Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

Teatro de Suassuna na UEPG

 

Auto da Compadecida é a única obra teatral indicada ao vestibular de verão da universidade   

Barbara Popadiuk

 

    Mesmo escrita há mais de cinquenta anos, a linguagem simples do escritor Ariano Suassuna facilita a leitura da peça teatral Auto da Compadecida. A trama ocorre no Nordeste do Brasil, e possui elementos da tradição de literatura de cordel e traços de comédia. Com mistura da cultura popular e da tradição religiosa, o livro é dividido em três autos e foi publicado em 1957 pela editora AGIR.

A peça também trata da diferença de classe social e financeira, a partir de personagens assalariados, que tentam melhorar a vida por meio de golpes aos patrões exploradores. Vários personagens não são nomeados na obra, eles são identificados por suas funções na história ou pelas profissões que ocupam.

Suassuna teve seu primeiro poema publicado com dezoito anos, no Jornal Do Commercio, de Recife.Vários de seus escritos foram adaptados para o cinema. Auto da Compadecida foi uma de suas obras com maior repercussão e com pelo menos duas adaptações. Na primeira, de 1969, a história foi exibida nos cinemas. Vinte anos depois, em 1999, o enredo foi exibido em quatro capítulos na televisão e no ano seguinte convertida em filme. Guel Arraes foi o responsável pela segunda adaptação. Esta, tornou a história da peça mais popular e conta com Fernanda Montenegro no elenco.

Em 2005, o livro recebeu uma edição comemorativa pela AGIR, ilustrada por Dantas Suassuna e  textos complementares, como biografia do autor e comentários sobre a obra. O livro está disponível para empréstimo na Biblioteca Pública Prof Bruno Enei e na biblioteca da UEPG.


 

Documentário brasileiro “Paulistas” exibe realidade de  comunidade no Sul de Goiás

Letícia Dovhy

Quando foi a última vez que você assistiu a um documentário no cinema, em Ponta Grossa? Além de uma atividade de lazer, a exibição de documentários nos cinemas é uma das formas de conhecermos as diferentes realidades brasileiras. Aqui na cidade, o shopping total exibe desde quinta feira, dia 25  de outubro o documentário “Paulista", com direção de Daniel Nolasco. A entrada tem um diferencial: o valor é de R$ 3,50 para o todo o público. O documentário faz parte do projeto Sessão Vitrine, com apoio da Petrobras.

 

A produção retrata, no sul de Goiás, a comunidade de “Paulistas”, região marcada historicamente pelos danos ambientais, como a construção da hidrelétrica da Serra do Falcão, que degradou o habitat e teve impactos negativos na  vida dos habitantes. A monocultura agride solo, fauna e flora da região.

Estas atividades tiveram uma conseqüência social: o êxodo rural da população jovem. Já em 2014, não havia mais jovens na localidade.  É nesse sentido que o enredo revela o ponto de vista de três irmãos sobre a região que retornam nas férias para a casa dos pais.

Existe pouco diálogo ao longo do documentário. O diretor enfatiza cenas que exibem em detalhes a rotina dos moradores, o sofrido trabalho braçal e as expressões faciais que demonstram uma vida desgastante. Outras cenas mostram casas precárias, ambiente degradado e a falta assistência. Uma característica do documentário é a utilização de sequências longas e a preferência pelo som ambiente  no lugar da narração

O diretor Daniel Nolasco viveu parte da sua infância na comunidade de Paulistas e conseguiu demonstrar o que é viver naquela região. O elenco é composto pelos próprios moradores da localidade.  


 
 
 
 
 

 

 

 

O Quebra Nozes em PG

O espetáculo Quebra Nozes foi o primeiro ballet de repertório a ser apresentado este ano em Ponta Grossa pelo estúdio de dança La Ballerina

Millena Villanueva

 

    O estúdio de dança La Ballerina remonta o clássico Quebra Nozes, de Tchaikovsky. A história se passa numa noite de Natal na casa de Clara, que ganha um brinquedo do padrinho, um boneco de quebra nozes, e se encanta com o presente. Após a festa de Natal, depois que todos vão embora da casa, ela fica empolgada com o brinquedo e sonha que ele ganha vida. Após uma batalha entre os soldados e ratos, Clara viaja com Quebra Nozes pelos Reinos das Neves e dos Doces. O ballet tem dois atos e já foi apresentado em Ponta Grossa pela escola em 2001, quando La Ballerina estava sob outra direção.

