Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
PizzaDog une dois lanches populares e conquista o paladar dos fãs de fast-foods
A pizza e o hotdog são lanches de origem italiana e americana, mas nunca estão em falta no cardápio brasileiro. O primeiro, vindo da Europa, é tradicionalmente fino, tanto em massa quanto em recheio. Já o segundo, típico dos Estados Unidos, consiste em um pão, recheado com uma ou duas salsichas. Mas aqui no Brasil estas receitas não foram só incrementadas como também unificadas. Com uma proposta diferenciada, o PizzaDog vem para agradar os amantes dos lanches.
O cardápio é dividido em 4 categorias: os Nobres; os Especiais; os Tradicionais e os Doces. O lanche salgado é montado em baguete de parmesão, pão macio e dourado, e muito recheio, o nobre Mexicana é um dos favoritos dos clientes, o lanche vem com carne moída ao molho bolonhesa, pimenta, tortilhas, cheddar e mussarela, a opção além de suculenta, é uma das mais bem recheadas do cardápio.
Para aqueles que não são fãs de pimenta, o nobre Pernil é o pedido ideal, que conquista o cliente tanto pelo aroma quanto pelo sabor, com carne sequinha, mussarela e muita maionese, além da opção de adicionais. No cardápio também há opções vegetarianas, recheadas com mussarela, tomate, champignon, milho, azeitona e requeijão cremoso puro. Aos que buscam variedades doces, também há 10 opções no cardápio, todas com pão integral.
Apesar da ótima variação no cardápio e lanches deliciosos, o ambiente interno apresenta um problema, uma área pequena e bem limitada para clientes. O espaço entre as poucas mesas deixa o freguês com uma sensação de aperto, para grupos maiores de 5 pessoas, a melhor opção é o pedido por delivery ou retirada.
Por Victória Sellares
Serviço:
Endereço: Avenida Bonifácio Vilela, Centro - Ponta Grossa/PR
Site: https://pedir.pizzadog.com.br/menu
Preço: Lanches variam de R$ 14,90 a R$ 27,90.
Horário de funcionamento: Seg a Sáb: 11h às 16h e 17h às 22:45h | Domingo: 17h às 22:45h.
Lojas de PG apostam em Dia das Bruxas com alegria e lucro
Tradicionalmente no mundo inteiro, no dia 31 de outubro, comemora-se o Dia das Bruxas. A festa é tão antiga que é difícil encontrar uma origem definitiva. O que se sabe, porém, é que o nome original do evento, Halloween, vem de “All Hallow’s Eve”, o dia anterior à data que lembra Todos os Santos (1/11). O Dia das Bruxas mistura tradições cristãs e pagãs.
É possível indicar que o Dia das Bruxas está virando uma festa comum no Brasil por conta da influência da internet e de filmes hollywoodianos, que apresentam a data cultural para diferentes povos do mundo. Aqui, constata-se um aumento do hábito de assistir filmes de terror no mês de outubro, fazer festas de Halloween e usar fantasias assustadoras, tudo sob a inspiração do festival nos Estados Unidos.
Em Ponta Grossa, lojas que trabalham com fantasias de carnaval e artefatos para jogos da Copa do Mundo, por exemplo, já começam a vender artigos para a festa do Dia das Bruxas. Pouco do que se vende é inspirado na cultura brasileira ou no folclore regional, dando espaço para fantasias de personagens americanizados, como vampiros ou personagens de séries e filmes dos Estados Unidos. Além disso, é comum observar a venda de decorações com formatos de abóboras, alimento utilizado como decoração natural durante o outono. O Dia das Bruxas no Brasil, porém, é comemorado durante a primavera.
É inegável que a vinda do Halloween para Ponta Grossa também desperta um costume capitalista de consumo e da compra e venda de fantasias ou ingressos para festas em casas de shows. Apesar disso, a oportunidade de realizar as comemorações traz alegria para crianças e para os adultos apaixonados pela cultura do terror, que enxergam no Dia das Bruxas uma oportunidade para mostrar ao mundo toda uma paixão pelo oculto, pelo assustador e pelo que não é aceitável socialmente durante o resto do ano.
Por Maria Helena Denk
Serviço:
Dia das Bruxas - ou Halloween -, comemorado no dia 31 de outubro. Origem do festival.
Livro infantil revela conversa interessante entre instrumentos musicais
E se instrumentos musicais resolvessem conversar entre si para explicar a importância de cada um? O escritor, Fábio Mauricio Holzmann Maia, consegue expressar tal diálogo no livro Conversa entre instrumentos musicais, lançado em agosto de 2022. A breve história, conduzida pela Tuba... sim, aquele instrumento musical que possui som grave, serve como um puxão de orelha amigável no Flautim e Requinta. Uma vez que ambos os instrumentos discutiam sobre um ser melhor que o outro no quesito som.
A forma que a Tuba faz com que os colegas entendam o porquê de cada instrumento ser importante em uma banda é contagiante. Pois, além de ser uma verdadeira lição, que pode ser aplicada tanto em instrumentos como em pessoas, o livro de Fábio revela pontos essenciais sobre a história das famosas “bandinhas” de Ponta Grossa.
