. A mansão é, hoje, a sede administrativa da Secretaria Municipal de Cultura e, pois, as áreas de visita ao prédio histórico e de trabalho dos funcionários são as mesmas, o que pode atrapalhar a visitação da população e também o serviço dos trabalhadores. Além disso, apesar de aberta ao público, a visita não é para todos. Devido a antiguidade da construção, a acessibilidade deixa a desejar. Para subir e descer entre os cômodos do pavimento principal há apenas escadas e para o sótão, os degraus são bastante estreitos, dificultando a passagem.
A Mansão Villa Hilda é aberta de segunda a sexta, das 9h às 17h. Em grupos com poucas pessoas, não é necessário fazer agendamento. Basta chegar durante o horário de atendimento e pedir por uma visita guiada. Assim, é possível que o público não só observe a mansão por fora, mas também possa conhecer um dos pontos mais icônicos da cidade por dentro do prédio.

Serviço:
Mansão Villa Hilda. Rua Júlia Wanderley, 936 - centro de Ponta Grossa/PR
Visitas guiadas à Mansão Villa Hilda – de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h.

COMPORTAMENTO

A volta do estilo Y2K e a magreza excessiva nas lojas de departamentos
Um dos marcos da moda é a rotatividade e, neste caso, as modelagens cada vez menores das calças jeans ganham destaques

A moda, assim como a história, é cíclica. Nas passarelas não faltam resgates dos ícones dos anos 2000: calças de cintura baixa, gargantilhas, lantejoulas e uma moda mais casual. Entretanto, mesmo com o retorno de estilos cultuados pelo público, os ultrapassados padrões de beleza da época, como a magreza excessiva, não deveriam estar presentes, o que, infelizmente, não aconteceu.
A sigla Y2K significa os anos 2000, sendo que o “y” se refere a year (palavra ano, em inglês) e “2K” a dois mil. Recentemente, diversas peças e tendências do início do milênio ressurgiram no cenário fashion, graças a plataformas como o tiktok e às influenciadoras digitais do universo da moda.
Amado por uns e odiado por outros, a moda dos anos 2000 faz parte da revolução da moda e traz um discurso que vai além da reciclagem de tendências e roupas, visto que os brechós também apresentam um aumento na procura dos looks. Será que, em um período marcado pela aceitação e amor próprio, é necessário um padrão de beleza magro que ocupou tanto espaço no mundo da moda?

 

Cada vez menores, as modelagens dos jeans causam estranheza nos consumidores. Foto: Print do Twitter/Tamires Limurci

Para perceber o retorno basta utilizar as modelagens das calças jeans como exemplo. Variando dos números 34 a 56, para o feminino adulto, as calças jeans apresentam uma variação básica de marca em marca, porém, nos últimos meses, as modelagens aparentam estar cada vez menores. O que antes era um 42, virou 38 e um 36 em um 34. A mudança parece pequena, quando comparada a outros problemas no mundo fashion. Contudo, o reforço negativo de que as pessoas necessitam ser magras para estar na moda, é um outro problema da sociedade contemporânea, com impacto na saúde e qualidade de vida.
É necessário cobrar um posicionamento das empresas de moda, principalmente as fast-fashion que são responsáveis por propagar as tendências em todo o território nacional. Em tempos de inflação nas alturas, alimentos cada vez mais inacessíveis e uma economia respirando por aparelhos, será que também é preciso se preocupar com a dismorfia corporal novamente?

Serviço:
A volta estilo Y2K na roupa feminina!