Crítica de Ponta
Produzida pelos alunos do terceiro ano do curso de jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Oficina de cinema de PG lança curta metragem de terror
O curta-metragem A Persistência é uma produção realizada pela Oficina de Cinema Cine Boa Praça de Ponta Grossa. O roteirista, diretor e editor da obra audiovisual é o estudante de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Yuri Marcinik.
Em um mix de terror e suspense, o curta retrata uma mulher que trabalha em casa, editando fotos tarde da noite. A personagem relembra memórias de uma criança. Ao deitar, a mulher escuta ruídos fora do quarto e, ao investigar, percebe que a câmera sumiu do tripé. Ela procura pela câmera em todo canto da casa. A obra dá a entender que a mulher mora sozinha. Então como o objeto poderia ter sumido?
O curta metragem A persistência constrói um suspense para o espectador.
Em seguida, ouve-se algum barulho vindo de outro cômodo. Tensa, a mulher segue o barulho e abre a porta. É aí que o susto que o telespectador espera aparece. Som alto de flash e luzes piscando no rosto da mulher, que encontra a câmera. Um urso de pelúcia a segura e pergunta com voz de criança “estava onde mamãe?”. Mesmo assustada, a mulher fala manso com o ursinho e, enquanto o pega no colo, explica que trabalhou até tarde e que está na hora de dormir.
Desde o início, a obra constrói um clima de suspense. A iluminação fraca e a trilha sonora são os principais fatores para o clima tenso. A partir daí, o susto já é esperado. A questão é quando. O curta deixa o espectador reflexivo e com perguntas sem explicação. Quem era a criança nas fotos e nos flashbacks? Será que era filho da mulher? A criança morreu? Como e por que o ursinho fala com a voz da criança? Vale conferir o curta, mesmo para aq ueles que não gostam de terror.
Por Larissa Onorio
Serviço:
Curta metragem: A persistência
Produção: Oficina de cinema Cine Boa Praça
Duração: 7 minutos
Disponível em: Curta 'A Persistência' - Oficina Ponta Grossa/PR - YouTube
Estreante na literatura, Maikon Scheres publica livro por editora independente em PG
“O que me faz escrever é saber que numa única frase de efeito ofendo o mundo por inteiro.”. Essa poesia se chama No Fundo e foi escrita por Maikon Scheres no livro Passarinho que come pedra sabe o cu que tem. A poesia em questão é somente um dos diversos momentos de autoconsciência e humor que fazem a obra se destacar em meio aos demais lançamentos independentes em Ponta Grossa.
Passarinho que come pedra sabe o cu que tem não é nem de longe um livro “comum”. Para começar, a obra é publicada pela Olaria Cartonera, selo independente formado por pessoas que buscam contribuir com as produções de poesia e literatura de Ponta Grossa. A obra faz parte da coleção Fundo do Vale e foi lançada em outubro de 2020.
A imagem da capa do livro é feita de papelão e possui diversas colagens. Foto: Levi de Brito
Com 44 páginas, o livro de Maikon Scheres se caracteriza pelo texto direto e sem “adornos”, tanto pelo conteúdo literário como no formato e apresentação editorial. Aqui não são encontradas palavras “difíceis” ou metáforas eventualmente difíceis de entender. Pelo contrário, é justamente o linguajar nada rebuscado que marca o trabalho. Embora, o que para para alguns leitores pode ser um ponto negativo, a linguagem informal se destaca como uma característica positiva na leitura, imprimindo um ar “caseiro” ao livro.
Passarinho que come pedra sabe o cu que tem é um caso ilustrativo de obra literária produzida de modo independente e publicada por pessoas que não visam somente o lucro, mas escrevem por amor à arte de produzir magia com as palavras. E, de fato, é isso que Maikon Scheres faz no livro autoral ao colocar nas páginas as alegrias, as angústias e tristezas de um poeta pontagrossense.
Por Levi de Brito
Serviço:
Título: Passarinho que come pedra sabe o cu que tem
Autor: Maikon Scheres
Número de Páginas: 44
Selo: Olaria Cartonera
Ano de Publicação: 2020
Coro em Cores retoma atividades em PG
O setor cultural foi diretamente afetado pelas medidas de proteção impostas pela pandemia de coronavírus. Mesmo com a migração de atividades para a internet, o prejuízo foi inevitável. Segundo pesquisa da UNESCO feita em 2020, a área da música está entre as que mais perderam receita. No entanto, com o avanço da vacinação contra a covid-19, chegou a hora de subir aos palcos novamente.