Por falar em “bandinhas”, é óbvio que a Banda Lyra dos Campos ocupou espaço na fábula. Mas para completar a história, o Saxofone também ajuda a Tuba ao falar sobre a trajetória da banda do 13º Regimento de Infantaria da cidade. O mais interessante do conto, não é somente o diálogo criativo e explicativo, mas também as ilustrações feitas pela professora e artista plástica, Rossana Moletta. O livro consegue prender a atenção de todos os públicos, sejam crianças ou adultos.
Engana-se quem acha que o Conversa entre instrumentos musicais foca somente na conversa, pois Fábio preocupou-se em explicar cada um dos principais instrumentos ao final da história para que, caso alguém não tenha a mínima ideia do que é o flautim, por exemplo, saiba que ele é da família dos instrumentos de sopro. O livro também não se limita às páginas, pois em cada explicação existe o QR Code, em que o leitor pode apontar a câmera do celular e ver qual é o som de cada instrumento, além de também ter versão em audiobook.
A fim de ampliar o caráter pedagógico das crianças em relação aos instrumentos e a história das bandas da cidade, o mais novo livro de Fábio Mauricio Holzmann Maia pode ser encontrado, de forma gratuita, na rede municipal de ensino de Ponta Grossa.
Por Leriany Barbosa
Serviço:
Conversa entre instrumentos musicais, 2022
Autor: Fábio Mauricio Holzmann Maia
Ilustração: Rossana Moletta
Editora: ABC Projetos, Ponta Grossa
Setembro em Dança tem diversidade de estilos de dança
Em Ponta Grossa, a dança conquista cada vez mais atenção. Um dos principais responsáveis por esse cenário é o festival Setembro em Dança, que aconteceu no último mês. Considerado o maior festival de dança do Paraná, o evento teve mais de 30 atividades na programação e reuniu estilos de dança diversos, desde o ballet clássico até coreografias de K-Pop. Na edição 2022 o número de atividades aumentou, pois a coordenação permitiu a inscrição de artistas de outras cidades do estado.
E, assim, o festival ganha destaque no que diz respeito à diversidade de estilos quando comparado a outras edições. Enquanto em 2022 a dança afro, fit dance e dança de pop coreano ganharam espaço no festival, a programação do evento em 2021, em sua maioria foi voltada ao ballet, jazz e dança contemporânea. Em Ponta Grossa, há tempos não se viam eventos e mostras de dança que fossem além dos poucos gêneros conhecidos. Em grande parte das vezes, existiam apenas espetáculos de determinadas escolas, e não realmente um festival capaz de abraçar outros estilos de dança. Talvez, por existir poucas escolas e academias na cidade que ofertam aulas de outros gêneros.
A existência da variedade de estilos em festivais é significativa, uma vez que há pouco espaço para os demais gêneros em eventos maiores. O Festival de Dança de Joinville por exemplo, que é o maior festival de dança do mundo, é um dos únicos entre vários do mundo a reunir grande diversidade de gêneros. E por mais que o Setembro em Dança esteja evoluindo aos poucos em diversidade, já pode ser visto como um importante aliado da variedade da dança em Ponta Grossa.
Por Ana Barbato
Serviço:
Para conferir fotografias do Setembro em Dança, basta acessar as redes sociais da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa no link.
Troca de figurinhas atrai público às praças ponta-grossenses
Praça pública é sinônimo de lazer, seja para passear, respirar ar livre ou estar em contato com a natureza. Com parques, quadras de areia e brinquedos, elas são locais de encontros entre gerações, sejam elas crianças, adolescentes ou adultos. Desde o mês de agosto, as praças de Ponta Grossa também viraram ponto de encontro para troca de figurinhas da Copa do Mundo, que acontece no Catar, a partir de 20 de novembro de 2022, após ser adiada devido às temperaturas elevadas do verão asiático ocidental.
O álbum de figurinhas, que começou a ser comercializado em 19 de agosto, é vendido por 12 reais na versão tradicional, ou por R$ 44,90 na versão capa dura. Os pacotes de figurinha custam 4 reais, e em cada um, vêm 5 adesivos para colecionar.Para completar o álbum da Copa do Mundo, são necessárias 670 figurinhas, porém, ao comprar um pacote, várias imagens repetidas podem aparecer. É aí que entra o auxílio das bancas de jornais, localizadas nas praças ponta-grossenses. Além de vender álbuns e pacotes de adesivos, as bancas se tornaram ponto de encontro entre colecionadores, que levam figurinhas repetidas e buscam novos ícones para completar a revista.
Na praça Barão do Rio Branco, localizada no centro da cidade, duas bancas de jornal têm ponto de troca. Uma delas, o Ponto Azul, se tornou referência para os colecionadores, e a todo momento, é possível encontrar pessoas sentadas nas mesas da banca, substituindo adesivos. A praça da Catedral também se tornou ponto de troca.
