O professor Vitório Sorotiuk esteve ontem (04) na UEPG para a palestra “Estudante que se manifestar será preso – memórias da repressão estudantil paranaense na ditadura militar”, em que lembrou suas atividades como presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Paraná (DCE-UFPR). Atualmente, Sorotiuk é professor no curso de Direito na Universidade do Tuiuti do Paraná e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Sorotiuk foi condenado em São Paulo e no Paraná pela sua participação nos congressos clandestinos da União Nacional dos Estudantes. "Eu estava com um mandado de prisão preventiva durante a eleição [para o DCE-UFPR], minha campanha toda foi na clandestinidade", recorda. Para Sorotiuk, os movimentos de maio de 68 vão além da política. "É um movimento cultural e comportamental também", conclui, ao lembrar nomes do movimento hoje reconhecidos por seus trabalhos artísticos, como Cristóvão Tezza.
O evento foi organizado pelo Grupo de Pesquisa História, Intelectuais e Educação, em parceria com a Agência de Jornalismo da UEPG e o Programa de Pós-Graduação em Educação. A palestra teve como objetivo debater a repressão sofrida pelos estudantes durante o regime militar, em especial em maio de 1968, devido às frequentes perseguições dos militares ao movimento estudantil.
Conforme a coordenadora do evento Julieta Weber, o objetivo é discutir a repressão estudantil no Paraná. “Hoje, tanto na mídia, quanto nas ruas, ouve-se muito falar de ‘volta à ditadura’, é exatamente por isso que devemos falar sobre a repressão”, completa Weber.
Ouça abaixo o aúdio completo da entrevista: