“As eleições brasileiras estão comprovando ser eleições marcadas por fake news e um contexto turbulento”. Carlos Willians Jaques Morais, doutor em Filosofia, professor e pesquisador em Jornalismo Político na UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), pesquisa as notícias falsas no processo eleitoral há cerca de 5 anos junto com alguns alunos do curso de Jornalismo.“A pesquisa visa identificar fenômenos como fake news, debates políticos, como se dão as representações sociais, os papéis dos atores políticos e os efeitos”, explica Morais.

 

As Notícias falsas são informações que fogem da realidade, muito usadas para promover o partidarismo neste processo. As eleições de 2018 estão marcadas pela propagação destas notícias, algo que também ocorreu nas eleições estadunidenses em 2016, e que já acontecem também em outros países do mundo.


Para o professor, isso se deve por ser uma campanha eleitoral marcada pelas tecnologias e redes sociais. “Mais importa falar e ser visto, é uma questão estética de aquilo que se fala e seus impactos”, afirma. Segundo Morais, os efeito das fake news vão além das condições lógicas e epistemológicas para o critério de verdade, a ética e os interesses da política.


Estudante de Jornalismo na UEPG, Denise Martins Lira, destaca a importância da pesquisa sobre fake news durante este processo. “As notícias falsas estão marcando as eleições de 2018 e não de uma forma boa, por isso considero importante que as estudem para fazer com que elas não existam mais”, afirma Denise. Para Pedro Caxambu, estudante da UEPG, a verdade se perde no mundo das fake news. “No jornalismo se discute muito sobre o fact-checking, mas infelizmente é algo que está sendo deixado de lado durante estas eleições por muitos eleitores”, conclui.

 

No começo do mês o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançou uma página internet para esclarecimento sobre notícias falsas, com a finalidade de desconstruir boatos e tomar providências com quem dissemina esse tipo de conteúdo.

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