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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

CINEMA

Série da Netflix retrata mães solo e violência doméstica

Lançada em outubro pela Netflix, a série Maid aborda maternidade, mãe solo, violência doméstica e pobreza. A produção é protagonizada por Alex, uma mulher que trabalha como empregada doméstica para pagar as contas e sustentar a filha, Maddy. A série, com 10 episódios, é inspirada na história de Stephanie Land, que também escreveu o livro Superação: Trabalho Duro, Salário Baixo e o Dever de Uma Mãe Solo, entre os mais vendidos do New York Times.
A trama inicia quando Alex, cansada dos abusos que sofria do namorado, decide fugir no meio da noite com a filha de dois anos. A partir daí, a jovem mãe enfrenta diversas dificuldades e tenta usar os escassos e burocráticos auxílios do estado. Inicialmente Alex recusa a vaga no abrigo de violência doméstica para mulheres, pois não se sente vítima de violência, já que nunca sofreu agressão física. Porém, a jovem acaba aceitando a moradia no abrigo. É aí que a série trabalha de forma profunda os diferentes tipos de violência existentes: física, emocional, psicológica, entre tantas outras. É no abrigo que Alex percebe que aquilo que vivia também era um relacionamento abusivo, ou seja, que relações abusivas não se limitam à agressão física. Maid é uma daquelas séries que te deixa com lágrimas nos olhos, trabalhando com cuidado um tema importante a ser debatido nos dias atuais.

Crítica Filme e Documentário Deborah Kuki

Cena da série “Maid” disponível na Netflix | Foto: Divulgação


Em Ponta Grossa, a Lei Corina Portugal, sancionada em 2010 pelo então prefeito da cidade, combate a violência doméstica contra mulheres. A lei traz no nome o caso de feminicídio que aconteceu em PG em 1889. Considerada adúltera, Corina Portugal foi assassinada pelo próprio marido, que foi inocentado pelo júri. Em memória ao caso, o Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência de Ponta Grossa recebe o nome de Corina Portugal.
Para denunciar casos de violência, a vítima pode entrar em contato com a Delegacia da Mulher. Em casos de urgência, também há a possibilidade de acionar a Polícia Militar ou a Guarda Municipal. Para denúncias anônimas, a ligação deve ser feita à Central de Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas. A ligação é gratuita pelo número 180. O apoio de familiares e amigos também ajuda na denúncia, além de ser uma rede de apoio e acolhimento à vítima. Não se cale, denuncie!

 

Por Deborah Kuki

Serviço:
Série: Maid
Criação: Molly Smith Metzler
Duração: Aproximadamente 50 min. cada episódio (10 ep.)
Ano: 2021
Disponível em Streaming: Netflix

 


 

MIDIA REGIONAL

Interior representa menos de 30% da cobertura do Boa Noite Paraná

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Produção e exibição do Boa Noite Paraná era totalmente local desde 2014 | Foto: Reprodução/RPC

 

No início da pandemia, as redações jornalísticas sofreram mudanças. Jornalistas passaram a fazer trabalho remoto, equipes foram realocadas e até funcionários foram demitidos. A RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, por exemplo, suspendeu a produção de telejornais locais no interior.
A partir de 1º de maio de 2020, o Boa Noite Paraná passou a ser transmitido de Curitiba para as sete regionais da emissora. Com a mudança, os jornalistas do interior participam eventualmente, enquanto o jornal é apresentado da capital.
A reportagem do Crítica de Ponta acompanhou o telejornal entre 25 e 30 de outubro para avaliar se a cobertura contempla todas as regiões do estado. No período, foram exibidos 74 conteúdos, entre reportagens, notas informativas e entradas ao vivo. Curitiba representa 55% das notícias veiculadas, enquanto 18,8% envolvem assuntos de interesse estadual, como a alta no preço do etanol.
Pouco mais de 26% da cobertura tem relação direta com o interior. Ponta Grossa é a segunda região menos representada, com apenas duas reportagens exibidas. A regional de Foz foi a mais participativa, somando 6,3% da cobertura.
Outra observação diz respeito à interatividade. Em cinco dos seis dias de análise, todas as participações eram de moradores da capital ou faziam menção a um assunto da região de Curitiba, o que demonstra uma baixa identificação do interior com os conteúdos exibidos.
É compreensível que o Boa Noite Paraná priorize as notícias de Curitiba, já que o jornal é gerado lá. Mas, será que ainda faz sentido manter a suspensão do telejornal em outras praças? A emissora sempre diz estar próxima dos telespectadores, com o compromisso de mantê-los bem informados. Não é bem isso que tem acontecido, principalmente no interior.

