Caravanas da APP Sindicato - Ponta Grossa, do Sinduepg e do Sintespo se deslocam, nesta manhã de terça-feira (02), para Curitiba, onde participam do ato que reúne servidores públicos contra a Reforma da Previdência Estadual. A iniciativa do governador Ratinho Júnior (PSD), que tramita caráter de urgente na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), entra em votação nesta terça.

 

 

Os sindicatos aprovaram, na última semana, a partição na greve desta terça-feira (03). O presidente do Sinduepg, Marcelo Ubiali Ferracioli, acredita que a mobilização de servidores do Estado do Paraná é fundamental para conter a reforma.

"A importância [do ato] é mostrar a relação de força entre estado e os servidores para tentar impedir a votação de três projetos que prejudicam o funcionalismo público do estado", afirma o sindicalista destacando ainda que o ato é unificado e deve reunir representantes de todo funcionalismo publico do Paraná.

Reforma é encaminha à Alep próximo ao período de férias

A proposta de Emenda à Constituição 16 de 2019, que estabelece as bases para a reforma da previdência, prevê mudanças nos artigos 35 e 129 da Constituição Estado.

Em entrevista à imprensa, o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano (PSDB), afirmou que a votação da proposta deve ser concluída até o dia 17 de dezembro, quando termina o período legislativo.

Como discutido na última semana pelas assembleias dos sindicatos que aprovaram a adesão à greve, a proposta foi encaminhada, em caráter de emergência, o que torna o trâmite mais rápido. Além disso, o período de final de ano, próximo às férias de diversas categorias de servidores, como a educação, pode ser visto como um impeditivo para mobilização de atos contrários e para a negociação com o governo.

Para o presidente do Sintespo, Plauto Coelho, embora o momento seja desfavorável à paralisação, por se aproximar o período de férias, é necessária a mobilização para servidores demonstraram descontentamento com a proposta da reforma.

Ouça a reportagem de Felipe Amaro 

 

Reforma da previdência e aplicada de forma desigual

O advogado e membro do Fórum em Defesa da Previdência João Luiz Stefaniak, afirma que a Reforma da Previdência aprovada pelo Governo Federal e a reforma estadual em trâmite na Alep levam ao fim do regime de previdência pública e impõe ao trabalhador da previdência privada.

Stefaniak crítica, no entanto, que as iniciativas do Governo Federal e do Governo Estadual atingem muitos servidores, mas algumas categorias de servidores públicos terão seus direitos preservados.

Ouça na reportagem de Felipe Amaro

Ficha Técnica

Reportagem: Felipe Amaro e Luiz Zak
Edição: Luiz Zak
Foto: Luiz Zak
Supervisão: Angela Aguiar e Fernanda Cavassana
Monitores: Luiz Zak e Alex Miles
Técnico de Apoio: Reinaldo dos Santos