Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Faltam filmes brasileiros nos cinemas de PG
Se você estiver a fim de assistir algum filme brasileiro, em um dos dois cinemas de Ponta Grossa, é melhor se programar direito. Pois, há somente um espaço por vez para cada filme nacional nas salas de cinema das franquias da cidade. E, um detalhe, os horários das sessões não passam de dois. Atualmente, estão dois filmes brasileiros em cartaz, um em cada empresa cinematográfica. Um deles é o longa 45 do Segundo Tempo, protagonizado por Tony Ramos, lançado em 18 de agosto. Já o outro é o Pai é Pop, que conta com Lázaro Ramos e Paolla Oliveira no elenco.
A comédia de Fábio Porchat, intitulada como O Palestrante, também estava em cartaz na cidade, mas deixou de ser divulgada logo na terceira semana de lançamento. Ao que tudo indica, filmes brasileiros, independente do gênero, só ficam em cartaz nos cinemas para cumprir cota. Entretanto, filmes hollywoodianos, como Thor: Amor e Trovão e Minions 2 ocupam cada vez mais salas. O filme do super herói da Marvel foi lançado no início de julho, já Minions está em cartaz desde o final de junho. E, mesmo assim, ambos os filmes possuem três sessões por dia, em cada um dos cinemas.
Cartaz do filme Thor: Amor e Trovão em cinema de Ponta Grossa. | Foto: Ana Luiza Bertelli Dimbarre
A explicação do filme que retrata as aventuras de personagens amarelos e fofos estar mais tempo em cartaz, em vez do filme de Porchat não ter durado nem um mês nas franquias da cidade, gira em torno da economia. Enquanto O Palestrante teve um orçamento de cerca de R$ 6 milhões, Minions 2 custou 80 milhões de dólares, que convertido para real passa dos R$ 413 milhões. Não é atoa que tem preferência nas salas de cinema, não só de Ponta Grossa, mas do mundo.
Outro exemplo interessante de investimentos milionários é o filme de Thor, em que a Marvel desembolsou 100 milhões de dólares somente para promovê-lo. Agora, o filme brasileiro considerado mais caro pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), foi o “Xingu” (2012), que quase chegou aos R$ 10 milhões. Talvez você prefira ir ao cinema para assistir a filmes estadunidenses. Mas, será que se os filmes brasileiros fossem mais divulgados, você também não acabaria por assisti-los?
Por Leriany Barbosa
Serviço:
Cine Araújo - Multiplex Palladium Shopping
Rua Ermelino de Leão, 703 – Olarias – Ponta Grossa – PR
Telefone: (42) 3223-1137 / Site: https://cinearaujo.com.br/pr_pontagrossa_palladium.asp
Cinex – Shopping Total
Av. Dom Pedro II, 350 – Nova Rússia – Ponta Grossa – PR
Telefone: (42) 3238-8090 / Site: https://www.cinex.art.br/cinemas/shopping-total/09-08
Projeto Dança UEPG promove arte em Ponta Grossa
A dança é uma forma de expressão que serve para motivos religiosos, ritualísticos e artísticos. Além das funções clássicas, é possível associar a prática da dança com a saúde física e mental.
O Projeto de Extensão Dança UEPG do curso de Educação Física promove aulas de modalidades diferentes, como o ballet, o jazz e a dança contemporânea. O público para o qual as aulas são destinadas também é diverso, abrangendo crianças e a comunidade acadêmica, além de abertas ao público em geral. Atualmente, o projeto de extensão promove três grupos: Jazz e Ballet Kids, para crianças a partir de 6 anos de idade, e Companhia Jovem de Dança e Dance Mix, destinados para todos os públicos.
Cartaz do projeto Dança UEPG. | Foto: Divulgação
O preço das aulas varia de acordo com a pessoa interessada. Todas as pessoas que desejam participar de algum dos grupos pagam o mesmo valor de matrícula, R$25,00. Porém, quando se trata do valor mensal das aulas, começam as variações: para acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o valor é de R$30,00; para servidores da universidade, R$35,00; e para a comunidade externa, sem vínculo com a universidade, o valor é de R$45,00. A diferença nos preços pode fazer com que aqueles ligados à UEPG se sintam motivados a participar, porém, também podem acabar afastando quem vem de fora.
Com preços relativamente baixos e uma diversidade de modalidades de dança exploradas, Dança UEPG busca promover um diálogo entre a arte e o exercício físico. A existência de um projeto de dança na comunidade acadêmica é importante, considerando os níveis de estresse que os estudantes enfrentam diariamente. A oportunidade de relaxar, mover o corpo e esquecer das preocupações é atrativa, e faz bem à saúde.
As inscrições para as aulas promovidas pelo projeto de extensão podem ser feitas a partir do contato feito pelo Instagram, no @danca_uepg.
Por Maria Helena Denck
Serviço:
Projeto de extensão Dança UEPG
Inscrições pelo Instagram: @danca_uepg.
Valor de inscrição: R$25,00
Valor mensal: R$30,00 para acadêmicos da UEPG, R$35,00 para servidores da universidade e R$45,00 para a comunidade externa
Mídia pontagrossense não cumpre proposta do Setembro Amarelo
Cartaz do campanha Setembro Amarelo. | Foto: Reprodução
Setembro Amarelo é uma campanha criada com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o suicídio. Todo ano, são várias as palestras, cartazes, posts em redes sociais e notícias sobre. Porém, em Ponta Grossa, os portais jornalísticos se limitam a promoções de eventos ou, no máximo, uma notícia simples relembrando a data. A escassez das notícias demonstra pouco interesse sobre o assunto pela mídia, o que significa perda de um gancho jornalístico importante para que se discutam problemáticas das áreas da psicologia e psiquiatria.