    Um ballet de repertório é feito com base numa história. Neste caso, conta a história na versão de Alexandre Dumas. Ele transformou o conto “Quebra Nozes e o Rei dos Ratos” numa história infantil.  Este é um dos três ballets feitos por Tchaikovsky e foi apresentado pela primeira vez em 1892 na Rússia. Considerado um clássico, é um espetáculo reproduzido pelas escolas de ballet no mundo todo. Um ballet de repertório exige nível técnico e em 2018 a escola se considera preparada para apresentar a história.

    Com uma hora e meia de duração, o ballet supera as expectativas e emociona o espectador. A iluminação brinca com as cores e ajuda a dar intensidade aos passos, que peca em sincronização somente no ballet infantil, mas ganha pontos com a fofura das personagens. O ponto alto é o Grand Pas de Deux, feito com um bailarino convidado de Curitiba e uma bailarina de 13 anos, bem como a valsa das flores feito pelo ballet adulto, ambos no segundo ato.


 
 

 

 

Quem procura nem sempre encontra

O silenciamento dos jornais locais de Ponta Grossa sobre a corrida presidencial 2018

 

João Guilherme Castro

 

Sabe aquele ditado ‘quem procura acha’? Pois é, ele não se aplica para quem busca informações jornalísticas  sobre a eleição nacional nos impressos da cidade. Os jornais Diário dos Campos e Jornal da Manhã silenciaram-se em um dos momentos mais importante da democracia brasileira. Não apresentaram as propostas dos candidatos à presidência da república. Mas aí a gente se pergunta: Um jornal local, que circula em uma cidade com pouco mais de 300 mil habitantes precisa trazer as propostas dos candidatos a presidente? A resposta é SIM! A presidência da República é algo que diz respeito a todos os brasileiros e brasileiras. Não apresentar as propostas dos candidatos ao cargo é silenciar perante à crise política que estamos passando.

A eleição de 2018 foi discutida pelas redes sociais e os donos dos jornalões impressos  poderiam pensar: “Se tá na internet o impresso não precisa publicar”, mas a questão é que nem na versão on line dos dois diários da cidade, houve uma cobertura efetiva da disputa presidencial.

Nas eleições municipais, os jornais locais trouxeram as propostas e apresentaram entrevistas com os candidatos à prefeitura. Obviamente não se esperava a mesma cobertura no nível presidencial, mas ao menos trazer os principais pontos que vão de certa forma afetar os ponta-grossenses seria interessante.

Como não tivemos uma cobertura local sobre o pleito presidencial a partir dos dois jornais impressos comerciais da cidade, podemos ter acesso aos planos de governo dos candidatos pelo jornal-laboratório mensal, o Foca Livre, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. O foca trouxe na sua última edição (distribuída em 26 de outubro) uma prévia do editorial já na capa. A mesma estratégia usada por grandes jornais impressos do brasil, como Folha de S. Paulo.

Os jornais impressos do país  se valeram, ainda da hashtag #EleSim, para indicar seu posicionamento. Como no caso da  ‘Tribuna’ de Curitiba e O Estado de Minas. Os grandes jornais impressos do país também demonstraram a importância do tema com a publicação de uma edição impressa na segunda-feira, já em Ponta Grossa, o material que circula no dia seguinte da eleição é o mesmo que girou no domingo, antes da votação iniciar. Portanto, considerando os jornais impressos de Ponta Grossa, não houve nada de significativo que justificasse uma edição nova nesta segunda.

