Na última sexta-feira (7), foi realizado no Grande Auditório do Campus Central um seminário que debateu as variáveis envolvidas na legalização da maconha. O seminário “Maconha! Por que legalizar?” foi organizado por Tarso Felipe Rodrigues Braga e Luíse Macedo. A mesa foi composta pelos advogados Aknaton Toczek Souza e Fernando da Silva – conhecido como Profeta Verde – e a engenheira elétrica Maria Aline Gonçalves, que relatou sobre o uso da cannabis no tratamento de seu filho. A discussão foi mediada por Pedro Fauth Manhães Miranda (Foto: Gabriel Miguel).
Com o auditório lotado, a mesa defendeu a legalização. O advogado Aknaton contextualizou a história da maconha e também apresentou dados sobre outras drogas. “Temos 480 mil pessoas morrendo por consumo do tabaco e 0 com o consumo da maconha, por que está se proibindo isso?”, indagou o Aknaton.
Fernando da Silva, advogado e publicitário, é um dos organizadores da Marcha da Maconha de São Paulo. “Os danos da proibição são muito maiores do que os danos da própria droga” argumentou o Profeta Verde, ressaltando os riscos trazidos pelo tráfico e pela ilegalidade da droga.
O relato da engenheira elétrica Maria Aline Gonçalves fugiu da formalidade das outras falas, já que Maria contou sobre o tratamento de seu filho Victor. Victor (11) tem epilepsia e autismo e atualmente é tratado com óleo de cannabis. Maria adquire o óleo por meio da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (ABRACE), da Paraíba.
“Faz um ano desde o dia 26 de março de 2016 que o Victor não toma remédio nenhum, e ele está melhor controlado hoje do que quando tomava remédios, sem sofrer com os efeitos colaterais do medicamento”, declara a mãe.
Já no sábado (8), aconteceu a Marcha da Maconha também organizada por Tarso Felipe Rodrigues Braga e Luíse Macedo. Com aproximadamente 200 pessoas, a marcha demostrou apoio à legalização da maconha, saindo da Estação Saudade, passou pelo calçadão da Coronel Cláudio, seguindo até a Balduino Taques e retornando pela Vicente Machado. Bandas de rock se apresentaram antes e depois do protesto.