Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você





Baiacu Bo possui drinks gostosos, mas caros

Espaço tem personalidade que não reflete nas bebidas | Créditos: Catharina Iavorski 

É de conhecimento de todos que fim de semana é um momento de curtir e fazer o que gosta. Algumas pessoas descansam, vêem um filme, saem com os amigos e também podem aproveitar para tomar alguns drinks e bebidas, aproveitando para jogar conversa fora e dar risada. 

Um local em Ponta Grossa que conta com diversos drinks para todos os gostos é o Baiacu-Bo que tem como carro chefe as bebidas, sem aperitivos ou lanches. Elas agradam quem gosta de algo mais doce e menos alcoólico, como é o exemplo do Malibo Pineapple, que conta com rum de coco e suco de abacaxi e o fireball, que é composto por whisky e red bull de melancia. Assim como existem drinks mais fortes e azedos, para quem tem esse paladar. O Manjeri Bo e o Bojito são excelentes para quem gosta de limão com algo mais gaseificado. O Manjeri Bo, conta com manjericão, limão, tônica e uma dose de velho barreiro e o Bojito, a versão da casa do Mojito, conta com o tradicional limão, rum mojito, bacardi oro, tônica e como um toque final vai a hortelã. 

Drinks sendo muito saborosos nos primeiros goles, com o tempo, por conta da quantidade de gelo, as bebidas ficam aguadas e vão perdendo o sabor marcante do início. E quem vai ao local espera nos drinks um reflexo da ambientação mais alternativa, porém as bebidas mais baratas são muito comuns e para quem quer outra experiência precisa gastar muito. Sendo possível comprar doses de R$ 5 a R$18 e os drinks começam em R$15 e podem ir até R$30. O que pode se tornar caro a partir do momento em que o drink fica com mais água do gelo do que a bebida em si. 

Uma saída para quem quer economizar e beber um pouco mais, é comprar o chopp pilsen, que custa R$ 10 ou dependendo do dia, a casa disponibiliza a opção de double chopp, onde é possível ter dois chopps por R$ 15. 

O Baiacu-Bo fica na rua Comendador Airton Plaisant, 607, na região do centro. O horário de funcionamento varia conforme os eventos que podem ser conferidos no instagram do local @baicu.bo.

Por Catharina Iavorski

 

A espera do Carnaval entre os sons da percussão

Nos preparativos para o carnaval de Ponta Grossa, banda Chave de Mandril realiza ensaio | Créditos: Divulgação

Em ensaios marcados por brasilidades, as três preparações para o 1° bloco de rua da banda “Chave de Mandril” ocorreram nas cidades de Ponta Grossa nos bares Baiacu-Bo e Boteco da Estação e em Telêmaco Borba, no bar Tonnel.  

A banda tocou desde os nomes mais conhecidos desta festividade brasileira como Daniela Mercury e Ivete Sangalo até artistas de outros ritmos musicais como Rita Lee. O ensaio trouxe inicialmente músicas clássicas da MPB, como “Canto das Três Raças” de Clara Nunes e “Eu também quero beijar” de Pepeu Gomes. Em seguida, “Disritmia” de Gonzaguinha abriu espaço para canções em ritmo de samba. E por fim, “Vem meu amor”, da banda Eva trouxe a contagiante energia do Axé.

De forma geral, a seleção de músicas mais tranquilas no início da apresentação, fazendo o público de soltar aos poucos, acompanhado do samba onde os próprios músicos interagiram na pista de dança e finalizado com o axé, funcionou como uma energia em escala, partindo de algo mais lento para canções alto astral. 

A escolha de um ensaio ao ar livre no fim da tarde também foi um importante elemento de composição do cenário de carnaval. Além disso, todos os integrantes da banda vestiam adereços carnavalescos, com muito glitter, purpurina e vestimentas coloridas. 

A bateria, o pandeiro, o batuque e o chocalho foram instrumentos  presentes em todas as canções, se unindo em uma interessante combinação de sons. Porém, em alguns pontos da apresentação o volume dos instrumentos se sobressaia com relação a  voz dos cantores, dificultando a escuta das letras das músicas. 

Chave de Mandril uniu ritmos musicais complementares com grande presença de palco, interação com o público e domínio musical, pois os integrantes revezavam os instrumentos entre si, oferecendo uma experiência completa a cada um deles. Como dito pela própria banda, cada ensaio é tratado como apresentação oficial, a fim de demonstrar ao público o melhor de si. 

A apresentação oficial do “Bloco da Chave” será no dia 20 de fevereiro, às 16 horas, na frente da Feira Do Produtor. Outras informações você pode encontrar no Instagram da banda @chavedemandril.