Em 22 de Março, o grupo musical Coro em Cores voltou a se apresentar depois de dois anos sem atividades, em razão da pandemia. Criado em 2010, o projeto de extensão é resultado de uma parceria entre o Conservatório Municipal Maestro Paulino e o curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Em 2022, o projeto de extensão do curso de Licenciatura em Música completa 12 anos | Foto: Matheus Gaston
O show de retomada aconteceu no pátio da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais da instituição. Com o evento intitulado “Canto na Praça”, cantoras e cantores de diferentes idades apresentaram um repertório com clássicos da música brasileira. Eu quero um xodó, Azul da cor do mar e Esperando na janela estão entre as sete canções que aqueceram os ouvidos do público, que também participou da cantoria.
A iniciativa do "Canto na Praça" é um caminho para que os ponta-grossenses conheçam os projetos culturais frutos da universidade pública. Por outro lado, é preciso pensar nos espaços em que ocorrem as apresentações. O debate sobre descentralização da cultura em Ponta Grossa não é recente. Assim, é necessário que este tipo de intervenção musical não fique restrita apenas ao Centro da cidade. O segundo dia do evento, por exemplo, aconteceu no campus central da UEPG. É importante que as melodias cheguem até os bairros e vilas e aproximem a população da música e da extensão.
Por Matheus Gaston
Serviço:
Projeto de extensão Coro em Cores
Regência: Carla Irene Roggenkamp
Facebook do projeto: fb.com/coroemcores
Portal destaca mulheres no automobilismo em PG
A página Women in MSport foi criada em junho de 2021 e, no início, possuía outro nome: WSeries Brasil. A troca aconteceu devido à vontade de cobrir categorias maiores, sem se limitar apenas à W Series e trazendo visibilidade para as mulheres.
O portal conta com uma equipe de três pessoas. Larissa Rudnik é a responsável pelos conteúdos das redes sociais. Já Isabela Katopodis cuida dos posts e das relações públicas do perfil. E na função de escrita e tradução dos artigos fica Clarice Juliano.
Com um design clean e bem construído, Women in MSport entrega posts sem qualquer resquício de poluição visual. As cores principais são o rosa e o lilás, criando uma marca registrada para os perfis. A capa das redes sociais contém cores mais fortes e diferentes da logo e também o ícone muda de fundo branco para preto, sem formar um padrão em todas as redes sociais.
Women in MSport produz posts informativos e realiza lives em suas redes sociais | Foto: Divulgação
No Instagram é possível encontrar notícias curtas sobre automobilismo, vídeos das pilotos contando sobre trabalho, história de mulheres do ramo e também lives com presenças femininas importantes dos maiores campeonatos. O Twitter segue o mesmo padrão, porém misturando fatos curiosos e interações com os seguidores. No canal de Youtube, é pode-se assistir entrevistas com figuras do automobilismo, assim como lives. Já o papel do Tiktok é levar um pouco do trabalho e da presença feminina, através de trends da rede.
Outra plataforma usada pela equipe da Women in MSport é o Medium, site onde são postadas entrevistas realizadas com pessoas que trabalham no setor do automobilismo nas mais diferentes funções. Algo curioso é a linha-fina que se repete em todos os textos e também o uso de aspas nas falas já demarcadas com o nome do portal e da entrevistada.
A iniciativa das três meninas é algo identificado como necessário, há tempos: dar destaque para a presença feminina num ambiente que muitos ainda acreditam ser apenas masculino. As mulheres fazem história, marcando presença nas pistas e nos feeds dos brasileiros. Women in MSport cresce cada dia mais, mostrando que mais pessoas querem conhecer o poder das pilotos na história do automobilismo.
Por Ana Paula Almeida
Serviço:
Site: medium.com/@womeninmsport>
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCh0y5W12y8t90FBKV7fff9A
Instagram e Tiktok: womeninmsport
Twitter: womeninmsportbr
Símbolo da história de PG, Maria Fumaça é alvo de vandalismo e depredação
Conhecida como “250”, a Maria Fumaça é um monumento da cidade de Ponta Grossa. Mesmo que seja um símbolo da história do município, a locomotiva não escapou de ser alvo de vandalismo e furtos. Para tentar preservar o patrimônio, a Prefeitura de Ponta Grossa estuda mudar a localização. A “250” seria transferida para a Estação Saudade, no próprio parque central, mas até o momento nada foi feito.
A partir de uma visita à locomotiva, percebe-se que o efeito da chuva e do sol já danificaram as partes de madeira e a tinta está descascada. A depredação da “250” ocorre tanto pelo fato de estar exposta a céu aberto, o que dificulta a conservação pelos estragos causados com a ação do tempo, quanto por não haver câmeras de segurança no local em que se encontra, o que poderia evitar tais atos.