Confira o programa Crítica de Ponta na TV:

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Crítica de Mídia - Literatura

 

"O mestre e o Herói"

Obra de escritor paranaense retrata lições de vida e simplicidade

 

Letícia Dovhy

 

O romance "O mestre e o Herói", de Domingos Pellegrini Júnior,  é uma das obras literárias cobradas no vestibular da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O escritor paranaense já atuou como contista, cronista, poeta, jornalista e publicitário. O autor já foi seis vezes premiado pelo prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, dentre outros reconhecimentos.  

A obra é um romance juvenil contemporâneo de 2006, distribuído em 22 capítulos. A narrativa conta a história da transformação de vida e amadurecimento de um menino que, a princípio, mostra-se como um garoto mimado e que sempre reclama da vida, mesmo com o conforto que leva.

O pai da personagem manda o rapaz para uma viagem, com um misterioso "mestre", de poucas palavras, mas de grande sabedoria. Na experiência, o menino repensa os valores da existência e percebe que o essencial não está nas regalias, mas na essência da vida. Um dos aprendizados é observar a natureza e prestar atenção nos detalhes.

E, assim, o jovem aprende a ver no mestre um grande amigo. O herói que a história apresenta não é aquele com super-poderes, mas alguém que reconhece as limitações e fragilidades humanas.

A personagem não tem nome na história é apresentada apenas como "menino", que não tem problemas financeiros e a partir da amizade com o mestre se torna uma pessoa mais simples.

 

"Mestre, por que vivemos?

— Para aprender.

— Aprender o quê?

— A viver"


 

Excesso de peso na bagagem / Acúmulos da viagem

“Bagagem”, de Adélia Prado, é o único livro de poesias indicado para o vestibular da UEPG

 

Ana Istschuk

 

O que você carrega em uma bagagem? Adélia Prado leva o cotidiano, o amor, a religiosidade, a memória e o ser mulher. Carrega o que ela diz que não pode deixar ou esquecer em casa: a própria poesia. E é a poesia do simples, do dia a dia que se apresenta em “Bagagem” - obra de estreia da autora, aos 40 anos, publicada em 1976.

A primeira parte da obra aborda questões de quem é a autora, as experiências dela, a linguagem e o  fazer poesia. A segunda carrega questões sobre o amor, o querer, a ilusão e a idealização do sentimento. Já a terceira parte trata da memória. A última, “alfândega”, é composta por apenas um poema que tem o mesmo nome e remete ao título da obra. Os poemas em “Bagagem” possuem fortes descrições, muitos contrastes e opostos. Há, também, a repetição de elementos ao longo do livro, como as cores amarelo e roxo que permeiam várias poesias.

Adélia Prado escrevia sonetos desde os 14 anos, mas considerava que as produções não possuíam valor literário. Carlos Drummond de Andrade leu e apreciou os poemas da autora, e os indicou para publicação. Há alguns poemas que fazem referência a outros autores, como “Com licença poética”, que é uma releitura de “Poema de sete faces”, de Drummond.  A autora possui 16 livros, 7 de prosa e 9 de poesia.

“Bagagem” é uma das cinco obras selecionadas para o vestibular da UEPG de 2018. É o único título de poesia. Das duas autoras indicadas para a prova, apenas Adélia Prado aborda questões de ser mulher. O livro é produzido pela editora Record desde 2003 e pode ser encontrado em livrarias da cidade. O custo varia de R$ 40 a R$ 50. Também há exemplares nas bibliotecas da UEPG, da UTFPR e na biblioteca municipal.

A exposição “Ano da Cultura Paranaense” chega a sua terceira exibição

Três exposições em espaços públicos é exigência do edital organizado pela Fundação de Cultura

Millena Villanueva

 

A exposição “Ano da Cultura Paranaense” do edital número 11 da Fundação Municipal de Cultura reinaugurou, no último dia 23, na Biblioteca Municipal Prof Bruno Enei. O resultado do edital saiu em evento público no dia 11 de agosto no Cine-Teatro Ópera.

Junto com a premiação, iniciou também a exposição das 27 fotografias selecionadas. Antes, ela foi exposta no Cine-Teatro Ópera e no Bloco B da UEPG. A foto que ficou em primeiro lugar foi ‘Dando formas à música’ do fotógrafo José Tramontin que apresenta um homem pintando uma tela.