Por Valéria Laroca

 

Ambiente virtual de exposições da PROEX inova nas visitas a galeria de arte

 

O acervo conta com artistas que contribuíram para inovar técnicas das produções artísticas locais | Créditos: Reprodução/Site PROEX

 

A Pró- Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (PROEX) possui em seu site um espaço destinado a exposições de pinturas e esculturas de arte. O ambiente virtual conta com 10 coletâneas. Os artistas envolvidos são professores e alunos dos cursos de licenciatura em artes visuais da UEPG, pintores, fotógrafos e também, em memória de outros que já partiram. Todas as obras presentes no site já estavam expostas no casarão da PROEX, mas a proposta de realizar visitas virtuais é uma nova forma de frequentar e experimentar as artes. 

Quando a aba das exposições é aberta, não há um caminho a seguir como de costume ao visitar uma exposição física. No virtual, o visitante pode escolher pelo título qual coletânea irá observar. Em apenas uma hora e meia é possível acompanhar as dez exposições, analisar mais de 100 pinturas, desenhos,  esculturas, fotografias, saber da vida do autor e suas inspirações. Para imergir no campo artístico e analisar melhor as obras, o site possui a opção de dar play em um instrumental de música clássica para o visitante ouvir enquanto rola o site acompanhando as obras. 

Nas telas, os artistas abordam a vida cotidiana em Ponta Grossa, a arquitetura urbana da cidade, a botânica da região e também obras abstratas que refletem dos pintores os sentimentos provocados pelo momento pandêmico, como é o caso de Tempo e Ilusão produzida pelos professores e alunos do curso de licenciatura em Artes Visuais da UEPG, Vermelho O Recorte do artista Emerson Persona e outros. 

Sem sair de casa, o visitante pode ir além do seu tempo vivido e viajar ao passado através das obras de Jacobus Van Wilpe, por exemplo. "O Pintor dos Campos Gerais”, como está nomeado no site, retratava em suas telas a área urbana de Ponta Grossa na década de 50. Nas pinturas, também é possível vislumbrar a paisagem da época, de campos, os riachos, ruas da cidade, casarões históricos, enfim, simplesmente viajar na história e memória. 

Para viver essa diferente experiência de visitar uma galeria de arte dos artistas de Ponta Grossa, basta acessar a aba Exposições Virtuais no site da PROEX. 

Por Maria Eduarda Ribeiro

Série documental retoma uma década de sofrimento e impunidade no caso da Boate Kiss

Série convida o telespectador a se sensibilizar com uma história detalhada do incêndio em Santa Maria | Créditos: Reprodução/Todo dia a mesma noite

Após dez anos de um dos maiores incêndios da história do Brasil, a tragédia da Boate Kiss que deixou 242 mortos e 636 feridos voltou a ser comentada pela população brasileira. O incêndio de Santa Maria vitimou jovens universitários que se divertiam em uma noite que julgavam ser apenas mais uma festa universitária. O fato que chocou o mundo ganhou versões em documentários realizados por plataformas de streaming com o intuito de  resgatar as histórias dessas vítimas e enfatizar a impunidade deste caso.

A minissérie documental, "Todo dia a mesma noite”, realizada pela Netflix, tem o roteiro de Julia Resende e Carol Minêm que escolheram o formato da dramatização para contar as histórias das vítimas e de familiares que vivenciaram essa tragédia. A produção se baseou no livro de mesmo título, da autora Daniela Arbex. Na obra ela tem o foco nas histórias dos familiares, e da mesma forma, a minissérie se atenta em iniciar com uma breve contextualização do dia do acidente e depois desenvolve uma narrativa mais voltada para as famílias. 

A dramatização mostra como as vítimas sofreram momentos aterrorizantes durante aquela noite, após uma banda soltar fogos de artifício em um local fechado com material inflamável e altamente tóxico.  Além disso, a trama retrata como as famílias foram e são afetadas até os dias de hoje. O acidente, como também é explicado na série, ocorreu por falta de fiscalização e por irresponsabilidade dos músicos e donos do estabelecimento. A série documental tem uma boa explicação de todo o ocorrido, desde a causa das mortes até o desenrolar do caso que acaba com a anulação do julgamento dos acusados.

Apesar da minissérie ter um bom desenvolvimento dos fatos e ter uma grande sensibilidade ao tratar do incêndio. Em razão da tragédia ter ocorrido no estado do Rio Grande do Sul, fez com que a dramatização tentasse retratar o sotaque gaúcho. Porém, a maioria dos atores forçaram essas características e outros não conseguiram ser felizes nesse ponto, se tornando totalmente robótico. Talvez se a plataforma tivesse contratado atores realmente rio-grandenses, essa questão não teria sido prejudicial para o roteiro. 

Além disso, gerou polêmica entre a família das vítimas, pois muitos pais não sabiam que a série iria estrear em uma das maiores plataformas de streaming e acusaram a empresa de lucrar em cima de suas perdas. Mesmo com essa indelicadeza da empresa, a trama se compromete a trazer a história de volta às telas brasileiras para que os culpados sejam responsabilizados por seus atos. Algo que, infelizmente, não é a realidade.

Por Kathleen Schenberger