CRÍTICA DE PONTA
 
 
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Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura de Ponta Grossa para você! 

Aplicativo para expor a vida sem filtro afeta realidade dos usuários

“BeReal” é a nova tendência entre os aplicativos, mas proposta mantém problemas como uso desenfreado

Novos aplicativos de fotos surgem o tempo todo, às vezes com propostas inovadoras e, às vezes, com ferramentas já vistas anteriormente. O aplicativo do momento é o BeReal, “seja real” em uma tradução literal.

Como diferencial, o BeReal propõe uma vida sem filtros. Quando baixado, o aplicativo envia uma notificação ao dispositivo, nunca no mesmo horário. O fator surpresa faz com que o usuário tenha apenas dois minutos para postar uma foto do que está fazendo no momento – sem utilizar filtros ou qualquer outra ferramenta de edição. Se preferir não publicar uma foto dentro dos dois minutos, o usuário não pode acompanhar o que os amigos estão fazendo. O resultado deste movimento é um feed mais mundano, com pessoas realizando as mais diversas atividades. O BeReal logo se tornou um sucesso, baixado mais de 400 mil vezes entre agosto e setembro de 2022 no Brasil, de acordo com a empresa Conversion.

O aplicativo cumpre a proposta de vida sem filtros, diminuindo as postagens diárias e a janela de uso pelos usuários, mas tem um lado negativo. Devido aos horários aleatórios que a notificação de postagem pode ser ativada, é comum ver publicações de usuários enquanto realizam atividades nas quais o uso do celular é proibido, como ao volante de um automóvel, em salas de aula e outros ambientes. Levando em conta a preocupação dos usuários com a eventual exclusão do movimento, eles são levados a usar os dois minutos o mais rápido possível, por mais que estejam realizando atividades que dispensam o uso dos dispositivos, para garantirem seu espaço.

Portanto, apesar do BeReal ter uma proposta que limita o uso vicioso do aplicativo, ele não foge da carência por likes ou da falsa necessidade de estar participando de todos os círculos digitais possíveis, contribuindo para que as pessoas utilizem o aplicativo de forma desenfreada, afetando suas atividades cotidianas.

Por Maria Luiza Pontaldi

Serviço:

Aplicativo BeReal 

Disponível para download nas plataformas IOS e Android.

 

 

 

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Jornalistas mulheres são minorias nas redações de Ponta Grossa

Cerca de 38% são mulheres nos portais de notícia e televisão

 

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Crédito: Janaina Cassol

A inserção da mulher nas redações jornalísticas de Ponta Grossa aconteceu tardia e lentamente, visto que registros apontam que as mulheres iniciaram suas carreiras no jornalismo impresso a partir da década de 1980. No cenário nacional, em 1986 as mulheres correspondiam 35,24% nas redações. Com mudanças no mercado, atualmente 64% dos jornalistas brasileiros são mulheres, porém em Ponta Grossa o cenário é diferente.

O portal aRede é o que menos possui jornalistas mulheres atuando: a equipe é composta por 10 homens e uma mulher. O reflexo da desproporção pode ser visto no material publicado no site, pois a população conhece apenas uma visão masculina e branca.

Já o portal DC+ possui na redação quatro jornalistas mulheres, duas delas estagiárias, e dois homens. O canal televisivo Rede Massa, possui quatro equipes de reportagens, composta por duas repórteres mulheres, dois repórteres homens, e quatro cinegrafistas homens. O canal televisivo RPC, possui 18 pessoas na equipe de jornalismo, sendo que nove são mulheres. Os três veículos possuem um espaço maior para as mulheres, gerando oportunidades na carreira profissional e diminuindo a desigualdade de gênero.

Oportuno lembrar que o número de mulheres que ingressam em uma universidade é maior que a de homens, porém ainda o mercado tem predominância masculina. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa, o número de acadêmicas e formadas nos últimos dois anos corresponde a 53% do total de alunos. Desse modo, surge o questionamento, em qual área as jornalistas mulheres encontram espaço na profissão? Por que, mesmo a mulher sendo maioria, o mercado de trabalho ainda é majoritariamente masculino?

Por Janaina Cassol

Serviço:

Veículos citados: aRede, Dc+, Rede Massa, RPC

História do ingresso das mulheres nas redações de PG:  http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-do-jornalismo/a-historia-do-ingresso-das-mulheres-nas-redacoes-de-dois-impressos-de-ponta-grossa

 

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Livro Caminhos para a Colônia Cecília recupera história anarquista de forma didática

 

A capa do livro é de autoria de Isabella Hofman

 

A história da primeira colônia anarquista da América do Sul é contada pelo professor Rafael de Castro Mehret no livro Caminhos para a Colônia Cecília: Estudando um elemento da história local. A obra, que é resultado da dissertação de mestrado do autor, trata do assunto de maneira compreensível e didática e busca aproximar estudantes do ensino fundamental à história da colônia fundada por Giovanni Rossi e também da própria ideologia anarquista.