O movimento de troca permite o giro de pessoas nas praças que, ao estar ali, entram em contato com diferentes grupos sociais. Além de comprar outros pacotes, os colecionadores aproveitam para movimentar vendas de pequenos comerciantes, que ficam nas praças com carrinhos de pipoca, churros, refrigerantes e demais produtos de consumo.
Não apenas as crianças e adolescentes colecionam álbuns, mas também adultos, que se permitem voltar à infância com a troca de figurinhas e ficam na expectativa para ter o álbum completo. Com isso, praças públicas continuam servindo como espaço de lazer, mas trazem para o ambiente uma outra forma de diversão.
Por Isadora Ricardo
Serviço:
Álbum Copa do Mundo: https://panini.com.br/colecionaveis/copa-do-mundo-2022
Ponto de troca de figurinha: Ponto Azul – Praça Barão do Rio Branco
Banda ponta-grossense mistura ritmos latinos de origem africana
Que a música desperta sensações, isso não é novidade para ninguém. Agora, imagina que, além de te fazer dançar, ela também te ensine a origem dos diversos ritmos latinos. Isso sim é interessante! Essa é a proposta do grupo musical ponta-grossense, Mambaia: Améfrica Groove. O termo Améfrica, inspirado nos estudos de Lélia Gonzalez, deixa claro o objetivo da banda em afirmar que, grande parte dos estilos musicais como Salsa, Rumba, Bembé, Alujá, Candombe e diversos subgêneros do Samba, são de origem africana.
O grupo instrumental, formado por oito músicos, foi idealizado exclusivamente para o Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promific), de Ponta Grossa. É válido ressaltar que todas as músicas são de autoria do produtor e guitarrista da banda, Fernando Bertani. Além dele, Aline Garabeli, Felipe Oliveira, Eric Santana, Felipe Ferreira, Fábio Barbosa, Anthonny Felipe e Nicolas Salazar compõem o grupo musical. Segundo Bertani, a africanidade é uma forma de mostrar ao mundo outras histórias e perspectivas identitárias do continente latino-americano.
As músicas ainda estão em fase de finalização, mas já adianto... É impossível ficar parado. Ao escutar uma prévia da canção Volta Seca, é inegável a vontade de querer ir o quanto antes a um show do Mamabaia: Améfrica Groove. O som te lembra o jazz e o samba não fica de fora. A harmonia é inigualável, mesmo com diversos ritmos afro-latinos presentes na música. O modo que o saxofone casa com o baixo, ou que bateria guia os instrumentos de percussão, faz a experiência ser completa.
Ao todo, serão 11 músicas e seis apresentações entre os meses de novembro e dezembro em Ponta Grossa. Para além dos shows, o produtor e guitarrista do Mambaia, Fernando Bertani, já adianta que haverá um momento dedicado à plateia, para que o público se atente a cada ritmo afro-latino presente no repertório da banda.
Por Leriany Barbosa
Serviço:
Banda: Mamabaia: Améfrica Groove
Início: 2022
Realização: Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promific)
Foram reeleitos, mas o que fizeram em mandatos anteriores?
Em uma disputa eleitoral a informação é fundamental. Mas é preciso divulgar temas que também possibilitem ao eleitor avaliar as candidaturas que buscam novo mandato a cada quatro anos. A imprensa, que tem como função prioritária informar a população, deveria mostrar no que candidatos e candidatas à reeleição pretendem, apresentando o que já foi feito em anos anteriores.
Nos portais noticiosos online de Ponta Grossa o detalhamento sobre ações e opiniões políticas acontece quase exclusivamente com aqueles candidatos que receberam grande quantidade de votos na cidade e que são ponta-grossenses, como Mabel Canto (PSDB), deputada estadual, e Aliel Machado (PV), deputado federal também reeleito. Matérias que apresentam candidatos sem mandato, por exemplo, aparecem com menor frequência comparativa, fazendo com que o leitor precise procurar em outros espaços e, mais ainda, candidatos de outras regiões e cidades do Estado. Percebe-se, ainda, a pouca existência de debates e avaliações sobre o trabalho anterior de candidatos à reeleição, o que apenas favorece a campanha de quem já exerce algum cargo ou mandato.
Ao pesquisar sobre reeleição nos mesmos portais, nota-se que as primeiras notícias remetem ao número de deputados reeleitos na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep). “Alep reelege 30 dos 54 deputados” e “30 deputados estaduais foram reeleitos no Paraná” são frases que aparecem de forma recorrente nos textos. Percebe-se ainda que o objetivo das publicações é informar rapidamente o leitor sobre quem recebeu mais ou menos votos, quais deputados(as) foram eleitos e reeleitos, e a quantidade de votos que um candidato recebeu na cidade.
Aqui, porém, o leitor precisa se atentar para informações contraditórias, visto que os números de deputados estaduais reeleitos nas publicações são divergentes: em alguns aparecem 28 candidatos, e em outros 29 ou 30. Além de informar, é preciso apurar a informação com precisão.
Por Ana Barbato
Serviço:
Portais consultados para escrever a crítica: aRede, DC Mais e Mareli Martins.
Publicações sobre o número de candidatos reeleitos: aRede, DC Mais e Mareli Martins.