O município ainda não tem data para dar início às cirurgias
O Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR) da Secretaria de Meio Ambiente de Ponta Grossa prevê castrar 300 cães e gatos mensalmente em 2023. A ação tem como objetivo dar sequência ao programa de controle populacional de animais no município, além de prevenir doenças e fornecer ajuda aos tutores que não podem arcar com os custos da cirurgia.
Conforme Alexandre Costa, assessor de gabinete da prefeitura, para participar do mutirão, o tutor precisa ser beneficiário de um dos programas sociais do governo. “Os documentos necessários para o cadastro são: RG, CPF, Comprovante de Residência, Resumo do CadÚnico e comprovante do benefício social, como Bolsa Família, Tarifa Social, Luz Fraterna, BPC, entre outros", detalha.
Os tutores podem realizar o cadastro na sede do CRAR, na Rua R. Doutor Washington Subtil Chueire, sem número – Jardim Carvalho – atrás do campus da UTFPR, ou pelos telefones (42) 3220-1000 / ramal 4072 ou (42) 3220-1000 / ramal 2308, das 8h às 17h. Podem ser castrados até cinco animais por tutor, a partir de seis meses de idade, tanto para cães quanto para gatos.
Animais a partir de seis meses de idade podem participar do programa / Foto: Milena Oliveira
Balanço
Em 2022, foram realizadas cerca de 4.500 castrações pela Prefeitura, além das 648 realizadas através do mutirão com o Estado. As cirurgias gratuitas oferecidas por Ponta Grossa são previstas pela Lei Municipal n° 9019, desde 2007.
Krypta, cachorrinha de estimação de Márcio Ferreira, 56 anos, fez parte da parcela de animais que foram castrados pelo programa do município no ano passado. Segundo Márcio, o motivo que levou a castração foi o estado de saúde de Krypta. Após o procedimento, ele recebeu todas as orientações sobre cuidados pós-operatórios.
O tutor ainda destaca que o descontrole populacional de animais é um caso de zoonose e por isso o poder público deve intervir. “Esse tipo de serviço, de castração, vacinação e doação de animais é extremamente importante, porque impede que eles se proliferem de maneira desordenada”, afirma.
Outra tutora que teve acesso ao serviço foi Patrícia Gonçalves, de 42 anos, que possui 25 gatos e três cachorros, todos castrados. Em anos anteriores, já utilizou programas de castração oferecidos por ONGs e até mesmo pela Prefeitura. Nas últimas castrações, as cirurgias foram realizadas pelo município. Segundo a tutora, a equipe de veterinários teve um cuidado especial com seus animais. "Depois da castração, os bichinhos foram devolvidos com uma roupinha. Isso não é muito falado, mas cães e gatos precisam de roupa pós-cirúrgica, porque eles ficam 10 dias com os pontos e isso ajuda mantê-los. E além disso, a medicação também é doada, algo que é muito bacana”, elogia.
O início das castrações ainda não foi confirmado pela Prefeitura.
Ficha Técnica:
Reportagem: Ana Moraes
Edição e publicação: Valéria Laroca
Supervisão de produção: Ricardo Tesseroli
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Marcelo Bronosky