    Ao pensar em cultura paranaense é muito fácil imaginar fotografias sobre Araucária e o consumo do pinhão, entre outras associações ou símbolos mais evidentes. Só foi premiada uma foto com essas características que mostrava as mãos de um vendedor cheias de pinhão, dando a sensação que ele estava oferecendo ao público.

    A maioria das fotos se voltaram para a expressão de cultura, seja qual for a sua origem, manifestada dentro da cidade. Ponta Grossa mesmo não sendo uma cidade onde a cultura oriental é expressiva, 3 fotos sobre essa cultura mostrando cerejeiras, por exemplo, foram selecionadas. Elas mostravam uma moça com vestimentas orientais passeando por baixo das cerejeiras.  

 
 
 

Só 2% de Ponta Grossa consome a biblioteca municipal

6 mil pessoas passam por mês pelo grande prédio azul das Olarias

 

João Guilherme Castro

 

Entre Machados, Manoéis, Adélias e Lygias e pouco frequentada por Joões, Marias, Anas e Millenas, o acervo da Biblioteca Municipal Bruno Enei é cheio de obras clássicas e renomadas. Por mês, giram em torno de seis mil pessoas pela biblioteca, pouco menos de 2% da população da cidade, que é de aproximadamente 348 mil habitantes. Esse público soma os leitores mais assíduos e também os usuários da  internet oferecida pelo local.

    Os livros mais emprestados pela biblioteca são os que estão cotados para o vestibular da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Dom Casmurro de Machado de Assis, Bagagem de Adélia Prado, Auto da Compadecida de Ariano Suassuna, As Meninas de Lygia Fagundes Telles e O Mestre e o Herói de Domingos Pellegrini. Este último é o que mais falta nas bibliotecas das escolas públicas da cidade.

A biblioteca fica localizada no bairro de Olarias, junto com o Conservatório Maestro Paulino e funciona de segunda a sexta das nove da manhã às seis da tarde.

 
 

Confira o programa Crítica de Ponta na TV:

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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

Lixo, loucura e lucidez

Por Rafaela Martins

O documentário Estamira traz a história de uma catadora de lixo no aterro de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Estamira trabalha no Gramacho há mais de 20 anos e sofre de distúrbios mentais, que são explicados ao longo da obra. Os primeiros momentos mostram a rotina da mulher, desde os muitos quilômetros andados de sua casa humilde ao lixão, até a relação dela com os outros catadores que trabalham no local e o resgate dos materiais descartados por lá.
“Estamira” é narrado inteiramente pela protagonista, o que dá um tom literário ao documentário, em especial pelos devaneios de Estamira capturados pelo diretor Marcos Prado. Enquanto trabalha, a mulher contempla a vida e a morte, sua própria existência e seus questionamentos. Muitas reflexões de Dona Estamira fazem o espectador pensar e a sabedoria da mulher fica evidente no documentário, ainda que ela seja perturbada pelas alucinações de sua mente. Percebe-se, também, uma grande revolta dela perante a religião. Em vários momentos do filme, é possível ouvi-la xingando a figura de um “deus assaltante”, nas palavras dela, que permite que o mal aconteça. 
Dado momento, ao olhar a quantidade de lixo no lugar, a catadora comenta que as pessoas produzem, consomem e descartam demais, uma crítica lúcida ao consumismo exagerado na nossa sociedade. Até 2012, quando foi encerrado, o aterro de Gramacho recebia 7 mil toneladas de lixo por dia, provenientes da baixada fluminense.