O livro é divido em dois momentos, o primeiro voltado para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental e o segundo para os que estão concluindo esta etapa da vida escolar. A decisão de intercalar a definição de conceitos e a história da colônia com exercícios de pesquisa e fixação ajuda a deixar a leitura leve e interessante, principalmente para quem não é familiarizado com as temáticas abordadas. 

Apesar de ser capaz de informar leitores de qualquer lugar, o texto é especialmente interessante para quem reside ou conhece a região de Palmeira, onde era localizada a antiga colônia. O livro é repleto de referências a localidades da região e propõe visitas a pontos históricos como o Memorial da Colônia Cecília, que atualmente funciona na área ocupada pelos imigrantes italianos, no município de Palmeira . Além da contextualização histórica, matérias de jornais, fotos antigas e citações de pesquisadores ajudam a construir a imagem da experiência anarquista que durou de 1890 a 1895. 

Devido ao caráter didático do livro, é possível perceber que boa parte do conteúdo é dedicada a desmistificar a ideologia anarquista e educar o leitor a respeito da história. Apesar de necessário, o esforço acaba tomando espaço de outras histórias sobre a colônia e seus moradores, que são abordadas de maneira superficial e repetida nos dois momentos do texto. A leitura é rápida e pode ser realizada em menos de uma hora, o que permite a utilização do material em sala de aula. Porém, “Caminhos para a Colônia Cecília” mostra-se uma leitura que pode ser útil para todos, além de informativa e necessária a respeito de um dos locais mais interessantes da história do Paraná.

Por Gabriel Mendes

Serviço:

Livro: Caminhos para Colônia Cecília

Autor: Rafael de Castro Mehret

Editora Dialética, São Paulo, 2021. 

100p.

 

No mês das crianças, livro escrito por um menino incentiva leitura infantil

“As aventuras da família doida” conta história de uma caixa de lápis de cor

 

Foto Reprodução

 

O livro “é uma prova de que a vida e o amor podem ser mais fortes, desde que se acredite com toda a força possível”. Esta é a mensagem da contracapa do livro “As aventuras da família doida”, que conta com textos de Arthur Steyer e ilustrações de Nina Eick. Publicado pela editora ponta-grossense, Texto e Contexto, o livro foi escrito pelo pequeno Arthur durante a pandemia, quando ele tinha somente sete anos.

“O desafio da pasta de dente” é o nome de uma das várias histórias elaboradas por Arthur, que hoje tem nove anos. O livro alterna entre diálogos em uma página, e ilustrações na outra. Ao todo, são 48 páginas. A história envolve uma família de lápis de cor. A mãe, Aubergine, o irmão mais velho, Woody Brown, e o irmão mais novo, Gold.

Ao final da história, o pai do autor, Fábio Steyer, que é professor de Literatura e também já publicou outros livros, escreveu um texto, dizendo estar impressionado pela rapidez de escrita e noção de enredo do filho. Foi daí que veio a decisão em tornar pública a Família Doida.

Em uma rápida conversa com Arthur, pode-se notar a felicidade do garoto. Ele diz nem acreditar que, com a pouca idade que tem, escreveu um livro. No mês das crianças, a criatividade e ousadia do pequeno autor mostram que a escrita é para todos. Com a publicação, Arthur incentiva outras crianças a dar o primeiro passo na escrita, pois como diz a ganhadora do Nobel da Paz, Malala Yousafzai, um livro, uma caneta e uma criança podem mudar o mundo.

Por Isadora Ricardo

Serviço:

Livro: As aventuras da família doida, de Arthur Steyer e Nina Eick

Editora: Texto e Contexto

Como adquirir: https://www.facebook.com/photo?fbid=504890228306993&set=a.501383198657696 

 


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Cardápio do McDonalds com tema da Copa do Mundo não traz grandes novidades

Apesar do alto valor, os pratos apresentam pouca diversidade nos ingredientes

 

Com a chegada da Copa do Mundo há pouco mais de um mês, a rede de fast food, McDonald’s, lançou seu cardápio temático, relacionando futebol aos seus lanches. Ao todo, são oito pratos salgados e um doce, o sorvete FlurryBrasil, que nada mais é do que o sorvete de baunilha com calda de banana e raspas de paçoca. Apesar da simplicidade, o doce vem em grande quantidade e custa doze reais, além de ser uma boa combinação que remete aos alimentos típicos da cultura brasileira.