Locomotiva n° 250, a Maria Fumaça de Ponta Grossa. Foto: Deborah Kuki
Foi em 1942 que a Maria Fumaça iniciou as atividades. Os seis a oito vagões da locomotiva sempre estavam lotados com as mercadorias que carregava e, durante muito tempo, também serviu na construção da Estrada Ferro Central do Paraná, que ligava Ponta Grossa a Apucarana. Com o passar dos anos, a “250” precisou ser substituída por máquinas mais potentes e modernas. Após ser desativada em 1972, a locomotiva ficou em exposição permanente.
Hoje, a Maria Fumaça está na plataforma de embarque e desembarque de passageiros da antiga “Estação Paraná” e faz parte do acervo da Casa da Memória Paraná. A locomotiva lembra uma antiga máquina que ajudou a construir o progresso de Ponta Grossa, podendo ser admirada pelas pessoas que passam pelo local.
Por Deborah Kuki
Serviço:
Maria Fumaça
Local: Complexo Ambiental Governador Manoel Ribas, R. Benjamin Constant, 388 - Centro, Ponta Grossa - PR
Edição 2022 do Encontro para dançar apresenta arte inclusiva em PG
A mostra internacional de dança apresenta mistos de artistas e um elenco composto por professores, terapeutas, coreógrafos e empreendedores. No elenco estão presentes pessoas com e sem deficiência. Em Ponta Grossa, a obra apresentada chama-se Um pedaço de mim, que trata de vínculos afetivos, independente das diferenças entre os sujeitos. A coordenação é de Maria Adriana Neves. As ações, que tem apoio do ministério da cultura, foram desenvolvidas em teatros, espaços públicos como teatros, espaços culturais, praças e pontos turísticos da cidade.
A dança, uma das sete artes tradicionais, apresentou na mostra, algo que vai além da diversidade de corpos e expressões e saiu do comum. O elenco, garantiu à mostra um caráter inclusivo. A dança, por ser uma arte de movimentação, onde a expressão ocorre pelo ato de se movimentar em ritmo, em geral a música, torna algo que pode ser desencorajador para portadores de deficiência, principalmente os que dependem de cadeira de rodas. No entanto, o que pode parecer até impossível para muitos, a obra consegue incentivar e mostrou que existem opções de dança para todos.
A obra Um pedaço de mim foi apresentada no CRAS Santa Luzia, durante o evento na Cidade. Foto: Bruno Martins | Divulgação
A dança, que é uma arte que complementa muitos elementos artísticos como a música e o teatro, também é uma ferramenta que pode ser usada para inclusão, o que também é considerada um desafio. Em detalhes, e com variados significados, o 4° Encontro Para Dançar vai além da arte, encorajando pessoas que podem se sentir excluídas e impossibilitadas de praticar uma das artes da expressão corporal.
Por Tayná Lyra
Serviço:
Encontro para dançar (4ª edição, 2022)
Site: https://eventos.ababtg.org.br/encontro-para-dancar
Contato da coordenação do evento em PG: (42) 9 8411-0844.
Variedade de sabores de Donuts fazem sucesso em PG
Através do termo inglês “doughnut”, que significa rosca frita em português, os donuts (também conhecidos como rosca ou rosquinha) são populares nos Estados Unidos em sua forma tradicional. Já no Brasil, o sucesso está entre as opções recheadas e cobertas com diversos sabores.
Em Ponta Grossa, a empresa My Donuts é uma das opções para quem é fã ou deseja experimentar o famoso “bolinho com furo no meio”. Criado no início da pandemia após uma vontade da proprietária Jessika Paola Woinaroski de testar uma receita de comida diferente, My Donuts abriu nesta sexta-feira (25) sua segunda unidade em PG, localizada na Av. Bonifácio Vilela, 172.
Foto: Reprodução Instagram My Donuts
O cardápio conta com sete donuts tradicionais (como Homer, brigadeiro e leite ninho) nos valores de R$10 e R$11, sete sabores Premium (como Nutella, paçoca e churros) com valores de R$11 e R$12. Por fim, os donuts Supreme (Ouro Branco, Ferrero, Kinder e sensação) com valores que variam de R$12 a R$15.
A equipe de reportagem do Crítica de Ponta fez o pedido de um donuts Supreme de sensação para experimentação e análise, a retirada foi feita na unidade da rua Dr. Colares, número 172. O donuts é grande, saboroso e a massa com produtos de qualidade, recheado e com uma cobertura generosa, fazendo com que o custo benefício seja positivo.
Por Gabriel Ryden
Serviço:
My Donuts
Endereço: Rua Dr. Colares, 172 – Centro. Ponta Grossa PR
Funcionamento: Segunda a sexta das 12h às 18h
Av. Bonifácio Vilela, 172 – Centro. Ponta Grossa PR
Funcionamento: Segunda a sexta das 12h às 18h45min
Instagram: https://www.instagram.com/mydonutspg/