Diabo Veste Prada mostra os desafios do mundo editorial da moda

Por Renato Valenga

Quanto você estaria disposto a ceder para ter o sucesso e o glamour de um emprego dos sonhos?
O enredo de Diabo Veste Prada gira em torno da estagiária Andrea. A jovem entra para a cobiçada revista Runnaway, mas logo percebe que o mundo editorial da moda é superficial e muito diferente do cotidiano de sua vida de jornalista. A autoridade intimidadora de Miranda, chefe da revista interpretada por Meryl Streep, desafia Andrea a se adaptar à nova realidade. A jornalista mostra que disciplina e dedicação podem ser fundamentais para desafios do mercado de trabalho.
A obra, que foi inspirada no best-seller de mesmo nome, também reflete sobre a ideia de que o sucesso cobiçado por muitos nem sempre é perfeito e que nem todo mundo gostaria de viver dessa forma. O Diabo Veste Prada é um filme produzido por Wendy Finerman. O elenco principal é composto por Anne Hathaway e Meryl Streep. O Foca na Tela foi criado pelo curso de jornalismo UEPG. O objetivo é oferecer um espaço de conversa com a comunidade sobre filmes que retratam a rotina jornalística.

Coluna DC Social mostra o cotidiano da elite ponta-grossense

Por Ingrid Petroski

O jornal diário dos campos possui a coluna “DC social”, o espaço é destinado para pessoas com status social na cidade. Aparecem fotos, várias “selfies” dessas pessoas com legendas, na maior parte comemorando aniversários, mostrando viagens ou mesmo o cotidiano de alguns ponta-grossenses.
Eventos artísticos e solidários também aparecem de forma breve na coluna. Questiona-se o fato do conteúdo estar dentro de um jornal. Associamos o jornalismo como espaço de interesse público e de participação plural da sociedade e a coluna tem um conteúdo mais voltado a personalidades de Ponta Grossa.
A coluna fica em um caderno separado do impresso, diariamente são duas páginas, ao final com publicidade. Nos finais de semana a coluna “DC find” contempla a coluna social e o conteúdo se mantém igual aos dias da semana com as fotos, legendas e propagandas.
 
 
 

Teatro sem diálogos com a peça Calabouços

Por Ana Lopes

Calabouço é o título de uma das mais importantes peças da escola e companhia de teatro, Bianca Almeida. A peça foi escrita pela diretora da escola, para à conclusão o segundo módulo do Teatro e apresentada pela primeira vez em maio de 2018, no palco B do cine Teatro Ópera. O espetáculo fala sobre depressão, síndrome do pânico, ansiedade e suicídio, de maneira criativa e nada convencional.
A apresentação dura aproximadamente 40 minutos e não possui diálogos. Diferente do que se pode pensar, a peça teatral não conta a história de alguém que está passando por esses problemas, mas transmite nas cenas do início ao fim os sentimentos, as dificuldades e a luta de uma pessoa com transtornos psicológicos. A expressão corporal dos atores e olhares são muito explorados.
A peça equilibra momentos de músicas, sons, coreografia e dança com pequenos monólogos dos 7 atores participantes, que falam diretamente com o público. O nome “calabouço” é uma metáfora às condições de prisão emocional e muitas vezes física, que uma pessoa com transtornos psicológicos passa. O enredo conta as dificuldades de deixar este “calabouço” e incentiva o público a perceber e ajudar as pessoas que estão passando por problemas como depressão e ansiedade. Doenças graves, não banais, que se não tratadas podem levar ao suicídio.
 

Dança holandesa conserva a cultura em Carambeí

Por Priscilla Pires

Carambeí mantém a cultura trazida pelos holandeses para a região dos campos gerais nos séculos XIX e XX.  Além da gastronomia outra grande herança da cultura holandesa é a dança tradicional. A tradição da dança holandesa é composta de minuetos, valsa, schotische e a polka . Em suas coreografias os dançarinos desenvolvem passos em grupos de casais, formados em circulo ou filas de pares. Isso tudo ao som da música típica e vestidos a caráter. Muitos dos passos usam o tradicional tamanco que acrescenta sons a coreografia.
A dança folclórica era originalmente executada pelos camponeses  e retratam cenas do cotidiano, como afazeres domésticos, colheita e profissões. A dança folclórica holandesa ainda resiste em meio às modernizações e à extinção de colônias de imigrantes, e conserva a cultura geral e as tradições holandesas
 

Confira o programa Crítica de Ponta na TV:

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