Ao pesquisar “Setembro Amarelo” e “Ponta Grossa” na Internet, são encontradas algumas notícias sobre eventos e muitas são de anos atrás, mostrando que não se trata de uma pauta anual. Na pandemia, aumentou a discussão sobre saúde mental diante dos problemas desencadeados, e é incompreensível que portais da cidade não demonstrem interesse no assunto.
Existe, também, superficialidade, e o suicídio parece se limitar à depressão. Resistência em relação a assuntos da psicologia e psiquiatria é evidente, ainda mais em regiões com ideologias conservadoras ou com grande influência religiosa, onde é comum encarar a saúde mental como “frescura”. É um comportamento perigoso, pois a relutância e preconceito atrapalha descobertas de problemas e, consequentemente, tratamentos.
Exemplo do risco de não se colocar em pauta o Setembro Amarelo e as causas de suicídio, é o esquecimento de transtornos. Ao pesquisar “Transtorno de Bipolaridade” e o nome da cidade, não há uma matéria que o explique, ou como ele é uma das maiores causas de suicídio, em vista que, de acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos, aumenta a chance em até 20 vezes. Assim, não é informado que no estado de euforia (erroneamente associado à felicidade) existe a chance do suicídio, ou que é um transtorno desafiador para o diagnóstico e, quanto menos é abordado, maior o risco para os portadores.
A campanha é assunto de saúde pública e é inconcebível a escassez de discussões na mídia. Neste ano, fique atento à abordagem midiática, e não permita que a superficialidade restrinja seu conhecimento!
Por Cassiana Tozati
Serviço:
Site oficial da Campanha: https://www.setembroamarelo.com/
Fatos sobre o Transtorno Bipolar: https://www.abrata.org.br/principais-fatos-sobre-o-transtorno-bipolar/
Contato com o Centro de Valorização da Vida: https://www.cvv.org.br/
Site oficial Conselho Federal de Psicologia: https://site.cfp.org.br/
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Ponta Grossa: https://fms.pontagrossa.pr.gov.br/caps-ii/
Aladdin tem novo espaço e aumenta variedade de alimentação próxima a UEPG centro
O cardápio do restaurante conta com a clássica comida árabe, muito popular na cidade. Opções como shawarmas e beirutes, assim como o lanche infantil que conta com frango empanado, uma porção de batata frita e um refrigerante, são oferecidos no cardápio da casa. A principal diferença entre os shawarmas e os beirutes é a forma que é utilizado o pão sírio, no shawarma ele fica fechado, como um wrap, já no beirute o pão sírio é aberto. Os recheios variam entre frango até os clássicos da culinária típica, kafta e falafel.
Todos os pratos disponíveis são bem temperados e retratam as características da comida árabe. Para quem não gosta de comidas com sabores diferenciados é recomendado começar pelas opções com frango, mesmo que tenham os temperos típicos como o cravo e o anis, são mais parecidos com o paladar brasileiro. Já para quem deseja experimentar a culinária árabe, o shawarma de kafta é uma escolha para imergir na cultura do país mesmo estando em PG. Os beirutes custam trinta e oito reais e os shawarma vinte quatro.
O local já é referência no centro de Ponta Grossa há muito tempo, contudo após o retorno das aulas presenciais da universidade estadual de Ponta Grossa, o local passou por uma reforma e agora conta com um espaço mais moderno. O Alladin abre apenas no período da noite, das 18 até as 23 horas, então seu público se restringe aos universitários noturnos em intervalo, trabalhadores e moradores da região.
Por Bettina Guarienti
Serviço:
Comida árabe no restaurante Alladin. Rua Coronel Bitencourt, 650. Centro de Ponta Grossa/PR. Horário: Diariamente, das 18 às 23 horas.
Espaço Baiacu-Bö cria oportunidade para gêneros musicais diversos
Rap, Indie, Funk e música eletrônica. Estes são quatro dos gêneros presentes no centro cultural Baiacu-Bö, em Ponta Grossa. A casa traz shows de diversos artistas, como a banda Terno Rei, de São Paulo, e de artistas locais, como DJ Rosso e a banda LIZELIZE.
Show da banda Terno Rei no Baiacu-Bo. | Foto: Lilian Magalhães/Cultura Plural
A maior parte das atrações musicais é de Ponta Grossa, o que abre oportunidades para um maior número de artistas divulgar o trabalho. O rap, por exemplo, é um dos ritmos mais presentes na programação, gênero este que ainda é alvo de preconceito na Região. Muitas vezes, uma das únicas formas dos artistas se apresentar na cidade é por meio de batalhas organizadas pelos próprios artistas. Foram elas umas das principais responsáveis por incentivar novos artistas e chamar atenção para o rap local.
Em anos anteriores, o rap quase não era visto na cidade, talvez por conta da falta de oportunidades de participação em festivais e eventos de Ponta Grossa. Um dos mais conhecidos da cidade, o festival Sexta Às Seis, por exemplo, é mais voltado para bandas e fãs de rock, o que dificulta a circulação de outros estilos musicais.
Ao incluir diversos gêneros musicais e público variado, o Baiacu tem a capacidade de dar suporte e apoio ao rap que já foi (e ainda é) criminalizado. Outro ponto a se destacar sobre o local é a entrada gratuita. Até as 22h30, é possível acessar o espaço sem pagar, bastando preencher uma lista virtual disponibilizada nas redes sociais da casa, o que amplia a possibilidade de participação para um maior número de pessoas prestigiar os artistas.
Por Ana Barbato
Serviço:
Endereço centro cultural Baiacu-Bö - R. Comendador Airton Plaisant, 607 - Centro, Ponta Grossa - PR, 84010-550.
Instagram: @baiacu.bo
Twitter: @baiacu_bo