Em relação aos lanches, todos eles levam o nome de um país cuja seleção jogará na Copa do Mundo, são eles: McBrasil, McCatar, McMéxico, McFrança, McAlemanha, McEspanha, McArgentina e McEUA. O prato referente à culinária mexicana trouxe uma combinação do sabor doce do pão brioche com o molho de pimenta-jalapenho com a carne de frango empanada no recheio, mas o sabor apimentado se sobressai de tal forma que fica difícil terminar o lanche sem precisar se refrescar a cada mordida. 

Já o McBrasil, outra opção escolhida para a degustação, surpreende pelos ingredientes: carne bovina, molho temperado, alface, tomate, queijo empanado e bacon. O último, aliás, não é tão identitário da culinária brasileira. Também, pela grande quantidade de itens do lanche e rapidez ao montá-lo, era difícil segurá-lo para comer com as mãos. Como esperado, o sabor não foi muita novidade, pois a similaridade com os outros pratos tradicionais da lanchonete era muito notável. O mais especial do cardápio temático é, então, o molho diferente de cada lanche.

Mesmo utilizando de cupons e combos que propõem desconto na compra, todos os lanches da Copa do Mundo no McDonald’s têm preço superior a 30 reais, e apesar da proposta cultural, a rede de fast food não objetiva trazer a culinária e gastronomia de outros países para quem sabe o que vai consumir: um lanche pequeno, feito rapidamente e com diferença pequena entre os sabores do cardápio. 

Por Lilian Magalhães

Serviço

Os lanches com tema da Copa do Mundo no McDonald’s podem ser adquiridos nas lanchonetes do Shopping Palladium ou ao lado da Universidade Estadual de Ponta Grossa, variando entre os valores de R$34,90 (apenas o lanche) a combos com sorvete, batata frita, refrigerante e até figurinhas para o álbum da Copa do Mundo 2022. 

 

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Banda ponta-grossense mistura ritmos latinos de origem africana

Muito além da música, Mambaia: Améfrica Groove aposta no ensino de história

 

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Foto Divulgação

 

Que a música desperta sensações, isso não é novidade para ninguém. Agora, imagina que, além de te fazer dançar, ela também ensina a origem dos diversos ritmos latinos. Eis o destaque! Essa é a proposta do grupo musical ponta-grossense, Mambaia: Améfrica Groove. O termo Améfrica, inspirado nos estudos de Lélia Gonzalez, deixa claro o objetivo da banda em afirmar que, grande parte dos estilos musicais como Salsa, Rumba, Bembé, Alujá, Candombe e diversos subgêneros do Samba, são de origem africana.

O grupo instrumental, formado por oito músicos, foi idealizado exclusivamente para o Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promific), de Ponta Grossa. É válido ressaltar que todas as músicas são de autoria do produtor e guitarrista da banda, Fernando Bertani. Além dele, Aline Garabeli, Felipe Oliveira, Eric Santana, Felipe Ferreira, Fábio Barbosa, Anthonny Felipe e Nicolas Salazar compõem o grupo musical. Segundo Bertani, a africanidade é uma forma de mostrar ao mundo outras histórias e perspectivas identitárias do continente latino-americano.

As músicas ainda estão em fase de finalização, mas vale adiantar... É impossível ficar parado. Ao escutar uma prévia da canção Volta Seca, é inegável a vontade de ir o quanto antes a um show do Mamabaia: Améfrica Groove. O som te lembra o jazz e o samba não fica de fora. A harmonia é inigualável, mesmo com diversos ritmos afro-latinos presentes na música. O modo que o saxofone casa com o baixo, ou que bateria guia os instrumentos de percussão, faz a experiência ser completa.

Ao todo, serão 11 músicas e seis apresentações entre os meses de novembro e dezembro em Ponta Grossa. Para além dos shows, o produtor e guitarrista do Mambaia, Fernando Bertani, já adianta que haverá um momento dedicado à plateia, para que o público se atente a cada ritmo afro-latino presente no repertório da banda.

Por Leriany Barbosa

Serviço:

Banda: Mamabaia: Améfrica Groove

Início: 2022

Realização: Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promific)

 

 

Ficha técnica: 

Apresentação: Tamires Limurci

Publicação: Amanda Martins 

Supervisão de produção: Sergio Gadini

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira, Marcelo Bronosky e Ricardo Tesseroli