Vereadores de Ponta Grossa - Celso Cieslak (PRTB) e Guiarone de Paula Junior (PROS) - e de Teixeira Soares - Emerson Vidal dos Santos (PSD) - se reuniram, nesta segunda-feira (10), com o deputado estadual da bancada do Meio Ambiente, Jorge Gomes de Oliveira Brand (PDT), o Goura, para entregar dossiê sobre supostas irregularidades na obra do aterro construído na divisa dos dois municípios. Nesta terça-feira, os vereadores Cieslak e Guiarone, que já encaminharam a documentação para 16 entidades, entram com solicitação de investigação no Ministério Público de Ponta Grossa.
Na última quinta-feira (06), o vereador Emerson Vidal, que é presidente da Câmara Municipal de Teixeira Soares, encaminhou ofício à prefeitura, ao Ministério Público e à Ordem dos Advogados do Brasil do município. De acordo com o vereador, os membros da Câmara não se colocam contrários ao empreendimento, mas ao local onde é construído o aterro pela proximidade do rio Guaraúna.
Cieslak e Guiarone se reúniram, no último dia 20, com representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, em Curitiba. Na ocasião, foi entrege o dossiê que resulta de levantamento realizado a pedido de vereadores de Teixeira Soares. Entre as irregularidades denunciadas, está a proximidade da obra em relação ao Rio Guaraúna, que pertence à bacia do Rio Tibagi, e a comunidades rurais, como a Colônia Guaraúna e o Assentamento Che Guevara.
Guiarone cobra transparência no processo de licenciamento da obra pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). De acordo com o vereador Cieslak, a proximidade com o rio Guaraúna traz o risco de contaminação da bacia do rio Tibagi. Fotos divulgadas nas redes sociais por moradores da localidade mostram o alagamento da região no período de cheia do rio Guaraúna.
Veja as fotos da obra de construção do aterro de Teixeira Soares
Guiarone denuncia que foram realizadas obras de aterramento e rebaixamento do terreno, bem como foi colocada uma bomba que drena a água para dentro do rio, o que contraria a licença concedida para construção do aterro. O vereador destaca que o pedido a ser encaminhado ao Ministério Público de Ponta Grossa visa à paralisação da obra até que as irregularidades sejam investigadas pelas autoridades responsáveis. Entre as entidades que já, foram comunicadas acerca das possíveis irregularidades, estão: Conselho da Bacia de Tibagi, OAB, UEPG, Anac, Ministério Público da União, Ministério Público de Teixeira Soares, IAP, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sanepar.
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Ficha Técnica
Reportagem: Éder Carlos e Caroline Franceschini
Edição: Luiz Zak
Supervisão: Professoras Angela Aguiar e Fernanda Cavassana
Técnico de edição: Reinaldo dos Santos
Monitores: Luiz Zak e Alexsander Marques