Por Matheus Gaston

Serviço:
Boa Noite Paraná
Realização: RPC (canal 7.1 em Ponta Grossa)
Exibição: segunda a sábado, a partir das 19h10
Apresentação: Sandro Dalpícolo

 


 

exposição art

Ainda é possível conhecer o trabalho do paranaense Vilanova Artigas em tour digital

Com a pandemia do novo coronavírus espaços que dependem da visitação de pessoas, como por exemplo os museus, se viram de ‘mãos atadas’. A alternativa encontrada por diversos artistas, em todo o mundo, foi apresentar as obras de maneira virtual, por meio de lives, vídeos e até mesmo em salas do meet (Google).
O Museu Campos Gerais (MCG) não ficou para trás. Em parceria com o Museu Oscar Niemeyer (MON) a exposição João Vilanova Artigas: nos pormenores um universo estreou no dia 26 de novembro de 2020 em Ponta Grossa. Um dos destaques é o tour digital em 360° disponibilizado gratuitamente no site do MCG.

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O tour digital lembra bastante o sistema de navegação do Google Maps | Foto: Museu Campos Gerais


À primeira vista, o conceito de exposição virtual pode parecer estranho, mas as equipes de produção dos museus acertam ao trabalhar em conjunto com o fotógrafo pontagrossense Sérgio Magraf na produção das imagens. Na mostra, o visitante pode conferir diversas obras: Casinha (1942); 2° Casa do Arquiteto (1949); Casa Mendes André (1966); Casa Baeta (1956); Pilar da Rodoviária de Jaú (1973); Pilar de Anhembi Tênis Clube (1961) e Escada Caracol da Casa Bettega (1953).
Obviamente, a experiência é diferente da presencial, mas a produção do tour digital capricha nos detalhes para deixar o passeio virtual divertido e interessante. Um exemplo é a possibilidade de acessar os textos de apresentação das obras e até mesmo análises dos curadores da mostra. A exposição física já não se encontra mais no MCG, mas o passeio virtual ainda pode ser realizado e segue disponível no site do Museu. Uma oportunidade de conhecer o trabalho de um artista paranaense na arquitetura.

Por Levi de Brito

Serviço:

João Vilanova Artigas: nos pormenores um universo

Curadoria: Nisiane Madalozzo e Gustavo Paris

Realização: Museu Oscar Niemeyer (MON)

Promoção: Museu Campos Gerais (MCG), Proex e UEPG

Disponível em: https://www2.uepg.br/museu/visita-em-360o-a-exposicao-vilanova-artigas/

 


 

 

MUSICA

Até onde der é uma das músicas autorais lançadas durante a pandemia em PG

Durante a pandemia de Covid-19, artista de Ponta Grossa lança música autoral. Até onde der foi lançado em maio de 2021, mas não é a primeira canção de autoria do Luizinho.
Com a diminuição de eventos, em função da pandemia, Luizinho iniciou o projeto Ladeira HomeStudio, com gravações de músicas autorais e mixagens que percorreram o Brasil. Além do estúdio, o artista lançou a We cerimoniais e casamentos, em parceria com a musicista e cerimonialista Silvia Almeida, mantendo ainda agenda de shows autorais, covers e trilhas sonoras exclusivas.
A letra da canção Até onde der questiona o destino, que permite que o jovem encontre o amor no caminho. Porém, quando chega a hora da despedida, a única coisa que sobra são as memórias que compensam o abraço da jovem. Ao encontrar o amor, o mundo, que antes estava sem cor, torna-se colorido. A música possui um ritmo lento que, combinado com a letra, permite que o ouvinte sinta a intensidade da composição. O clipe é a primeira produção local da GoodTrip StreetWear.

Crítica Música Larissa Godoi

Capa do single Até onde der. | Foto divulgação


A música pode ser ouvida através do Spotify e Youtube. No Youtube o clipe conta com mais de 210 visualizações, 26 likes e 13 comentários, todos com avaliações positivas feitas pelo público sobre a canção.
Nas redes sociais, onde acumula mais de 1000 seguidores, o artista publica com frequência as canções, covers e outros trabalhos que desenvolve, o que permite com que os projetos sejam divulgados e alcance um maior número de pessoas.
A título de curiosidade, em 2021, Luizinho conquistou o primeiro lugar no 33° FUC, com a canção O eterno é o presente.

