O Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná, organizado este ano pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), concluiu a 18° edição no último domingo e na segunda-feira (21 e 22). A prova foi em Faxinal do Céu, distrito de Pinhão, que fica a 79 quilômetros de Guarapuava. Os vestibulandos concorrem a vagas nas sete universidades estaduais e na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 

“O que eu notei é que estávamos entre pessoas com muita coletividade e resistência”, conta Gabriel Miguel Costa, estudante de Jornalismo na UEPG e extensionista responsável pela cobertura do evento. “Tem uma questão comunitária forte neste vestibular”, explica. Costa ouviu em entrevistas como muitos candidatos querem estudar para retornar às suas terras e ajudar a comunidade. “Importante notar que as universidades só estão cumprindo com a lei”, lembra. As universidades do Paraná organizam as provas numa espécie de rodízio e neste ano a responsável foi a UEPG.

 

“As demandas das causas indígenas andam bem ameaçadas, ainda mais nas questões de terra”, conta José Galdino, membro da Comissão Universidade para os Índios (CUIA-UEPG). De acordo com o membro da organização, o vestibular este ano atendeu participantes provenientes de 14 estados e 72 etnias indígenas, num total de 852 participantes.

 

A Coordenação de Processos de Seleção (CPS) divulgou o gabarito oficial na terça-feira. O resultado deve sair até o dia 30 de novembro.

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