Após pressão do Congresso, Planalto estuda a retomada do benefício

 

Em Ponta Grossa mais de 60 mil pessoas receberam o benefício em 2020. Foto: Larissa Godoi

 

O Governo anunciou a volta do auxílio para 2021, no valor de R$ 250 mensais, que serão distribuídos em quatro parcelas. O custo será de aproximadamente R$ 30 bilhões. Se aprovado por Proposta de Emenda Constitucional (PEC), o recurso tem previsão para retorno no mês de março e término em junho.

 

O auxílio emergencial destina-se aos trabalhadores informais, microempreendedores, autônomos e desempregados, com o objetivo de fornecer proteção emergencial e diminuir o impacto econômico no período de pandemia da Covid-19. De acordo com dados disponibilizados pelo Portal da Transparência, em Ponta Grossa mais de 60 mil pessoas receberam o benefício no ano passado. As últimas parcelas foram pagas em janeiro de 2021.

 

Segundo o economista e analista financeiro Anderson Carneiro da Silva, o auxílio fez com que o país não parasse totalmente, evitando assim a falência em cadeia de diversos setores da economia. Segundo ele, o auxílio impediu que milhares de pessoas passassem para a situação de extrema pobreza, o que acarretaria outros problemas sociais, como, por exemplo, o aumento no índice de violência. Silva destaca que o programa de transferência de renda foi decisivo para o país sustentar a demanda dos consumidores e garantiu a manutenção e a recuperação parcial de segmentos da economia, como a indústria, comércio e serviços.

 

O recurso foi criado para durar os primeiros três meses de pandemia –  abril, maio e junho de 2020, com o repasse de R$ 600 mensais. Com a continuidade da pandemia, houve a prorrogação da medida até o mês de dezembro. Contudo, a partir de setembro, o valor passou a ser de R$ 300 por parcela. 

 

Para a dona de casa Jéssica Pistore, o auxílio e o Bolsa Família são as únicas fontes de renda. Quando o benefício de R$ 600 diminuiu pela metade, houve a necessidade de eleger prioridades para o que fazer com o dinheiro. Pistore relata que não fazia compras no mercado e as contas que conseguia pagar com o valor eram as de água e luz. Com a redução, foi necessário escolher entre a alimentação e as contas mensais. 

 

Ficha Técnica

Repórter: Larissa Godoi

Edição:  Éder Carlos

Publicação: Jessica Allana

Supervisão: Profs. NRI I Fernanda; NRI I Rafael K; Textos II Kevin; NRI II Ângela; NRI II Jeferson. 

 

Adicionar comentário

Registre-se no site, para que seus comentários sejam publicados imediatamente. Sem o registro, seus comentários precisarão ser aprovados pela administração do Periódico.