Com colapso da saúde, as aulas voltaram para formato on-line sem previsão de ocorrer no modelo híbrido

As aulas presenciais foram prorrogadas em 10 de março, com agravamento da pandemia no estado e município - Foto: Arquivo Periódico
As aulas presenciais foram prorrogadas em 10 de março, com agravamento da pandemia no estado e município - Foto: Agência Brasil 

 Com a retomada das aulas presenciais em fevereiro de 2021, professores e profissionais da educação tiveram que se adaptar aos cuidados exigidos em função da pandemia da Covid-19. As turmas praticaram revezamento entre alunos de forma presencial e remota, com aulas pela TV Educativa. A Secretaria de Educação criou protocolos de biossegurança para o retorno prático. Nele, listam-se os procedimentos de higienização, recepção dos alunos e demais ações a serem tomadas pelos educadores no dia a dia das aulas presenciais no ano letivo de 2021. Contudo, as aulas presenciais foram prorrogadas novamente em 10 de março, com agravamento da pandemia no estado e município.

O ensino remoto modificou a rotina dos professores que, ao longo do ano passado, cumpriam carga horária nas escolas para entrega e recebimento das atividades dos alunos. A expectativa dos educadores é que a volta das crianças diminua a defasagem do ensino remoto. Em meio à pandemia na cidade, a sensação maior é de medo. “É um misto de sentimentos: alegria, pois escola sem crianças não tem graça e, ao mesmo tempo, ansiedade e medo. Medo de adoecer, de trazer doença para casa e medo de perder colegas”, afirma a professora Luciana Almanso, da Escola Municipal Alda dos Santos Rebonato.

No ano passado, além da carga horária nas escolas, professores também ficavam à disposição dos pais e alunos através de grupos de WhatsApp, lembra a professora. A presença dos alunos era verificada por meio da realização das atividades, que também avaliavam se a aprendizagem estava acontecendo. Luciana diz que sentia falta de poder auxiliar seus alunos mais de perto.

O retorno dessas atividades, contudo, não foi o esperado pela professora Marilda Stobbe, da Escola Municipal Padre José Hoffmann. A frequência com que seus alunos assistiam às aulas foi diminuindo até o final do ano passado. Mais da metade de sua turma não participava das aulas. Marilda trabalhou com uma turma de alfabetização e dará continuidade à mesma classe neste ano. “Como eu tenho uma turma de alfabetização e vou trabalhar novamente com ela em 2021, espero conseguir suprir as falhas de 2020, tentando fazer com que meus alunos tenham melhor aprendizagem.”

A professora conta também que, para o retorno gradual das aulas presenciais, os pais e crianças estavam sendo orientados sobre o funcionamento para o ano letivo de 2021: “Todo um trabalho está sendo feito de conscientização. As normativas estão sendo passadas aos funcionários da escola diariamente. Professores, merendeiras, tias da limpeza e secretárias, estão todos cientes”.

 

Ficha técnica: 

Repórter: Tayná Lyra 

Edição: Larissa Godoi 

Supervisão: Rafael Kondlasch, Kevin Kossar e  Fernanda Cavassana 

Publicação: Laísa Braga