Levantamento do Periódico indica que 7 dos 10 principais pontos da plataforma política apresentada por Marcelo Rangel em 2012 não foram atingidos
Marcelo Rangel (PPS), eleito em 2012, propôs 144 pontos e o Periódico conferiu a execução das dez principais metas durante os 3 anos e 6 meses da atual administração. Das 10, apenas 1 foi realizada, 2 parcialmente executadas e as outras 7 não saíram do papel.
O Pronto Atendimento Infantil (PAI) foi instalado junto a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Santa Paula. Mas, segundo informação do Conselho Municipal de Saúde, atualmente o serviço é terceirizado e esta sobrecarregado devido ao processo de desligamento do Hospital da Criança e do fim dos CAS. Outro problema apontado aos repórteres do Periódico é a dificuldade de deslocamento até o PAI.
A construção do Centro de Especialidades Médicas nos postinhos da cidade com plantonistas após as 18h é desconhecida por membros do Conselho Municipal de Saúde. A única situação descrita é a doação de um terreno para construção de um Centro de Especialidades pelo Governo Estadual, ao lado do Hospital Regional, em Uvaranas. A prefeitura de Ponta Grossa licitou a obra para construção do Centro de Especialidades, porém a empresa vencedora desistiu da execução.
A promessa de retomada dos módulos policiais nos bairros foi deixada de lado devido a uma mudança de estratégia, segundo a Secretária de Segurança Pública. Os 100 guardas municipais que deveriam ser contratados durante os quatro anos de gestão estão em processo de contratação agora, três meses antes das eleições.
O Centro de Desintoxicação apresentado no plano do então candidato Marcelo Rangel também não saiu do papel. Esta é a afirmação do Presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas: “não temos estruturas especificas mas o CAPS-AD apresenta estrutura ambulatorial que atende a demanda da cidade”.
A criação de novos parques na cidade e a construção do Jardim Botânico no Parque Ambiental não saiu do papel.
De acordo com a apuração da reportagem, o atual número de lojas do Mercado da Família – sete ao total – é o mesmo do governo Pedro Wosgrau Filho, não havendo a ampliação prometida na proposta de governo.
O Centro Municipal de Atendimento ao Idoso, uma das metas propostas por Marcelo Rangel, não foi criado, conforme apuração da reportagem junto a profissionais da área de Serviço Social. Segundo Maria Iolanda de Oliveira, representante da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) no Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, o projeto de criação de uma creche para idoso não foi aprovada pelo Conselho. “A proposta era que eles permanecessem parte do dia no local, mas o projeto não apresentou condições de atendimento”, completa a representante.
Outra meta apresentada na campanha eleitoral de 2012 foi a resolução do problema de habitação popular. A promessa de transparência da fila de espera da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar) foi cumprida, com a abertura de uma aba de Portal da Transparência no site da Companhia. Contudo, a construção de 6.000 casas pela Prefeitura e a promessa de zerar a fila de espera não foram cumpridas e a fila possui cerca de 13.000 pessoas. “Não tem como a Prolar construir moradias sem a parceria com o Governo Federal”, explica o presidente da Companhia, Dino Schrutt.
Das 4.000 quadras pavimentadas prometidas, apenas 170 foram efetivadas pela Companhia Pontagrossense de Serviços (CPS). Em comparação a Cascavel, que possuí aproximadamente a mesma extensão de Ponta Grossa, foram 71 quadras a menos. Ao todo, Ponta Grossa pavimentou cerca de 119.000m².
A revisão e aplicação do Plano de Cargos e Salários para os servidores municipais foi parcialmente cumprida pela atual administração. Até o momento, o principal plano contemplou os professores da rede municipal.