Por Larissa Godoi

Serviço:
Música: Até onde ser
Duração: 3:37
Artista: Luizinho
Ano: 2021

 


 

GIROS URBANOS

Apesar do reajuste na mensalidade, diretoria do Operário tenta atrair público ao estádio

Crítica Espaços Públicos Tayna

Diretoria do OFEC garante valores promocionais até o final do Campeonato Brasileiro da Série B | Foto: Redes sociais Operário

 

Durante o período de isolamento, em que as práticas esportivas foram uma das atividades paralisadas, o valor das mensalidades para os sócios torcedores do Operário (OFEC) de Ponta Grossa tiveram reajustes. A categoria mais prejudicada foi o sócio prata, que é mais simples do estádio. O aumento foi de mais de 80%, passando de 55,00 para R$ 100,00. A polêmica se torna injusta quando, além do valor abusivo, e longe dos padrões de preços de times da série B do brasileirão, o aumento nas outras categorias do estádio (ouro e diamante), onde ficam os torcedores em melhores condições financeiras, tiveram reajuste de apenas 10 reais.
Agora, com os torcedores fazendo uma espécie de ‘protesto’ para renovar a carteira de sócio, a capacidade de pessoas no estádio no jogo que marcou a volta da torcida, contra o Ponte Preta, ficou abaixo do esperado. Assim, a diretoria do OFEC lançou promoções, que devem durar até o final do campeonato. Os ingressos, foram de R$150 para 30 reais. Valor bem diferente do anterior, o que pode reaproximar o torcedor do Clube e, talvez, trazer outras pessoas para conhecer o Germano Kruger.
Voltar às arquibancadas pode proporcionar uma sensação de normalidade, matar a saudade e é uma forma de lazer que, para os apaixonados por futebol, não tem preço. Mas, vale ressaltar, nos estádios também há risco de contaminação com o vírus da Covid-19. É importante redobrar os cuidados e ficar atento às normas de prevenção no estádio. A presença da torcida para incentivar a equipe em campo e desestabilizar os adversários ajuda, mas é fundamental preservar a saúde e a vida da família. Portanto, não tire a máscara e apresente documentos que comprovem a imunização.

Por Tayna Lyra

Serviço:
Valor de ingresso para assistir jogos do Operário (OFEC) no Germano Krueger:
Arquibancada Geral (Setor Prata): R$ 30 – inteira / R$ 15 – meia-entrada
Arquibancada Inferior (Setor Ouro): R$ 40 – inteira / R$ 20 – meia-entrada
Arquibancada Superior (Setor Diamante): R$ 60 – inteira / R$ 30 – meia-entrada
No momento da compra e do acesso ao estádio, deve-se apresentar documento comprobatório do direito a meia-entrada junto com documento de identificação com foto.

 


 

 

GIROS URBANOS

Feira da Barão é alternativa para consumo de produtos artesanais em PG

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Mais de mil pessoas passaram pela primeira edição da Feira do Barão, realizada em outubro de 2021 | Foto: Reprodução Prefeitura de Ponta Grossa

 

A Feira na Praça Barão do Rio Branco, também conhecida como Ponto Azul, é uma alternativa para consumo de produtos artesanais, como velas, artesanatos, quadros, bijuterias, roupas e brinquedos. Um detalhe importante: a comercialização de produtos industrializados é proibida na feira, o que prestigia artistas locais.
Os artesões, artistas, cultores, micro e pequenos empreendedores locais foram um dos principais setores afetados em quase dois anos da pandemia de Covid-19 e, consequentemente, paralisou as atividades com o isolamento social. Agora, com o avanço da vacinação e o retorno gradual de algumas atividades, os artistas têm a possibilidade de retomar a rotina e recuperar. A feira é uma ótima opção aos artistas locais para expor e comercializar as produções na região central da Cidade.
A feira tem mais de 100 barracas, separadas em três partes no espaço. A área, próxima da concha acústica, é destinada aos artesãos, como pintores de cerâmicas, quadros, bordadeiras e fabricantes de brinquedos. O local próximo ao parque infantil é para produtos da culinária artesanal e o espaço é ocupado pela praça de alimentação e a exposição de plantas ou flores.
O ponto azul é um espaço oportuno para feira, pois organiza as mais de 100 barracas, além de contar com uma unidade cultural da cidade de Ponta Grossa. A feira acontece até o dia 12 de dezembro, todos os domingos, das 9h às 15h e, em caso de chuva, será transferida.

Por Yasmin Orlowski

Serviço:
Feira do Barão
Local: Praça do Barão do Rio Branco (Ponto Azul) - Centro
Data: todos os domingos
Horário: 9h às 15h