PSOL apresenta proposta de renda mínima para Prefeitura de Ponta Grossa

Proposta idealizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para a prefeitura de Ponta Grossa pretende aplicar programa de renda mínima no município. O programa de auxílio emergencial do Governo Federal para 2021 deve ser implantado a partir de abril, e pode beneficiar mais de 40 milhões de pessoas no País. Os valores são inferiores aos do programa de 2020, e municípios discutem alternativas para apoio emergencial para famílias sem renda/salário.
A co-vereadora do mandato coletivo em Ponta Grossa, pelo PSOL, Ana Paula Melo, informa que o cenário do município é preocupante, com 38,8 mil famílias inscritas no Cadastro Único. “Esse número representa as famílias, o que equivale a mais de 100 mil pessoas”, destaca. Ela explica que o valor do auxílio emergencial do Governo Federal de 2021 não será suficiente, e o Governo Municipal deve tomar providências.
Renda mínima seria uma garantia de direitos básicos da população, como alimentação digna. Foto: Vitor Almeida dos Santos
Na explicação da proposta, de acordo com Ana Melo, "seria possível criar um programa municipal, com redução de 60% dos cargos comissionados na Prefeitura, implantar renda mínima para cerca de 10 mil famílias, a um valor mensal de 100,00". A Moção de Sugestão Legislativa foi aprovada pela Câmara Municipal de PG, e a co-vereadora do mandato coletivo, Josiane Kieras, reforça o apelo ao poder executivo para que acate a proposta do PSOL: “está na hora do Governo Municipal analisar a questão da renda mínima para a nossa população”.
Para a aluna de Jornalismo na UEPG Cristiane de Melo, a renda mínima dos municípios é uma garantia de direitos básicos para a população, como a alimentação. “A crise afeta todo mundo, com pessoas em situação de pobreza ou de extrema pobreza e não podemos deixar pessoas desassistidas”, diz a estudante. Ela completa que a renda mínima dos municípios é uma conquista para famílias que dependem do auxílio.
Ana Paula Melo destaca a importância do debate sobre a renda emergencial não seja restringido à Câmara Municipal e ao poder executivo, mas que se torne popular. Ela destaca que as pessoas devem ser capazes de defender o fato delas terem direito a essa renda.
Ficha Técnica:
Repórter: Cassiana Tozati
Publicação: Denise Martins
Supervisão: Sérgio Gadini
Foto: Vitor Almeida dos Santos